Powered By Blogger

sexta-feira, 19 de julho de 2019

No país de Fake News, passar fome no Brasil é uma grande mentira!


Especialista em disseminar Fake News durante as Eleições em 2018, o presidente Jair Bolsonaro (PSL) disse, na sexta-feira (19/07), durante café da manhã com correspondes de jornais estrangeiros, que "não se vê gente, mesmo pobre, pelas ruas, com físico esquelético" e criticou o que chamou de "discurso populista".

“O Brasil é um país rico para praticamente qualquer plantio. Fora que passar fome no Brasil é uma grande mentira. Passa-se mal, não come bem, aí eu concordo. Agora, passar fome, não. Você não vê gente, mesmo pobre, pelas ruas, com físico esquelético, como a gente vê em alguns outros países pelo mundo”, destacou.

O que Bolsonaro jamais conseguirá explicar é que em média, 15 pessoas morrem de desnutrição por dia no país. Ao todo, 5.653 pessoas em 2017, segundo informações do Ministério da Saúde. Ou seja, dados sobre segurança alimentar contradizem sua fala e, como de costume, em que todas às vezes que diz besteira à tarde, recuou, e disse que “alguns passam fome”.

O Ministério da Cidadania fez, em 2018, o Mapeamento da Insegurança Alimentar e Nutricional (Mapa InSAN). Os dados mostram que, no ano de coleta dos dados (2016), 427.551 crianças com menos de cinco anos que são atendidas pelo Bolsa Família tinham algum grau de desnutrição, que é medido de acordo com o déficit de peso por idade ou de altura por idade. Foram classificadas com desnutrição muito alta 44.462 crianças, e com desnutrição alta 102.947, entre as que são atendidas pelo Bolsa Família.

“A desnutrição é a expressão corporal da fome”, afirma a professora Patricia Jaime, da Faculdade de Saúde Pública da USP. “A morte por desnutrição é um extremo, mas a gente tem estágios de desnutrição e estágios de insegurança alimentar nutricional. A gente não quer só que as pessoas não morram de fome, quer que as pessoas não vivam com fome”, diz.
 
A desnutrição em crianças, grupo mais vulnerável, é o indicador recomendado pela FAO (órgão da ONU para comida) para medir a fome, segundo a professora Patricia Jaime.

De acordo com a última pesquisa do IBGE sobre o tema (com dados de 2013) 7,2 milhões de pessoas vivem em situação de insegurança alimentar grave no país, que é quando alguém passa o dia todo sem comer por falta de dinheiro para comprar alimentos e há redução quantitativa de alimentos entre crianças.

Outras 10,3 milhões de pessoas entraram na categoria de insegurança alimentar moderada. Entre as crianças com menos de cinco anos, 641 mil passam por insegurança alimentar grave, e 864 mil por insegurança alimentar moderada.

Sem argumentos objetivos para solucionar este problema, o presidente prefere criticar governos anteriores que implantaram programas de distribuição de riqueza e renda. Enganou-se quem votou e imaginou que seu governo seria exemplo de honestidade, comprometido com a ética, a moralidade e a eficiência. Passaram-se seis meses e até agora não mostrou resultados no combate ao desemprego e muito menos solucionou o problema da desindustrialização nacional.

Nenhum comentário:

Postar um comentário