O
fenômeno da eleição presidencial se repetiu na lógica da eleição parlamentar: a
direita engoliu o centro, sobretudo na Câmara, e avançou sobre a esquerda. Após
ter feito só um deputado em 2014, o até então irrelevante PSL passou à condição
de segunda maior bancada de deputados. Foi a legenda com maior número de votos
para federal e, portanto, terá a maior cota do fundo partidário em 2019.
Dirigentes do partido, porém, tentam ampliar a representação, de 52 deputados
eleitos.
Mais
da metade dos deputados e quase 50% dos senadores eleitos são filiados a
partidos considerados de direita, bancada reforçada pelo estreante Novo. Esse
grupo cresceu exponencialmente nos últimos oito anos no Congresso: 32% na
Câmara e 60% no Senado.
No
mesmo período, o centro, liderado por PSDB e MDB, perdeu o posto de fiel da
balança. Ainda assim, será importante entre os senadores. Pelo mesmo
comparativo, a esquerda também encolheu, embora tenha aumentado ligeiramente em
relação ao atual número de integrantes na Câmara, com o crescimento do Psol.
Força
partidária mais poderosa do Congresso até recentemente, o MDB elegeu apenas a quarta
maior bancada de deputados – ficou atrás do PT, do PSL e do PP – ao conquistar
34 cadeiras. Já os tucanos fizeram somente a nona maior representação, com 29
deputados, empatados com o DEM.
O
PSDB e o MDB, que somavam 30 senadores em 2018, começam a nova legislatura com
21, com a recente filiação de Eduardo Gomes (TO), que se elegeu pelo
Solidariedade. Embora tenha emplacado o maior número de deputados eleitos, o PT
terá só seis senadores. É metade do tamanho da bancada depois das eleições de
2014.
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