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sexta-feira, 19 de julho de 2019

Viés partidário da Lava Jato aprofundou crises no Brasil!


Agraciados pela cumplicidade e complacência dos agentes públicos que conduzem a operação Lava Jato, a maioria dos delatores que aceitaram, fizeram o jogo e colaboraram como eles queriam, tiveram punições reduzidas ou transformadas em prisões domiciliares. Investigações seletivas ficaram evidentes após o ex-diretor da Petrobras Paulo Roberto Costa dizer que a corrupção na empresa iniciou nos governos de Fernando Henrique Cardoso (FHC).

Os inquisidores se utilizaram das prisões preventivas, como ferramenta de tortura para obter delações, de vazamentos seletivos à imprensa, para antecipar condenações de seus desafetos e a operação de combate ao crime serviu de palanque político para seus aliados nas eleições de 2014, 2016 e 2018 esta, principalmente, com fortes indícios de fraudes que deixou a democracia em frangalhos, a economia arruinada e fortalecido a cruzada para eliminar os direitos sociais e trabalhistas do povo.

Para a classe trabalhadora e a maioria do povo brasileiro, os resultados negativos do conluio dos justiceiros de Curitiba se refletem na destruição sistemática do Estado indutor de desenvolvimento com distribuição de renda; pela delapidação da Petrobras via entrega do pré-sal aos estrangeiros; aos ataques aos direitos trabalhistas, previdenciários, saúde e educação; aos programas sociais e ao meio ambiente.

A Constituição Federal de 1988, auto proclamada pelo ex-deputado federal Ulisses Guimarães de “Constituição Cidadã” aos poucos é implodida e muito em breve virará pó. Tudo fruto das mentiras, distorções e hipocrisias impostas cotidianamente à população pela mídia dita “tradicional” e o exército de robores ativos nas redes sociais que proliferam as fake News.

No Brasil dos paladinos da moral e dos bons costumes, a realidade dos fatos é substituída por mentiras e convicções dos que usam e abusam do poder em benefício próprio e de seus aliados. Os disseminadores de inverdades conseguiram gravar nas mentes de muitas pessoas de que o Partido dos Trabalhadores (PT) implantou a corrupção e quebrou o país. E mais, para eles os governos de FHC foi um sucesso econômico.

Só que os números oficiais do Banco Mundial comprovam que o Produto Interno Bruto (PIB) de suas gestões em comparação ao governo de Itamar Franco recuou de US$ 534 bilhões para US$ 504 bilhões e a renda per capita, de US$ 3.426 para US$ 2.810. Nos governos do PT, esses indicadores aumentaram dos US$ 504 bilhões para US$ 2,4 trilhões e de US$ 2.810 para US$ 11.218, respectivamente, entre 2002 e 2014.

O salário mínimo subiu também mais de 300% em moeda norte-americana nesse período. Em 2002 o Brasil era a 14ª economia do mundo, em 2016 chegou ocupar a nona posição e o 40º entre os países mais endividados. FHC e seus aliados deixaram uma dívida pública bruta de 80% em relação ao PIB que foi reduzida para 60%. Menor que a dos Estados Unidos (104%), países da Zona do Euro (90%), Japão (220%), Alemanha (71%), Inglaterra (89%), França (96%), Itália (132%) e Canadá (91%). Ou seja, quem recebe o país com R$ 20 bilhões de reservas cambiais e entrega com R$ 1 trilhão, não pode ser acusado de ter quebrado o Brasil.

Na opinião de Othoniel Pinheiro Neto, Doutor em Direito pela UFBA, Defensor Público do Estado de Alagoas e Professor de Direito Constitucional, estamos numa bolha “psicossocial” formada pelos interesses dos bancos privados e do mercado financeiro que no país um dos maiores sistemas de manipulação, adestramento, domesticação e fanatismo da história, onde os comandos determinados pelo centro do poder simbólico empurram qualquer coisa para ser imediatamente defendida por aqueles que estão “lobotomizados”.

E que o processo de formação dessa bolha passa pelo impulsionamento nas redes sociais de soluções infantis e bizarras para problemas complexos, pela aniquilação do efetivo contraditório na grande mídia, pelo sequestro de símbolos nacionais para interesses político-partidários e pela estruturação de movimentos que se apresentam como apartidários, mas que fazem às vezes dos partidos políticos, mas com fontes desconhecidas de financiamento, como o MBL.

Sem contar com a propagação do discurso de ódio contra qualquer adversário que signifique empecilho para o processo de neocolonização do Brasil e satisfação dos interesses do sistema financeiro. Para ele, foi justamente nas manifestações de julho de 2013, que o sistema financeiro, revoltado com as medidas de controle dos juros tomadas em 2012 pela então Presidente Dilma Rousseff, começou o seu processo de “lobotomização”, que viria a resultar no golpe de 2016.

Por: Nailton Francisco de Souza, Secretário Nacional de Comunicação da Nova Central e Diretor Executivo do SindMotoristas – SP.

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