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segunda-feira, 4 de março de 2019

Bolsonaro cumpre promessa de acabar com os sindicatos no Brasil!


Durante a campanha eleitoral o candidato e hoje presidente Jair Bolsonaro (PSL) declarou que era preciso diminuir e/ou acabar com os sindicatos no Brasil. Promessa cumprida ao publicar a Medida Provisória (MP - 873) que altera a Consolidação das Leis Trabalhistas (CLT) e estabelece que a contribuição sindical seja recolhida apenas sob autorização individual e expressa de cada trabalhador.

“Esse sindicato, você tem que diminuir. De preferencia acabar com sindicato no Brasil. É uma desgraça sindicato no Brasil. É uma pequena minoria que vive da profissão de atazanar o proprietário!”, afirmou ele aos empresários. As alterações contidas na MP entram em conflito com promessa de que seu governo seria “escravo da Constituição”, e demonstra total desprezo por toda representação sindical da classe trabalhadora.

A medida do governo causou indignação no Movimento Sindical e dividiu opiniões sobre o tema. Teve quem comemorou por entender que só afetaria os chamados sindicatos “Pelegos”, outros a classificaram como pura “Maldade” para de fato acabar com todas as lutas trabalhistas e os mais otimistas imaginam que as entidades serão fragilizadas e o “fim dos sindicatos” jamais acontecerá.

No meio das inúmeras reclamações e lamentações, feitas no Grupo de WhatsApp – Trabalhadores em Pauta -  surgiram propostas para enfrentar mais este obstáculo orquestrado pelos inimigos da classe trabalhadora. “Por enquanto não acaba. Eu mesma não vou desfilar-me e vou trabalhar contra essa ideia. O trabalhador precisa conscientizar da utilidade que é o sindicato para ele”, escreveu uma pessoa identificada como Kôla.

Bem mais humorado alguém escreveu o seguinte: “Medida Provisória da tentativa de uma nova parceria caracu? Governo, lógico vai entrar com a cara... O Fascista das laranjas e do chapéu pode com isso estar querendo forçar um dialogo em termo da Reforma da Previdência?”. Na modesta opinião dessa pessoa a MP pode significar o chamado “balão de ensaio” para que o movimento sindical abaixe a guarda na luta contra o desmonte da Previdência Social.
Confira a lista de algumas opiniões postada no Grupo de WhatsApp – Trabalhadores em Pauta:

“Quer dizer que o sindicato não pode consignar a mensalidade no salário do filiado? Então tem que pagar tarifa para o bancão? Enquanto isso o bancão pode consignar a prestação do empréstimo na folha do trabalhador?”;

“A MP do Bolsonaro acaba de decretar o fim do sindicalismo no Brasil. Nem a ditadura militar foi tão longe. Ou os sindicatos e centrais radicalizam, ou o movimento sindical organizado desaparece do mapa!”;

“Muito triste Porciano. Hoje o que eu disse a respeito é que devemos brigar muito se quisermos manter um pouco da unidade ainda existente entre os trabalhadores... Sem ele não teremos lutas por direitos, conquistas etec... Estamos perdendo espaço cada dia mais. Momento muito difícil no País para todos os trabalhadores menos remunerados”;

“Temos que subir do tom!”;

“Se a gente radicaliza fisicamente (hipoteticamente) seremos enquadrados na Lei do terrorismo; se radicalizamos com manifestações, primeiro é: como financiar? – dentre outros entraves; se formos para cima do Congresso, como reverter se esse parlamento é mais conservador que o anterior, que aprovou a Reforma Trabalhista?;

“E se não fizermos nada acabou... Imagina os Bolcheviques na ilegalidade fazendo uma Revolução, e nós dizendo que não temos como lutar nas ruas contra uma MP...”;

“Não estou defendendo a imobilidade... Apenas apresentando as dificuldades!...”;

“A dificuldade é que até o fim, no fundo, muita gente acreditava que o fascismo não seria tão grave assim. Finalmente fica claro que é de vez. Acho que o pessoal ainda não entendeu que a MP acaba com 90% dos sindicatos no Brasil. Sendo muito otimista. Eles vieram para nos varrer!”;

“É sal sobre terra arrasada com o fim do Imposto Sindical”;

“Eu concordo! Os guerreiros estão cansados, acomodados, desmotivados... Fato!”;

“Extremamente grave!”;

“Esta MP é gravíssima! É para acabar de vez com qualquer resistência organizada. Ai vamos brincar de twiter e avaaz”;

“O pior de tudo que nem todos perceberam o quão ruim será para nós, os transtornos que enfrentaremos a falta que fará e por aí vai”;

“Muitos dos que vão acabar são pelegos e não farão a menor falta. O modelo de sindicalismo de 4 esferas é inadequado à defesa do trabalhador e se mostra cada vez mais inadequado”, (Yuri Bambirra);

“Se num grupo de atores sociais dedicados trabalhismo, tem gente a favor do desmonte do sindicalismo promovido pelos desgovernos anterior e atual, o que se dirá do restante da sociedade, que desconhece a nossa importância”, (Marcelo);

Por: Nailton Francisco de Souza, Secretário Nacional de Comunicação da Nova Central e Secretário de Assuntos dos Trabalhadores do Setor de Manutenção do Sindicato dos Motoristas – SP.

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