O desespero começa a tomar
conta do governo Bolsonaro (PSL) que até o momento não conseguiu formar maioria
no Congresso Nacional para aprovar sua proposta de Reforma da Previdência, que
mesmo antes de começar a ser discutida oficialmente pelos parlamentares, criou
repulsa da população que não aceita perder o direito de se aposentar e nem o
aumento do tempo de contribuição ao INSS – Instituto Nacional da Seguridade
Social.
Para tentar agradar os
deputados o próprio presidente da República conversou no sábado (09/3) com o
presidente da Câmara, Rodrigo Maia e o autorizou negociar os pedidos de
nomeações de cargos para o segundo escalão do governo nos Estados. Cabe lembrar
que durante sua campanha em 2018 ele havia prometido que não aceitaria
indicações políticas na sua gestão, pelo jeito, mudou de opinião e já inicia o “Toma
Lá Dá Cá!”.
Considerada a líder da “Tropa
de Choque” que defende todas as ações deste governo, a deputa Joice Hasselmann
(PSL-SP), que se elegeu justamente com um discurso conservador e moralista,
esteve também com Maia para articular nomes para ocupar os cargos e a ida de
líderes partidários para conversas reservadas, a partir desta semana, com o
presidente.
Segundo Maia, só o fato de o
presidente receber os parlamentares, conversar com eles e ouvi-los já vai fazer
muita diferença no humor de deputados e senadores, que gostam de se sentir
prestigiados. Como tem dito Maia, isso faz parte da boa política e ele usa até
uma pitada de ironia: "O Palácio tem um charme danado".
Na conversa, Bolsonaro
anunciou que vai liderar pessoalmente os esforços de Executivo e Legislativo em
favor da reforma e demonstrou preocupação, principalmente, com as chances da
proposta na sua fase inicial de tramitação, na Comissão de Constituição e Justiça
(CCJ) da Câmara, a partir de quarta-feira. Maia o tranquilizou, dizendo que não
haverá maiores problemas aí, até porque as discussões de mérito só vão começar
depois, na Comissão Especial.
No cronograma acertado entre
Executivo e Legislativo, a Câmara votará primeiro a reforma geral da
Previdência e só depois analisará a proposta específica para as Forças Armadas,
que deverá chegar ao Congresso no fim deste mês ou no início de abril, conforme
disse ao Estado o ministro da Defesa, general Fernando Azevedo e Silva, que se
encontrou com Maia na última quinta-feira.
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