Tudo
indica que na próxima quarta-feira (20/02) o presidente Bolsonaro (PSL) assine
o texto de Reforma da Previdência e, no mesmo dia, seja divulgado publicamente
e enviado à Câmara dos Deputados.
A proposta acertada por ele estabelecerá
idades mínimas de 62 anos para mulheres e 65 anos para homens com período de
transição para alcançar essa faixas etárias será 12 anos.
Ela é mais dura do que a versão final do projeto do ex-presidente Michel
Temer, que após tramitar por comissão
especial da Câmara, já poderia ser votado pelo plenário da Câmara e também
prevê a criação de uma idade mínima de 65 anos (homens) e 62 anos (mulheres). Mas
essas faixas etárias seriam alcançadas em 20 anos.
Ao
encurtar a escalada da idade mínima, o governo tem como objetivo economizar
mais no pagamento de aposentadorias, já que a regra para se aposentar ficarão
mais rígidas em um período mais curto. Um integrante da equipe econômica
confirmou que, pela proposta de bolsonarista, os servidores públicos também
terão que cumprir as idades mínimas previstas no projeto.
Atualmente,
os servidores podem se aposentar com 60 anos (homem) e 55 anos (mulheres). A
intenção é enviar o projeto de lei que aumenta o tempo de serviço mínimo
exigido para militares junto com a Proposta de Emenda à Constituição (PEC) que
define as mudanças nas regras de aposentadorias para o serviço público e iniciativa
privada.
Atualmente,
existem duas formas de se aposentar no Brasil. Uma por idade, com a exigência
de ter 65 anos (homens) e 60 anos (mulheres), com no mínimo 15 anos de
contribuição. A outra é por tempo de contribuição, quando não se exige idade
mínima. Neste caso são necessários 35 anos (homens) e 30 anos (mulheres) de
pagamentos ao INSS.
A
equipe econômica do governo prevê uma economia de até R$ 1,3 trilhão em 10 anos
nas despesas do governo, se a reforma for aprovada - dinheiro que será aplicado
no pagamento de juros da dívida pública ao longo dos anos -que favorece os
rentistas, o topo da pirâmide social brasileira, que detêm os títulos do
governo.
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