A equipe econômica do
governo Bolsonaro (PSL) deve descartar o atual cálculo feito para reajustar o
salário mínimo e enviar para o Congresso até 15 de abril, no projeto de Lei de
Diretrizes Orçamentárias, a proposta para que, em 2020, o reajuste seja feito
considerando apenas a inflação. O cálculo atual está vigente desde 2007 e
considera o resultado do Produto Interno Bruto (PIB) de dois anos antes mais a
inflação do ano anterior, medida pelo INPC. Isso garante ganho real para os
trabalhadores nos momentos de crescimento da economia.
A regra considerando o PIB
ajudou a reduzir desigualdades no país, mas também contribuiu para aumentar as
despesas públicas acima da inflação nos últimos. As informações são do jornal O
Globo desta sexta-feira. Sem levar em conta o desempenho do PIB, a equipe do
Ministério da Economia prevê economizar R$ 7,6 bilhões com a Previdência. A
maior parte dos benefícios pagos está atrelada ao salário mínimo, que hoje está
em R$ 998.
O prazo máximo que o Governo
tem para enviar a proposta de Lei de Diretrizes Orçamentárias para o Congresso
é o dia 15 de abril. A previsão de reajuste do salário mínimo precisa constar
no documento, já que serve de base para o pagamento de benefícios
previdenciários, assistenciais e trabalhistas. A decisão final sobre como o
salário mínimo será reajustado vai ser tomada pelo presidente Jair Bolsonaro. A
forma que o reajuste será feito nos anos seguintes a 2020 ainda está sendo
estudada.
Devido estas medidas
impopulares é que a avaliação de Bolsonaro despenca entre a população em geral.
Pesquisa "oficial" do mercado, paga pela maior corretora do país, a
XP, confirma que sua popularidade despencou: segundo o levantamento as
avaliações positivas sobre Bolsonaro caíram de 40% para 35% de janeiro para cá.
Outra pesquisa, do instituto
Big Data, mostra o mesmo movimento: a parcela das brasileiros que avaliavam o
governo como ótimo ou bom encolheu de 50% para 38%; as duas pesquisas foram
divulgadas nesta sexta, um dia depois da realizada pelo Atlas Político, que
apontou que o percentual dos brasileiros insatisfeitos com o governo Jair
Bolsonaro é superior à aprovação: 31,2% de ruim/péssimo contra 30,5% de
bom/excelente.
Nenhum comentário:
Postar um comentário