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sexta-feira, 1 de fevereiro de 2019

Direita cresce e engole o centro no Congresso mais fragmentado da história


O fenômeno da eleição presidencial se repetiu na lógica da eleição parlamentar: a direita engoliu o centro, sobretudo na Câmara, e avançou sobre a esquerda. Após ter feito só um deputado em 2014, o até então irrelevante PSL passou à condição de segunda maior bancada de deputados. Foi a legenda com maior número de votos para federal e, portanto, terá a maior cota do fundo partidário em 2019. Dirigentes do partido, porém, tentam ampliar a representação, de 52 deputados eleitos.

Mais da metade dos deputados e quase 50% dos senadores eleitos são filiados a partidos considerados de direita, bancada reforçada pelo estreante Novo. Esse grupo cresceu exponencialmente nos últimos oito anos no Congresso: 32% na Câmara e 60% no Senado.

No mesmo período, o centro, liderado por PSDB e MDB, perdeu o posto de fiel da balança. Ainda assim, será importante entre os senadores. Pelo mesmo comparativo, a esquerda também encolheu, embora tenha aumentado ligeiramente em relação ao atual número de integrantes na Câmara, com o crescimento do Psol.

Força partidária mais poderosa do Congresso até recentemente, o MDB elegeu apenas a quarta maior bancada de deputados – ficou atrás do PT, do PSL e do PP – ao conquistar 34 cadeiras. Já os tucanos fizeram somente a nona maior representação, com 29 deputados, empatados com o DEM.

O PSDB e o MDB, que somavam 30 senadores em 2018, começam a nova legislatura com 21, com a recente filiação de Eduardo Gomes (TO), que se elegeu pelo Solidariedade. Embora tenha emplacado o maior número de deputados eleitos, o PT terá só seis senadores. É metade do tamanho da bancada depois das eleições de 2014.

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