Ela se trata de um ataque
orquestrado entre os fatores políticos que hoje atuam no Brasil, buscando
descarregar a crise nas costas da classe trabalhadora e dos setores oprimidos
da população, tendo um impacto profundo na vida das mulheres, em especial das
mulheres negras que hoje são maioria dos trabalhadores no país.
Segundo estudo oficial, a
previdência social não é deficitária, mas foi alvo de desvios de seus recursos
por parte do governo para projetos que atendiam os interesses capitalistas,
enquanto protegia empresas devedoras. Gerado esse rombo, essas empresas
seguiram sendo beneficiadas por descontos e benefícios fiscais, enquanto aprovaram
formas de reduzir gastos públicos e cortes nos direitos trabalhistas.
Os empresários, que defendem
a Reforma da Previdência para resolver um suposto "deficit" público,
que na realidade são as suas próprias dívidas não pagas, os mais de R$ 450
bilhões que os patrões devem à Previdência apontados em relatório do próprio
governo.
Para que se tenha uma ideia,
os principais bancos beneficiados pelos recursos que serão adquiridos com a
Reforma da Previdência são os principais devedores: o Bradesco deve R$ 465
milhões à Previdência; a Vale deve R$ 275 milhões; a JBS, da Friboi, deve R$
1,8 bilhão.
Nada disso será cobrado
dessas riquíssimas empresas e bancos. Pior: o banco Santander e o Itáu, que
devem respectivamente R$338 milhões e R$25 bilhões à Receita Federal, tiveram
suas dívidas perdoadas (em outras palavras, deram calote no Tesouro público,
com a conivência dos governos, inclusive o de Jair Bolsonaro, que repetiu
diversas vezes que "tornaria o Brasil um paraíso para os
empresários"). Por que não se cobram estes bilhões dos ricos?
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