Na
iminência de ter a demissão do governo confirmada, o ministro da
Secretaria-geral da Presidência, Gustavo Bebianno, afirmou a aliados estar
arrependido por ter coordenado a campanha do presidente Jair Bolsonaro no ano
passado. A informação é do blog do jornalista Gerson Camarotti, do portal G1.
Segundo
Camarotti, Bebianno fez duras críticas ao presidente. "Preciso pedir
desculpas ao Brasil por ter viabilizado a candidatura de Bolsonaro. Nunca
imaginei que ele seria um presidente tão fraco", teria dito o ministro a
um interlocutor. A decisão de demitir o ministro foi tomada por Bolsonaro na
última sexta (15).
Presidente
nacional do PSL durante a campanha eleitoral a pedido de Bolsonaro, de quem foi
advogado, o ministro estava com o emprego ameaçado desde a última quarta-feira
(13), quando o presidente disse, em entrevista à TV Record, que Bebianno
poderia ter de “voltar às suas origens” caso fosse comprovada a participação
dele em alguma irregularidade.
O
estopim da crise foi uma reportagem do último domingo da Folha de S.Paulo, que
mostrou que o PSL repassou R$ 400 mil a uma candidata a deputada federal de
Pernambuco que recebeu 274 votos, quatro dias antes da eleição. O repasse,
segundo o jornal, foi feito no período em que o ministro era presidente do
partido. Atual presidente do PSL, o deputado Luciano Bivar (PE) é o grande nome
da legenda no estado. Bebianno nega irregularidades nos repasses.
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