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Esse crescimento é um dos principais
instrumentos de distribuição de renda numa economia. Nele o trabalhador formal fica
menos vulnerável e inserido em uma rede de conquistas e garantias, como acessos
ao crédito, vale alimentação e/ou refeição, vale transporte, cesta básica,
convênio médico etc.
Na ocasião, segundo a pesquisa, o rendimento
das pessoas negras ocupadas equivalia a 60% do rendimento das pessoas brancas,
porém, o crescimento da formalização era maior entre as mulheres negras. Apesar
dos avanços registrados, ainda tínhamos 44,2 milhões de pessoas na
informalidade.
Contudo, o País cresceu e todos indicadores
analisados apresentaram redução das desigualdades sociais e de renda. Em outros
momentos de crescimento econômico, como na época da ditadura isso não
aconteceu. E neste momento de crises e perda de empregos e direitos sociais é
preciso resistir.
Entendemos que lutar pela redução das
desigualdades é determinante para garantir a cidadania que, infelizmente,
milhões de brasileiros (as) perderam nos últimos 2 anos. Hoje temos mais de 12
milhões de desempregados e assim que a Lei 13.467/2017 passar a vigorar, a
situação tende piorar.
As novas regras atingirá em cheio o Movimento
Sindical que perdeu parte significativa dos recursos financeiros. Frente ao novo cenário de incertezas e o fim da
Contribuição Sindical compulsória, o DIEESE sugere os seguintes desafios:
1)
Melhorar a
preparação das Campanhas Salariais;
2)
Repensar a
organização sindical com forte presença nos locais de trabalho;
3)
Redesenhar a
luta institucional e enfrentar a Lei em várias frentes;
4)
Produzir conhecimento
sobre as profundas transformações na economia;
5)
Construir novas
formas de organização de luta e realizar muita formação sindical.
Ou seja, é preciso intensificar o trabalho de
conscientização de adesão à entidade via Campanha de Sindicalização permanente.
Se não houver o apoio dos trabalhadores (as) às suas entidades de classe as
futuras negociações serão mais difíceis e imprevisíveis.
Certo dia o Papa Francisco disse que: “Não
existe uma boa sociedade sem um bom sindicato. E não há bom sindicato que não renasçam
todos os dias nas periferias, que não transforme as pedras descartadas da
economia em pedras angulares”. Temos que interpretar literalmente esta frase e resistir
muito mais.
Por: Nailton Francisco de Souza, Diretor Nacional
de Comunicação da Nova Central.
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