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quinta-feira, 21 de fevereiro de 2019

Como já era esperado a PEC da Reforma da Previdência desagrada o Movimento Sindical


Desde que o governo Bolsonaro (PSL) começou a divulgar propositalmente pela mídia fragmentos da proposta da Reforma da Previdência, os representantes dos trabalhadores (as) desconfiavam que o texto da PEC - Proposta de Emenda à Constituição – seria mais perverso que o encaminhado pelo ex-presidente Michel Temer. Finalmente na quarta-feira (20/2) as suspeitas se confirmaram.

A proposta entregue aos congressistas, se aprovada, significará o fim da aposentadoria para quem não tiver condições de pagar plano privado. O governador do Maranhão, Flávio Dino (PCdoB), bateu duro e disse que o regime de capitalização é um “escândalo”, provocará um “genocídio” e beneficiará os que vivem da exploração financeira.

No Twitter o governador comentou que há dois cavalos de Tróia absurdos: tirar regras da Previdência da Constituição e jogar em lei complementar; e a introdução do regime de capitalização, em que não há solidariedade social, base do atual sistema de repartição. "Proposta de reforma da previdência do Governo Federal, infelizmente, tem fortes medidas contra os mais pobres e mais frágeis. Por exemplo, idosos pobres, trabalhadores rurais, pessoas com deficiência".

Em sua página nas redes sociais, Fernando Haddad ex-prefeito da cidade de São Paulo e candidato a presidente nas eleições de 2018, afirmou que a proposta vai empurrar os idosos brasileiros à miséria. "Bolsonaro quer criar uma legião de idosos pobres. É um Temer obscurantista! Os idosos que comprovarem estar em situação de miserabilidade vão receber um benefício de apenas R$ 400, valor abaixo do salário mínimo vigente no país”.

A oposição no Congresso Nacional diz ver a apresentação da reforma da pior maneira possível. "O que Bolsonaro trouxe hoje para a Câmara foi a proposta de destruição da Previdência pública. Chamar o texto de 'reforma' é mais uma mentira do presidente mentiroso... Bolsonaro quer acabar com o direito à aposentadoria para quem não puder pagar plano privado", acrescentou o líder do PT na Câmara, Paulo Pimenta (RS).
Para evitar retrocessos, o movimento sindical deve organizar mobilizações como as de 2017, contra a proposta de desmonte bolsonaristas aos direitos dos trabalhadores (as), dos aposentados e pensionistas e das futuras gerações que perderão o direito de se aposentar com o mínimo de dignidade. As mobilizações que acontecerão em todo Brasil, a partir de agora, servirão para deixar os trabalhadores (as) em estado de alerta para que em breve participem da Greve Geral.

Por: Nailton Francisco de Souza, Secretário Nacional de Comunicação da Nova Central e Diretor Executivo da Secretaria de Assuntos de Manutenção do Sindmotoristas/SP - Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Urbano de São Paulo.

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