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Antes do início, os participantes fizeram homenagem aos diretores (Luciano e Maguila), ambos falecidos
ex-secretários de Saúde do Sindicato. Valmir dos Santos (Sorriso), diretor de
Formação do Sindmotoristas – SP organizou e coordenou o encontro que teve como
palestrante o Coordenador Jurídico do Sindicato, José Juscelino de Medeiros.
Durante sua apresentação, Medeiros esclareceu todos os Artigos da nova
legislação que afetará as condições de trabalho da categoria. Deforma bem
didática afirmou que o presidente Michel Temer (PMDB), literalmente, passou um
trator sobre a classe trabalhadora na medida em que enfraqueceu e esvaziou a
representação sindical.
No seu discurso,
o diretor Adalberto, que representa os funcionários (as) na Viação Cidade Dutra
disse sentir muito a falta de seu ex-amigo Luciano. “Foi uma grande perda, mas
é nosso dever dar prosseguimento a luta dele junto com a direção do Sindicato
que tem nos dado todo apoio”.
Luizão, diretor do
Sindicato na empresa da VIP AE Carvalho prestigiou o encontro e opinou sobre a importância
do trabalho de esclarecimento sobre o tema. “Nós não vamos nos abater com o
peso da reforma trabalhista e da terceirização. Tenho certeza que daremos a
volta por cima sob o comando do presidente Noventa, porque uma das muitas
qualidades dessa categoria é que os homens e as mulheres são guerreiras, não
foge à luta”, garantiu.
O diretor Pastor Iranildo, que representa os trabalhadores (as) na VIP M’
Boi Mirim, afirmou que nesta hora difícil por qual atravessamos, ter uma
liderança sindical do nível e grandeza do presidente Noventa, faz a diferença no
embate contra os patrões e os governantes. “Somos abençoados por Deus por ter
numa hora difícil que se encontra do País, um líder da grandeza de Valdevan
Noventa”, disse.
Na opinião do palestrante o presidente Noventa se antecipa à nova
realidade ao realizar o VII Congresso com a categoria, onde debaterá plano de
ações para enfrentar a nova realidade trabalhista e PEC 287/2016 que visa
reformar a Previdência Social e retirar o direito à aposentadoria.
Dr. Juscelino rejeitou o argumento do Governo Temer de que a CLT
necessitava passar por uma modernização, pois várias adequações aconteceram e
nada justifica uma mudança tão profunda a não ser atender os interesses do
setor econômico. “Ficou claro que a finalidade da reforma foi a retirada de
direitos como aconteceu em outros países, que posteriormente se confirmou um
retrocesso social, um empobrecimento acentuado da população.
“A meu ver é perigoso sobrepor o negociado ao legislado porque são poucos
os sindicatos que tem a força e a organização dos Condutores para negociar em
pé de igualdade com o patronal. A mudança foi negativa uma vez que enfraqueceu
as entidades de representação, a Justiça do Trabalho e o Ministério Público. Na
verdade, analisando a Lei, dos 117 pontos apenas dois considero positivo”.
A plateia atenta ouviu que as Horas Extras estão ameaçadas. Se hoje a um
limite de 50%, com a nova lei a empresa poderá definir se pagará as horas
trabalhadas a mais a 10%, 20%, enfim de acordo com o seu interesse. O Banco de
Horas poderá ser acertado de forma individual, entre empregado e empregador de
até seis meses, o que praticamente extingue a hora extra.
Outro absurdo apontado pelo advogado foi que as gestantes poderão
trabalhar em locais perigosos à saúde. A Insalubridade foi ignorada no texto. Com
relação ao Contrato Intermitente, no nosso setor é o que se chama de Dupla
Pegada, o empregado só trabalha quando chamado pelo patrão, ou seja, corre-se o
risco de ganhar no final do mês menos que um salário mínimo.
Sobre a Terceirização, afirmou que ela representa o pior dos mundos já
que permite que todas as atividades profissionais possam ser feitas por
terceiros. “Motoristas, cobradores e os companheiros da manutenção poderão se transformar
em pessoas jurídicas”, esclareceu.
Criticou o fato de a lei desestimular o trabalhador a buscar seus
direitos na Justiça do Trabalho, já que se perder a ação trabalhista terá que
pagar os honorários do advogado da empresa. Mostrou-se preocupado caso as
homologações não sejam feitas no Sindicato ou no Ministério do Trabalho, por
representar subtração nas rescisões contratuais.
Disse também, que a função da CLT foi desvirtuada, antes tinha sido
criada com o propósito de proteger o lado mais fraco das relações do trabalho,
o trabalhador, mas infelizmente isso nos foi arrancado com a aprovação da
reforma trabalhista e da terceirização, observou o advogado.
No encerramento o diretor Sorriso agradeceu a atenção de todos, finalizou
o encontro dizendo que o que é determinante para o sucesso da luta dos
trabalhadores é a unidade, a organização e a força. “São com esses instrumentos
que defenderemos nossos direitos contra os ataques do Capital”.
Excelente abordagem! Parabéns.
ResponderExcluirExcelente abordagem! Parabéns.
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