Desde que o governo
Bolsonaro (PSL) começou a divulgar propositalmente pela mídia fragmentos da
proposta da Reforma da Previdência, os representantes dos trabalhadores (as) desconfiavam
que o texto da PEC - Proposta de Emenda à Constituição – seria mais perverso
que o encaminhado pelo ex-presidente Michel Temer. Finalmente na quarta-feira
(20/2) as suspeitas se confirmaram.
A proposta entregue aos
congressistas, se aprovada, significará o fim da aposentadoria para quem não
tiver condições de pagar plano privado. O governador do Maranhão, Flávio Dino
(PCdoB), bateu duro e disse que o regime de capitalização é um “escândalo”, provocará
um “genocídio” e beneficiará os que vivem da exploração financeira.
No Twitter o governador
comentou que há dois cavalos de Tróia absurdos: tirar regras da Previdência da
Constituição e jogar em lei complementar; e a introdução do regime de
capitalização, em que não há solidariedade social, base do atual sistema de
repartição. "Proposta de reforma da previdência do Governo Federal,
infelizmente, tem fortes medidas contra os mais pobres e mais frágeis. Por
exemplo, idosos pobres, trabalhadores rurais, pessoas com deficiência".
Em sua página nas redes
sociais, Fernando Haddad ex-prefeito da cidade de São Paulo e candidato a
presidente nas eleições de 2018, afirmou que a proposta vai empurrar os idosos
brasileiros à miséria. "Bolsonaro quer criar uma legião de idosos pobres.
É um Temer obscurantista! Os idosos que comprovarem estar em situação de
miserabilidade vão receber um benefício de apenas R$ 400, valor abaixo do
salário mínimo vigente no país”.
A oposição no Congresso
Nacional diz ver a apresentação da reforma da pior maneira possível. "O
que Bolsonaro trouxe hoje para a Câmara foi a proposta de destruição da
Previdência pública. Chamar o texto de 'reforma' é mais uma mentira do
presidente mentiroso... Bolsonaro quer acabar com o direito à aposentadoria
para quem não puder pagar plano privado", acrescentou o líder do PT na
Câmara, Paulo Pimenta (RS).
Para evitar retrocessos, o movimento
sindical deve organizar mobilizações como as de 2017, contra a proposta de
desmonte bolsonaristas aos direitos dos trabalhadores (as), dos aposentados e pensionistas
e das futuras gerações que perderão o direito de se aposentar com o mínimo de
dignidade. As mobilizações que acontecerão em todo Brasil, a partir de agora,
servirão para deixar os trabalhadores (as) em estado de alerta para que em breve
participem da Greve Geral.
Por:
Nailton Francisco de Souza, Secretário Nacional de Comunicação da Nova Central
e Diretor Executivo da Secretaria de Assuntos de Manutenção do
Sindmotoristas/SP - Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte
Urbano de São Paulo.
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