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quinta-feira, 25 de abril de 2019

Diretor de Comunicação da Nova Central participa do lançamento do ICT-DIEESE


Aconteceu em São Paulo na manhã de quarta-feira (25/04), no auditório do DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômico -, o lançamento oficial do Índice da Condição do Trabalho (ICT-DIEESE) que sintetizará a situação do trabalho no país. O novo instrumento apresentado pelo diretor técnico do DIEESE, Clemente Ganz Lúcio foi desenvolvido a partir da base de dados da PnadC/IBGE e avaliará trimestralmente o comportamento do mercado de trabalho brasileiro.

Clemente disse que a ferramenta foi desenvolvida por profissionais da instituição, a medição varia entre 0 e 1 e é resultado da composição de três dimensões: Inserção Ocupacional (formalização do vínculo de trabalho, contribuição para a previdência, tempo de permanência no trabalho); Desocupação (desocupação e desalento, procura por trabalho há mais de cinco meses, desocupação e desalento dos responsáveis pelo domicílio) e Rendimento (rendimento por hora trabalhada; concentração dos rendimentos do trabalho).

Quanto à interpretação e análise, divulgou que o indicador não define a condição ideal do trabalho, apenas indica que quanto mais próximo o valor do índice estiver de 1, melhor a situação geral do mercado de trabalho e, quanto mais próximo de zero, pior. E que o ICT entre o 3º e o 4º trimestre de 2018 aumentou de 0,34 para 0,36 (5,4%) na passagem do terceiro para o quarto trimestre, o que significa pequena melhora do mercado de trabalho nesse período.

Que houve elevação nas dimensões Rendimento (de 0,40 para 0,44) e Desocupação (de 0,34 para 0,36), enquanto a Inserção Ocupacional permaneceu estável (0,29).  Comentou que na dimensão Desocupação, houve redução nas taxas de desocupação, enquanto as condições de procura por trabalho ficaram estáveis.

No Rendimento, aumentou ligeiramente o rendimento médio por hora e caiu a desigualdade na distribuição dos rendimentos do trabalho.  Em relação a Inserção Ocupacional, o destaque foi o crescimento nas ocupações desprotegidas, o que contrabalanceou a pequena melhora nos outros indicadores desta dimensão.

Nailton Francisco de Souza (Porreta), Secretário de Assuntos dos Trabalhadores da Manutenção do SindMotoristas – SP e Secretário Nacional de Comunicação da Nova Central, comentou que certamente este instrumento ajudará o movimento sindical no embate contra a agenda regressiva, imposta pela Globalização da Economia para fortalecer as políticas do Projeto Neoliberal em curso no Brasil.

Segundo Souza, em um governo autoritário e ultraliberal como este, que foi eleito por uma onda conservadora e de direita em 2018, propostas de desmontes de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, ganham terreno para manter e ampliar os privilégios dos capitalistas. Lembrou que no Brasil, desde 2015 que esta ofensiva exige cada vez mais ações concretas, focadas no embate contra este poderosíssimo sistema que impõem como agenda política à desregulamentação de direitos elementares de uma democracia.

“Infelizmente, no ano passado milhões de eleitores optaram eleger um presidente, que durante sua campanha não escondeu de ninguém de que lado ficaria caso fosse vitorioso. O resultado desta escolha é conhecido por todos. Penso que somente através de uma prática política comum que as lutas sociais poderão encontrar caminhos para desenvolver estas ações”, comentou.

Em sua opinião, mesmo com todas as derrotas já sofridas, não se devem apenas lamentar e, sim, aumentar os laços de solidariedade de classe. E mesmo que se reconheça que os adversários e inimigos a serem abatidos, são poderosos, nem por isso se deve acomodar e deixar que eles façam o que bem entendem. “Temos que erguer a cabeça, estufar o peito e buscar nos locais de trabalho o apoio necessário para fazermos uma greve geral e coloca-los nos seus devidos lugares”, defendeu.



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