A Lei 13.467/2017 sancionada
dia 13 de julho por um governo usurpador com total apoio dos corruptos do
Congresso Nacional alterou 117 itens da CLT – Consolidação das Leis do Trabalho,
e, na visão de especialistas não inverterá a queda livre do PIB – Produto Interno
Bruto, e muito menos, solucionará o desemprego que afeta 14,2 milhões de
brasileiros (as).
Se o movimento sindical não
agir de forma unificada para reverter o caos trabalhista, voltaremos a conviver
com os salários arroxados, altos índices de acidentes do trabalho e doenças
ocupacionais e o crescente número de contratos de trabalho nos regimes de:
intermitente, temporário, parcial e terceirizado.
Nesta conjuntura adversa é
preciso que a classe trabalhadora entenda que o sindicato são trabalhadores
(as) organizados na base e em suas entidades representativas. Por outro lado é
dever do sindicalista observar a realidade do país e, dentro dela, buscar
fórmulas de amenizar o sofrimento de seus representados que ficaram mais
vulneráveis com o enfraquecimento da representação laboral.
Infelizmente, a conquista
alcançada ao longo dos anos com muita luta, de forma sistemática, têm sido
destruídas com o apoio da mídia golpista e contribuição explicita do
Judiciário. Todos a serviço do capital financeiro especulativo defendem uma
estratégia de crescimento econômico orientado pelo mercado integrado à
globalização capitalista.
O economista João Sicsú,
ex-diretor de Políticas e Estudos Macroeconômica do Instituto de Pesquisa
Econômica Aplicada (Ipea) e professor do Instituto de Economia da UFRJ, afirma
que o “congelamento dos gastos públicos por 20 anos e à reforma trabalhista”,
são iniciativas que converterá o Brasil em uma “plataforma exportadora de
produtos básicos” que, consequentemente, enfraquecerá o mercado interno.
“O barateamento da mão de
obra não traz qualquer vantagem competitiva para quem produz para o consumo
interno, pois todos os empresários terão esses custos reduzidos e, em médio
prazo, o rebaixamento salarial afetará ainda mais o poder de compra das
famílias. Somente quem produz para o mercado externo terá algum benefício. O
País, por decisão da elite política e financeira, entrará na divisão do
trabalho globalizado como uma colônia moderna”, alerta Sicsú.
Na opinião do sociólogo
Clemente Ganz Lúcio, do DIEESE (Departamento Intersindical de Estatística e
Estudos Socioeconômicos), o movimento sindical precisa enfrentar,
imediatamente, os seguintes desafios: melhorar a preparação das Campanhas
Salariais; repensar a organização sindical e intensificar a presença nos locais
de trabalho; redesenhar a luta institucional para enfrentar a nova legislação
trabalhista e produzir conhecimento sobre as profundas transformações na
economia e produtivas, os impactos sobre os empregos, as condições de trabalho
e os salários, construir novas formas de organização de luta e realizar muita
formação sindical.
Depois destas análises bem
fundamentadas, podemos concluir que as reformas em curso são para demolir
direitos sociais e trabalhistas, pois o que está em jogo, além do desmonte de
tudo aquilo que a classe trabalhadora conquistou desde 1943 e foi instituída na
CLT, é a construção um novo Estado, ou seja, a definição do papel do Estado,
para servir exclusivamente os mais poderosos.
Por: Nailton Francisco de Souza (Porreta), diretor Nacional de Comunicação da Nova Central
Por: Nailton Francisco de Souza (Porreta), diretor Nacional de Comunicação da Nova Central
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