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quinta-feira, 7 de fevereiro de 2019

Bolsonaro e sua equipe começa abrir sua “Caixa de Maldades” contra os trabalhadores


Cada governo que entra procura fazer uma mini Reforma na Previdência, só que a ofensiva e a proposta do governo Bolsonaro (PSL) e sua equipe ultraliberal da economia é mais perversa que as anteriores. Além de retirar direitos, penalizarão os mais pobres, principalmente, as mulheres com o nivelamento da idade mínima de 65 anos.

Se o Congresso Nacional aprovar todas as propostas retiradas da “Caixa de Maldades” desta gestão, ninguém mais se aposentará com 100% do benefício e milhões de brasileiros (as) terão que viver com benefício inferior ao salário mínimo. Outra barbaridade é seguir o modelo chileno de capitalização no qual as empresas recolherão para os fundos de capitalização privados, dos bancos.

Ou seja, a ideia é que os empresários contribuam com o equivalente a 8,5% do salário do trabalhador, contra os atuais 20%. Os empregados também contribuiriam com uma parcela de 8,5%. Pelas novas regras a serem implantadas os recursos deixarão de entrar nos cofres públicos e passarão a ser gerido pelas instituições financeiras, que deverão ver seus lucros crescerem em função das chamadas "taxas de administração”.

No Chile cerca de 60% dos trabalhadores (as) não consegue o benefício, que corresponde a US$ 226 e fica bem abaixo do salário mínimo que equivale a cerca de US$ 420. Os fundos de pensão que administram o sistema de previdência capitalizada, todos estrangeiros, controlam um montante correspondente a 80% do PIB do país. Também não há contribuição por parte do Estado ou dos empregadores.

Por esta e outras razões a luta contra tais barbaridades exigirá muita unidade da classe trabalhadora, do movimento sindical e da população em geral. Temos muitos argumentos contra as mudanças, haja vista que estudos da Anfip - Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Previdência Social – prova que a previdência é superavitária e que o pano de fundo para aplicar novas regras é para beneficiar os fundos de pesões privados e os banqueiros.

Como bem diz Floriano Martins vice-presidente da Anfip, a necessidade dessa tal “Reforma” nada mais é do que uma “grande mentira”, um pretexto para desmontarem a Previdência Pública para destinar dinheiro para os bancos através do pagamento da “Dívida Pública” e entregarem o futuro dos brasileiros (as) para as grandes seguradoras de Previdência Privada.

Reformar para piorar é inaceitável e não mediremos esforços para tentar barrar esta covardia com o povo. A partir do dia 20 de fevereiro, após assembleia das centrais sindicais na Praça da Sé em São Paulo, precisaremos intensificar o dialogo com a população nas praças públicas e conscientizá-los dos grandes riscos que corremos e que comprometerá a sobrevivência digna das pessoas.

Não devemos compactuar com as decisões e os retrocessos que Bolsonaro e seus aliados na Câmara dos Deputados e Senado Federal ensaiam aprovar ainda este ano. Muitos dos que foram eleitos em 2018 se somarão com os reeleitos que só defendem os interesses do sistema financeiro, dos grandes empresários e dos ricos privilegiados deste País.

Com o apoio da mídia, eles criam o caos e clima desfavorável para impor reformas maléficas para os trabalhadores (as). Não vamos admitir a destruição do sistema previdenciário em nome de uma questionável modernização. Enfrentaremos os embates com informações verdadeiras e convenceremos a maioria de que a vida que desejamos viver amanhã dependerá de decisões tonadas agora, e de ações concretas realizadas no tempo presente.

Por: Nailton Francisco de Souza, Secretário Nacional de Comunicação da Nova Central e Secretário de Assuntos dos Trabalhadores da Manutenção do SINDMOTORISTAS – SP.

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