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sexta-feira, 5 de abril de 2019

Governo Bolsonaro (PSL) proporá que salário mínimo seja reajustado sem ganho real em 2020


A equipe econômica do governo Bolsonaro (PSL) deve descartar o atual cálculo feito para reajustar o salário mínimo e enviar para o Congresso até 15 de abril, no projeto de Lei de Diretrizes Orçamentárias, a proposta para que, em 2020, o reajuste seja feito considerando apenas a inflação. O cálculo atual está vigente desde 2007 e considera o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes mais a inflação do ano anterior, medida pelo INPC. Isso garante ganho real para os trabalhadores nos momentos de crescimento da economia.

A regra considerando o PIB ajudou a reduzir desigualdades no país, mas também contribuiu para aumentar as despesas públicas acima da inflação nos últimos. As informações são do jornal O Globo desta sexta-feira. Sem levar em conta o desempenho do PIB, a equipe do Ministério da Economia prevê economizar R$ 7,6 bilhões com a Previdência. A maior parte dos benefícios pagos está atrelada ao salário mínimo, que hoje está em R$ 998.

O prazo máximo que o Governo tem para enviar a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o Congresso é o dia 15 de abril. A previsão de reajuste do salário mínimo precisa constar no documento, já que serve de base para o pagamento de benefícios previdenciários, assistenciais e trabalhistas. A decisão final sobre como o salário mínimo será reajustado vai ser tomada pelo presidente Jair Bolsonaro. A forma que o reajuste será feito nos anos seguintes a 2020 ainda está sendo estudada.

Devido estas medidas impopulares é que a avaliação de Bolsonaro despenca entre a população em geral. Pesquisa "oficial" do mercado, paga pela maior corretora do país, a XP, confirma que sua popularidade despencou: segundo o levantamento as avaliações positivas sobre Bolsonaro caíram de 40% para 35% de janeiro para cá.

Outra pesquisa, do instituto Big Data, mostra o mesmo movimento: a parcela das brasileiros que avaliavam o governo como ótimo ou bom encolheu de 50% para 38%; as duas pesquisas foram divulgadas nesta sexta, um dia depois da realizada pelo Atlas Político, que apontou que o percentual dos brasileiros insatisfeitos com o governo Jair Bolsonaro é superior à aprovação: 31,2% de ruim/péssimo contra 30,5% de bom/excelente.

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