Presidente da UGT se
recusa assinar ofício que pede segurança na eleição dos Rodoviários - SP
Na reunião unificada das centrais sindicais (CUT, Força Sindical,
Nova Central, CTB, UGT e CGTB) realizada sexta-feira (12/07) para avaliar o Dia
Nacional de Luta, os sindicalistas foram unanimes em repudiar o episódio de
violência ocorrido na eleição do Sindicato dos Motoristas – SP na noite de quarta-feira
(10/07) durante a saída das urnas para as garagens de ônibus urbano da cidade
de São Paulo.
Com o objetivo de evitar novo confronto decidiu-se enviar
para Secretário da Casa
Civil do Estado de São Paulo, Sr. Dr. Edson Aparecido, um ofício que solicita intermediação
do secretário junto à Secretaria de Segurança Pública, Comando Geral da Polícia
Militar, do Delegado Geral da Polícia Civil e respectivas corregedorias para que
o pleito do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário
Urbano de São Paulo que se realizará nos dias 25 e 26 de julho próximo
transcorra de forma pacífica.
Sem explicação plausível o presidente da UGT, Ricardo Patah, fiel
aliada do ex-prefeito Gilberto Kassab, infelizmente, se recusou assinar o
ofício. Esta atitude só reforça a suspeita de que foram eles que contrataram
cerca de 80 policiais civis e mais 200 seguranças, que de forma covarde e com
uso de violência extrema impediram a saída das urnas, tentaram invadir a sede
da entidade, dispararam dezenas de tiros com armas de grosso calibre, sendo que
30 deles atingiram janelas, fachada e frente do prédio.
O presidente do Sindicato dos Motoristas – SP, Isao Hosogi
(Jorginho), lamentou a negativa de Patah e desafia-o para que faça no Sindicato
dos Comerciários – SP uma eleição transparente dos moldes como ele tem
conduzido a dos motoristas. “Com certeza
se fizer vai perder. Aliás, duvido que ele tenha algum dia trabalhado em algum
estabelecimento comercial. Agradeço desde já, o apoio e a solidariedade das
demais centrais por confiar em nosso trabalho”, disse.
De acordo com Jorginho, a chapa patrocinada pela UGT “foge
das urnas como um vampiro foge da cruz”. Que na Justiça do Trabalho já foram
derrotados 18 vezes com pedidos de liminares descabida, sendo que uma delas
afrontando a livre organização dos trabalhadores (as) em seus sindicatos.
“Essa gente deveria ter vergonha e combater práticas
antissindicais e não patrociná-las com dinheiro da classe trabalhadora. Sou
estrangeiro sim, tenho voto de minha categoria. Não pense que vai fazer aqui o
que fizeram na eleição dos Rodoviários do Rio de Janeiro. Venha pro voto, bando
de covardes”, finalizou Jorginho.
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