Na Campanha Salarial de 2012 do Sindicato dos
Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo
(SINDMOTORISTAS-SP), o Piso Salarial dos oficiais (Mecânico, Eletricista,
Pintor, Moleiro, Soldador, Fibreiro e Socorrista), foram equiparados com o do
Funileiro Oficial, que na época recebia R$ 9,27 (nove reais e vinte e sete
centavos).
De acordo com Nailton Francisco de Souza
(Porreta), que na época era o Coordenador Geral do Departamento dos
Trabalhadores do Setor de Manutenção do SINDMOTORISTAS-SP, esta era uma
reivindicação antiga da categoria. Que após muita mobilização nas empresas de
ônibus urbano da capital, Paulo José Dinis Ruas, ex-presidente do Sindicato das
Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SP-Urbanuss),
acolheu a reivindicação.
“Lutamos por esta questão por entender, que
além do merecimento do conjunto destes profissionais, as duas grandes ambições
do empregado é conseguir uma promoção e/ou obter um aumento salarial. Na ocasião,
a diferença era de aproximadamente R$ 2,00 (dois reais) e mais de 1.500
funcionários obtiveram este reconhecimento”, relata Souza.
Ele recorda que o Departamento foi criado
para lutar por melhorias das condições de trabalho, saúde e segurança no
trabalho, e através do processo de negociação solucionar algumas questões como:
Solucionar os foras de função existentes na maioria das empresas com promoção
já; Equiparar salários defasados, ajustando todas as funções; Definir nomenclatura
de todas as funções existentes no setor de manutenção; Criar o piso mínimo de
salário a ser pago na manutenção.
Outras reivindicações também constavam do
Plano de Ações, dentre elas: Implantar o quadro de carreira na manutenção,
através de um plano de avaliação de desempenho de cada função existente na
manutenção; Melhorar as condições de saúde e segurança no local de trabalho,
retomando as negociações sobre a convenção coletiva, sobre saúde; Melhorar as
condições de trabalho, com investimentos em equipamentos de ferramentas de uso
coletivo individual; Implantar folga dupla em esquema de compensação, com o
sistema de plantões; Contratação de mais mão-de-obra, onde existir defasagem; Exigir
das empresas aplicação de cursos, treinamentos e aperfeiçoamento para os
funcionários da manutenção e Construção de área de lazer, nas garagens.
De acordo com Porreta, a diferença entre a formação
do sindicalista e a formação dos trabalhadores (as) na base, está na obrigação
de trabalhar para elevar a consciência destes, para que através de suas
práticas e de suas pequenas, mas, constantes conquistas reveladas nas lutas
cotidianas, consigam perceber a importância da sua mobilização e participação.
“Todas às vezes que iniciávamos uma
negociação coletiva visávamos beneficiar os trabalhadores (as) do setor de
manutenção. Fazíamos assembleias em todas as garagens e colhíamos as sugestões,
reclamações e os problemas que mais afetavam o pessoal cotidianamente e, em
conjunto, com o diretor do Sindicato de cada empresa buscávamos a solução mais
adequada”, afirma Porreta.
Que garante que o poder de uma entidade
sindical depende, principalmente, do nível de organização dos trabalhadores
(as) dentro do seu local de trabalho, pois organizar sindicalmente nos locais
de trabalho, significa consolidar a liderança de sindicalistas ali atuantes e
aumentar o número associados ao Sindicato.
Nenhum comentário:
Postar um comentário