Reunidos na manhã de segunda
(02/10) na sede da Força sindical em São Paulo, membros das Centrais Sindicais
(Nova Central, CUT, Força, UGT, CTB e CSB) criticaram a matéria de capa do
Jornal O Estado de São Paulo (Estadão) que de forma tendenciosa distorce os
fatos e acusam o movimento sindical de querer cobrar “novo imposto” dos trabalhadores
(as).
De acordo com Nailton
Francisco de Souza (Porreta), diretor Nacional de Comunicação da Nova Central a
afirmação do Jornal de que: Sindicatos começam a aprovar nova forma de
financiamento antes mesmo de a cobrança ser regulamentada por medida provisória
prometida pelo governo, não é verdadeira.
“As entidades que estão em Campanhas
Salariais já realizavam, antes da lei 13.467/2017, assembleias específicas para
aprovar a pauta de reivindicações e um valor denominado de contribuição
negocial para custear a luta por melhores salários e condições de trabalho. E tudo
que é conquistado beneficia todos da categoria e não só os associados”, diz.
Nailton afirma que um dos
objetivos da “nova lei” é enfraquecer a organização sindical e desequilibrar o
processo de negociações salariais, a favor dos patrões. E se os trabalhadores
(as) não se mobilizarem em torno de seus sindicatos, assistirão seus direitos e
conquistas serem subtraídos um a um, pela ganância dos patrões.
“Patrocinada por banqueiros e empresários a propostas de Reforma
Trabalhista foi apresentada pelo Governo Temer (PMDB) com 6 modificações na CLT
(Consolidação das Leis do Trabalho), com o argumento de modernizá-la e gerar
empregos, só que saiu aprovada do Congresso Nacional com mais de 100
alterações. Todas prejudiciais à classe trabalhadora”, relata Souza.
Lembra
que quando foi instituída em 1943, a CLT tinha a missão de assegurar direitos
trabalhistas e equilibrar a conflituosa relação (Capital X Trabalho). Com a
reforma direitos constitucionais foram retirados e abriu o caminho para os
empresários explorar os trabalhadores (as) com mais facilidade e amparados na
legislação.
“Esses
absurdos, propositalmente o jornal simplesmente os esconde de seus leitores e
da população. Também não era pra menos, pois a origem e o DNA do
Estadão remontam à aristocracia e a oligarquia brasileira. Por isso faz este
papel de querer desqualificar a importância dos Sindicatos no tripé da
Democracia”, lamenta Porreta.
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