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quinta-feira, 11 de julho de 2019

Câmara reabre votação da Reforma da Previdência e pode abrandar proposta


Os deputados retomaram nesta quinta-feira (11/07) a discussão dos cerca de 20 destaques ao texto-base da proposta de reforma da Previdência, aprovado na quarta-feira (10/07) em primeiro turno em plenário da Câmara graças ao empenho do presidente da Casa, Rodrigo Maia (DEM-RJ).

Os destaques são tentativas de mudar pontos específicos do projeto. Os parlamentares chegaram a discutir essas ressalvas na quarta-feira, mas a sessão foi encerrada por ameaça de desidratação da proposta principal.

Líderes de partidos de centro, num acordo com a oposição, articulavam uma série de derrotas ao governo para amenizar regras de aposentadoria e de pensões para algumas categorias.

O presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), diz pretender concluir a análise dos destaques nesta quinta e, na sexta (12), votar a proposta em segundo turno, último ponto da tramitação na Casa.

Após isso, a reforma segue para o Senado, que deve se debruçar sobre ela a partir de agosto, na volta do recesso parlamentar. Os defensores da proposta têm a expectativa de que até setembro ela esteja completamente aprovada pelo Congresso, indo à promulgação.

Em meio às discussões de mérito da medida, siglas do centrão também pressionam o governo a dar garantias de que serão liberadas as verbas prometidas aos parlamentares em troca de apoio.

Veja os destaques que devem ir a voto

PCdoB/PSC/PT: Exclui mudança na regra de pensão por morte;
DEM/PP/MDB: Regras mais vantajosas para mulheres e na pensão por morte;
Cidadania: Evita a constitucionalização de regras de acesso ao BPC;
PSOL: Exclui mudanças nas regras do abono salarial;
PDT: Transição mais vantajosa para policiais e servidores;
Podemos: Transição mais vantajosa para segurança pública;
PSB: Retira aumento do tempo de contribuição mínimo para homem;
Solidariedade: Nova regra de transição;
PDT: Transição mais vantajosa para servidores;
PT: Exclui cálculo de aposentadoria com base em 100% dos salários;
PP/MDB: Reduz idade mínima das mulheres para 60 anos;
PSL: Regras mais brandas para policiais federais;
PDT: Reinclui servidores municipais na reforma.

Reforma aprovada pelos deputados aumenta tempo de contribuição

A proposta cria uma idade mínima de aposentadoria. Ao final do tempo de transição, deixa de haver a possibilidade de aposentadoria por tempo de contribuição. A idade mínima de aposentadoria será de 62 anos para mulheres e de 65 para homens.

O tempo mínimo de contribuição será de 20 anos para homens e de 15 anos para mulheres. A regra é semelhante a formula atual para pedir a aposentadoria integral, a fórmula 86/96.

O trabalhador deverá alcançar uma pontuação que resulta da soma de sua idade mais o tempo de contribuição, que hoje é 86 para as mulheres e 96 para os homens, respeitando um mínimo de 35 anos de contribuição para eles, e 30 anos para elas.

A transição prevê um aumento de 1 ponto a cada ano, chegando a 100 para mulheres e 105 para os homens.


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