Na quarta-feira (10/07) a classe
trabalhadora sofreu um novo golpe, com a aprovação da Reforma da Previdência, pelos
deputados, inclusive com os votos do Abou Anni (PSL) e Alexandre Leite (DEM)
que obtiveram apoio da categoria nas Eleições de 2018. Com as mudanças, o
direito da aposentadoria ficou distante de milhões de brasileiros (as).
Enquanto os privilégios deles foram mantidos integralmente.
Os números não mentem e o
governo Bolsonaro não quer que saibamos da verdade do suposto “rombo” causado
por benefícios, renúncias e desonerações fiscais concedidos às grandes
empresas. São mais de 60 bilhões em contribuições previdenciárias que não
entraram nos cofres públicos por causa das políticas de incentivos.
As contas feitas pelos
defensores da “Deforma da Previdência” visam apenas manter seus interesses. Eles
incluem apenas contribuições dos trabalhadores (as) e das empresas nas contas
da Previdência Social e deixam de fora o Cofins, o CSLL - Contribuição
Social sobre o Lucro Líquido-, o PIS/PASEP e as loterias.
Se de fato todas as fontes de
financiamento da Seguridade Social fossem contabilizadas os resultados seriam
de superávit. O problema é que a Constituição é desrespeitada desde os anos 90,
tendo em vista que receitas voltadas para a aposentadoria, assistência e saúde
são desviadas para o pagamento da dívida pública, com mecanismos como a DRU –
Desvinculação de Receitas da União.
Ou seja, pegam 30% das
aposentadorias para gastarem como quiserem, com clara destinação do dinheiro
para outros fins. Por isso não se deixe enganar: todas as reformas conduzidas pelos
inimigos da classe trabalhadora sempre buscam diminuir, dificultar e até mesmo
acabar com os direitos e as conquistas dos servidores, trabalhadores (as) e
aposentados (as).
Os menos favorecidos, os mais
pobres sofrerão com a redução da proteção social. Em meio às articulações e
conchavos, vozes na Câmara dos Deputados se destacaram em defesa dos trabalhadores (as). O
deputado federal Valdevan Noventa (PSC/SE), Orlando Silva (PCdoB/SP), Paulinho da Força (Solidariedade) votaram não ao desmonte das aposentadorias e
merecem nosso respeito e admiração.
Por:
Nailton Francisco de Souza, Secretário Nacional de Comunicação da Nova Central
e Diretor Executivo do SindMotoristas – SP.
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