O deputado Orlando Silva
(PCdoB-SP) afirmou que a “reforma da Previdência de Bolsonaro e Guedes é um
engodo”, por não atacar privilégios dos mais ricos e visa cortar direitos de
quem precisa da aposentadoria para sobreviver. “Não podemos permitir essa
crueldade”, denunciou pelas redes sociais.
Lembrou que “Bolsonaro, que
foi aposentado do exército aos 33 anos e virou político, colocou os filhos na
política, diz que combate privilégios reduzindo a aposentadoria do povão para
menos de 1 salário mínimo”. Orlando Silva já tinha condenado a reforma do
governo.
Denuncia que a verdadeira
intenção da reforma da Previdência, prioridade de Jair Bolsonaro e Paulo
Guedes, é abrir “um grande negócio para o setor financeiro”. Em pronunciamento
no plenário, ele cobrou dos parlamentares governistas que subam à tribuna para
dar explicações ao povo sobre a disposição do governo de acabar com a
aposentadoria no Brasil.
“Essa reforma da
Previdência, que ele [Bolsonaro] tenta colocar goela abaixo e que, na prática,
vai abrir um novo negócio, um grande negócio para o setor financeiro – esse é o
verdadeiro objetivo, criar um novo negócio para o setor financeiro com a
previdência complementar, não passará”, afirmou.
Disse que a posturas dos
governistas, que usaram o microfone para falar sobre o e-mail enviado às
escolas pelo ministro da Educação, Ricardo Vélez Rodríguez, orientando para a
leitura de um slogan da campanha de Bolsonaro, é um factóide “para desviar o
foco de interesse da população brasileira”.
Segundo Orlando Silva, a
bancada do PSL tem que subir à tribuna é para explicar o porquê da crueldade
com os professores. “O professor terá que trabalhar cinco anos a mais e
contribuir por 30 anos para poder ter acesso à aposentadoria. O professor que
forma as nossas crianças, esse professor que vocês [os bolsonaristas] querem
intimidar terá que ficar até os 60 anos para poder gozar do benefício da
aposentadoria”, ressaltou.
Destacou ainda que os
deputados da base deveriam explicar porque o governo quer impedir que o
trabalhador rural tenha acesso à aposentadoria, o corte do benefício de
prestação dos idosos pobres, que pelas regras da reforma da Previdência será
reduzido para R$ 400,00.
“Deveriam explicar o porquê
da crueldade de cortar o benefício de prestação dos idosos pobres do Brasil.
Como é que se explica isso: de mil reais para 400 reais? É uma crueldade o que
o Governo Bolsonaro faz com o nosso povo!”
“Não adianta tergiversar. Vocês têm que
justificar a fraude política”, disse, avaliando que o governo “é uma fraude”.
“Basta ver os discursos proferidos aqui nesta tribuna pelo então deputado Jair
Bolsonaro, as teses defendidas por ele. Agora, no governo, ele faz tudo
diferente. Ou seja, o governo é uma fraude!”.
“Não por acaso, a primeira
pesquisa feita com a população mostra a repulsa do povo brasileiro ao
presidente Jair Bolsonaro. Basta comparar: nesta fase de governo, é a pior
avaliação de todas dos presidentes da história recente do Brasil. Por quê?
Porque o povo brasileiro começa a perceber o pacote de maldades que este
governo tem a oferecer”, concluiu.
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