Depois de mais de quatro
meses de análise, Câmara dos Deputados aprovou na quarta-feira (10/07) o
texto-base da Reforma da Previdência em primeiro turno por 379 votos a favor a
131 contra. O deputado federal e presidente licenciado do
Sindmotoristas - SP, Valdevan Noventa (PSC/SE), foi o único do seu partido que se
posicionando contra o projeto.
Ao honrar seu compromisso
com a classe trabalhadora, disse que a história mostrará quem esteve ao lado do
povo brasileiro. E que a reforma não foca aumentar a geração de receitas para
cobrir os gastos da previdência, muito menos tributa os dividendos (parte dos
lucros) distribuídos por empresas a acionistas, e obrigará a maioria dos
brasileiros a trabalhar mais tempo para poder se aposentar.
“Sempre estarei ao lado da
classe que ergueu essa nação, os trabalhadores, e meu voto é NÃO a esta
Reforma, pois entendo que não é uma reforma para o desenvolvimento do Brasil,
mas sim um reforma fiscal. Meu voto caminha juntos com os trabalhadores do
campo, dos operários, dos motoristas e cobradores, meu voto é não, meu
posicionamento é pelo bem do Brasil, meu voto é contra os interesses dos mais
privilegiados e a favor dos menos favorecidos”, afirmou Noventa.
Confira
o que vai mudar se for mantido o texto aprovado pelos deputados:
Uma mudança importante que
atingirá a maior parte da população é a criação de idades mínimas para
aposentadoria. Se a proposta for aprovada nos termos estabelecidos pelos
deputados, a maioria dos trabalhadores (as) do Brasil, tanto na iniciativa
privada como no serviço público federal, precisará trabalhar até 62 anos, caso
mulher, e até 65 anos, caso homem.
Por enquanto, no INSS,
vigora um regime misto em que é possível se aposentar por idade (a partir de 60
anos para mulheres e a partir de 65 anos para homens) ou por tempo de
contribuição (ao menos 15 anos).
Já no serviço público
federal, hoje são exigidos 60 anos de idade e 35 anos de contribuição para
homens e 55 anos de idade e 30 anos de contribuição para mulheres.
Ou seja, caso a reforma seja
aprovada, todos terão que se submeter à regra da idade mínima, mudança que
atinge principalmente pessoas de maior renda, já que os mais pobres, em geral,
não conseguem contribuir por períodos longos e já se aposentam por idade.
Outra mudança, porém,
afetará os homens de menor renda. A reforma prevê que o tempo mínimo de
contribuição exigido deles no INSS suba de 15 para 20 anos. Embora a Reforma da Previdência proposta pelo
governo Bolsonaro seja ampla e tenha impacto sobre a grande maioria dos brasileiros,
algumas categorias continuarão tendo regras diferenciadas, como professores,
policiais federais e agentes penitenciários.
Os integrantes das Forças
Armadas também terão um sistema diferente, mas ele está sendo tratado em um
projeto de lei separado - ou seja, a aprovação dessa PEC não muda nada para
eles.
Confira
abaixo como votou cada deputado do Estado de São Paulo
Abou Anni (PSL) - SIM
Adriana Ventura (NOVO) - SIM
Alex Manente (Cidadania) -
SIM
Alexandre Frota (PSL) - SIM
Alexandre Leite (DEM) - SIM
Alexis Fonteyne (NOVO) - SIM
Arnaldo Jardim (Cidadania) -
SIM
Baleia Rossi (MDB) - SIM
Bruna Furlan (PSDB) - SIM
Capitão Augusto (PL) - SIM
Carla Zambelli (PSL) - SIM
Carlos Sampaio (PSDB) - SIM
Celso Russomanno (PRB) - SIM
Cezinha de Madureira (PSD) -
SIM
Coronel Tadeu (PSL) - SIM
David Soares (DEM) - SIM
Eduardo Bolsonaro (PSL) -
SIM
Eduardo Cury (PSDB) - SIM
Eli Corrêa Filho (DEM) - SIM
Enrico Misasi (PV) - SIM
Fausto Pinato (PP) - SIM
General Peternelli (PSL) -
SIM
Geninho Zuliani (DEM) - SIM
Gilberto Nascimento (PSC) -
SIM
Guiga Peixoto (PSL) - SIM
Guilherme Derrite (PP) - SIM
Guilherme Mussi (PP) - SIM
Herculano Passos (MDB) - SIM
Jefferson Campos (PSB) - SIM
Joice Hasselmann (PSL) - SIM
Júnior Bozzella (PSL) - SIM
Kim Kataguiri (DEM) - SIM
Luiz Flávio Gomes (PSB) -
SIM
Luiz Philippe O. Bragança
(PSL) - SIM
Marcio Alvino (PL) - SIM
Marco Bertaiolli (PSD) - SIM
Marcos Pereira (PRB) - SIM
Maria Rosas (PRB) - SIM
Miguel Lombardi (PL) - SIM
Milton Vieira (PRB) - SIM
Paulo Freire Costa (PL) -
SIM
Policial Katia Sastre (PL) -
SIM
Pr. Marco Feliciano
(Podemos) - SIM
Renata Abreu (Podemos) - SIM
Ricardo Izar (PP) - SIM
Roberto Alves (PRB) - SIM
Roberto de Lucena (Podemos)
- SIM
Rodrigo Agostinho (PSB) -
SIM
Rosana Valle (PSB) - SIM
Samuel Moreira (PSDB) - SIM
Tabata Amaral (PDT) - SIM
Vanderlei Macris (PSDB) -
SIM
Vinicius Carvalho (PRB) -
SIM
Vinicius Poit (NOVO) - SIM
Vitor Lippi (PSDB) - SIM
Alencar Santana Braga (PT) -
NÃO
Alexandre Padilha (PT) - NÃO
Arlindo Chinaglia (PT) - NÃO
Carlos Zarattini (PT) - NÃO
Ivan Valente (PSOL) - NÃO
Luiza Erundina (PSOL) - NÃO
Nilto Tatto (PT) - NÃO
Orlando Silva (PCdoB) - NÃO
Paulo Pereira da Silva
(Solidariedade) – NÃO
Paulo Teixeira (PT) - NÃO
Rui Falcão (PT) - NÃO
Sâmia Bomfim (PSOL) - NÃO
Tiririca (PL) - NÃO
Vicentinho (PT) - NÃO
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