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sábado, 28 de outubro de 2017

Em 2012 trabalhadores da manutenção conquistaram equiparação salarial

Na Campanha Salarial de 2012 do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Rodoviário Urbano de São Paulo (SINDMOTORISTAS-SP), o Piso Salarial dos oficiais (Mecânico, Eletricista, Pintor, Moleiro, Soldador, Fibreiro e Socorrista), foram equiparados com o do Funileiro Oficial, que na época recebia R$ 9,27 (nove reais e vinte e sete centavos).

De acordo com Nailton Francisco de Souza (Porreta), que na época era o Coordenador Geral do Departamento dos Trabalhadores do Setor de Manutenção do SINDMOTORISTAS-SP, esta era uma reivindicação antiga da categoria. Que após muita mobilização nas empresas de ônibus urbano da capital, Paulo José Dinis Ruas, ex-presidente do Sindicato das Empresas de Transporte Coletivo Urbano de Passageiros de São Paulo (SP-Urbanuss), acolheu a reivindicação.

“Lutamos por esta questão por entender, que além do merecimento do conjunto destes profissionais, as duas grandes ambições do empregado é conseguir uma promoção e/ou obter um aumento salarial. Na ocasião, a diferença era de aproximadamente R$ 2,00 (dois reais) e mais de 1.500 funcionários obtiveram este reconhecimento”, relata Souza.

Ele recorda que o Departamento foi criado para lutar por melhorias das condições de trabalho, saúde e segurança no trabalho, e através do processo de negociação solucionar algumas questões como: Solucionar os foras de função existentes na maioria das empresas com promoção já; Equiparar salários defasados, ajustando todas as funções; Definir nomenclatura de todas as funções existentes no setor de manutenção; Criar o piso mínimo de salário a ser pago na manutenção.

Outras reivindicações também constavam do Plano de Ações, dentre elas: Implantar o quadro de carreira na manutenção, através de um plano de avaliação de desempenho de cada função existente na manutenção; Melhorar as condições de saúde e segurança no local de trabalho, retomando as negociações sobre a convenção coletiva, sobre saúde; Melhorar as condições de trabalho, com investimentos em equipamentos de ferramentas de uso coletivo individual; Implantar folga dupla em esquema de compensação, com o sistema de plantões; Contratação de mais mão-de-obra, onde existir defasagem; Exigir das empresas aplicação de cursos, treinamentos e aperfeiçoamento para os funcionários da manutenção e Construção de área de lazer, nas garagens.

De acordo com Porreta, a diferença entre a formação do sindicalista e a formação dos trabalhadores (as) na base, está na obrigação de trabalhar para elevar a consciência destes, para que através de suas práticas e de suas pequenas, mas, constantes conquistas reveladas nas lutas cotidianas, consigam perceber a importância da sua mobilização e participação.

“Todas às vezes que iniciávamos uma negociação coletiva visávamos beneficiar os trabalhadores (as) do setor de manutenção. Fazíamos assembleias em todas as garagens e colhíamos as sugestões, reclamações e os problemas que mais afetavam o pessoal cotidianamente e, em conjunto, com o diretor do Sindicato de cada empresa buscávamos a solução mais adequada”, afirma Porreta.


Que garante que o poder de uma entidade sindical depende, principalmente, do nível de organização dos trabalhadores (as) dentro do seu local de trabalho, pois organizar sindicalmente nos locais de trabalho, significa consolidar a liderança de sindicalistas ali atuantes e aumentar o número associados ao Sindicato.

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