Estudos
da Organização Internacional do Trabalho (OIT), mostra que afrouxar proteção trabalhista
aumenta o desemprego e, consequentemente, piorará a grave crise que o Brasil
atravessa nas suas dimensões ética, econômica, política e social.
Levantamentos feitos em 2008 e 2014 pela instituição sobre reformas trabalhistas em 111 países atestam que o menor nível de proteção aos trabalhadores (as), tende facilitar o processo de demissões.
Levantamentos feitos em 2008 e 2014 pela instituição sobre reformas trabalhistas em 111 países atestam que o menor nível de proteção aos trabalhadores (as), tende facilitar o processo de demissões.
“Ou
seja, a reforma trabalhista do governo Temer (PMDB), criará mais instabilidade
na relação capital e trabalho. Os argumentos de que ela estimulará
investimentos e gerará empregos não passa de uma afronta ao senso crítico da
sociedade e dos representantes da classe trabalhadora”, diz Nailton Francisco
de Souza (Porreta), diretor Nacional de Comunicação da Nova Central.
Em
palestra no IV Congresso Nacional da Nova Central, Clemente Ganz Lúcio, diretor
técnico do Dieese, argumentou que eventuais mudanças “precisa fortalecer a
negociação e o diálogo de organizações representativas em um ambiente
institucional que valorize a solução dos conflitos e capaz de criar
compromissos com o interesse da sociedade, elementos que atuam para promover o
desenvolvimento do país”.
A
construção de uma agenda programática e, sobretudo, ações de enfretamento às
cruéis contradições da realidade, segundo Nailton, faz parte do documento “Carta
de Luziânia” aprovado pelos participantes do IV Congresso. “Sabemos que se for
aprovado o Projeto de Lei da Câmara (PLC 38/2017) os reflexos lesivos e diretos
nas condições de vida e nos direitos mais elementares da sociedade, causará
severos impactos, na atualidade e no futuro, especialmente, à classe
trabalhadora em atividade ou aposentada, empregada ou desempregada”, afirma.
“Neste
momento de intensa transformação no mundo do trabalho, de avanços
significativos da ciência e da tecnologia, presenciamos o prenúncio a
regressões aos piores momentos da história da classe trabalhadora a partir de
Revolução Industrial (séculos XVIII e XIX), é fundamental que a racionalidade
seja preservada como valor pétreo nas relações humanas de trabalho. Negá-la é
admitir e impor a indignidade, a injustiça e intensificar a desigualdade e as
diversas formas de exploração e exclusão social ao povo brasileiro,
principalmente aos trabalhadores e às trabalhadoras”, trecho da Carta.
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