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quinta-feira, 27 de julho de 2017

É triste ver uma legislação trabalhista ser destruída por corruptos!

A Lei 13.467/2017 sancionada dia 13 de julho por um governo usurpador com total apoio dos corruptos do Congresso Nacional alterou 117 itens da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho, e, na visão de especialistas não inverterá a queda livre do PIB – Produto Interno Bruto, e muito menos, solucionará o desemprego que afeta 14,2 milhões de brasileiros (as).

Se o movimento sindical não agir de forma unificada para reverter o caos trabalhista, voltaremos a conviver com os salários arroxados, altos índices de acidentes do trabalho e doenças ocupacionais e o crescente número de contratos de trabalho nos regimes de: intermitente, temporário, parcial e terceirizado.

Nesta conjuntura adversa é preciso que a classe trabalhadora entenda que o sindicato são trabalhadores (as) organizados na base e em suas entidades representativas. Por outro lado é dever do sindicalista observar a realidade do país e, dentro dela, buscar fórmulas de amenizar o sofrimento de seus representados que ficaram mais vulneráveis com o enfraquecimento da representação laboral.

Infelizmente, a conquista alcançada ao longo dos anos com muita luta, de forma sistemática, têm sido destruídas com o apoio da mídia golpista e contribuição explicita do Judiciário. Todos a serviço do capital financeiro especulativo defendem uma estratégia de crescimento econômico orientado pelo mercado integrado à globalização capitalista.

O economista João Sicsú, ex-diretor de Políticas e Estudos Macroeconômica do Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) e professor do Instituto de Economia da UFRJ, afirma que o “congelamento dos gastos públicos por 20 anos e à reforma trabalhista”, são iniciativas que converterá o Brasil em uma “plataforma exportadora de produtos básicos” que, consequentemente, enfraquecerá o mercado interno.

“O barateamento da mão de obra não traz qualquer vantagem competitiva para quem produz para o consumo interno, pois todos os empresários terão esses custos reduzidos e, em médio prazo, o rebaixamento salarial afetará ainda mais o poder de compra das famílias. Somente quem produz para o mercado externo terá algum benefício. O País, por decisão da elite política e financeira, entrará na divisão do trabalho globalizado como uma colônia moderna”, alerta Sicsú.

Na opinião do sociólogo Clemente Ganz Lúcio, do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos), o movimento sindical precisa enfrentar, imediatamente, os seguintes desafios: melhorar a preparação das Campanhas Salariais; repensar a organização sindical e intensificar a presença nos locais de trabalho; redesenhar a luta institucional para enfrentar a nova legislação trabalhista e produzir conhecimento sobre as profundas transformações na economia e produtivas, os impactos sobre os empregos, as condições de trabalho e os salários, construir novas formas de organização de luta e realizar muita formação sindical.


Depois destas análises bem fundamentadas, podemos concluir que as reformas em curso são para demolir direitos sociais e trabalhistas, pois o que está em jogo, além do desmonte de tudo aquilo que a classe trabalhadora conquistou desde 1943 e foi instituída na CLT, é a construção um novo Estado, ou seja, a definição do papel do Estado, para servir exclusivamente os mais poderosos.

Por: Nailton Francisco de Souza (Porreta), diretor Nacional de Comunicação da Nova Central

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