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Clemente disse que a ferramenta foi desenvolvida por profissionais da
instituição, a medição varia entre 0 e 1 e é resultado da composição de três
dimensões: Inserção Ocupacional (formalização do vínculo de trabalho,
contribuição para a previdência, tempo de permanência no trabalho); Desocupação
(desocupação e desalento, procura por trabalho há mais de cinco meses,
desocupação e desalento dos responsáveis pelo domicílio) e Rendimento
(rendimento por hora trabalhada; concentração dos rendimentos do trabalho).
Quanto à interpretação e análise, divulgou que o indicador não define a
condição ideal do trabalho, apenas indica que quanto mais próximo o valor do
índice estiver de 1, melhor a situação geral do mercado de trabalho e, quanto
mais próximo de zero, pior. E que o ICT entre o 3º e o 4º trimestre de 2018 aumentou
de 0,34 para 0,36 (5,4%) na passagem do terceiro para o quarto trimestre, o que
significa pequena melhora do mercado de trabalho nesse período.
Que houve elevação nas dimensões Rendimento (de 0,40 para 0,44) e
Desocupação (de 0,34 para 0,36), enquanto a Inserção Ocupacional permaneceu
estável (0,29). Comentou que na dimensão
Desocupação, houve redução nas taxas de desocupação, enquanto as condições de
procura por trabalho ficaram estáveis.
No Rendimento, aumentou ligeiramente o rendimento médio por hora e caiu
a desigualdade na distribuição dos rendimentos do trabalho. Em relação a Inserção Ocupacional, o destaque
foi o crescimento nas ocupações desprotegidas, o que contrabalanceou a pequena
melhora nos outros indicadores desta dimensão.
Nailton Francisco de Souza (Porreta), Secretário de Assuntos dos
Trabalhadores da Manutenção do SindMotoristas – SP e Secretário Nacional de
Comunicação da Nova Central, comentou que certamente este instrumento ajudará o
movimento sindical no embate contra a agenda regressiva, imposta pela
Globalização da Economia para fortalecer as políticas do Projeto Neoliberal em
curso no Brasil.
Segundo Souza, em um governo autoritário e ultraliberal como este, que
foi eleito por uma onda conservadora e de direita em 2018, propostas de desmontes
de direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, ganham terreno para manter
e ampliar os privilégios dos capitalistas. Lembrou que no Brasil, desde 2015
que esta ofensiva exige cada vez mais ações concretas, focadas no embate contra
este poderosíssimo sistema que impõem como agenda política à desregulamentação de
direitos elementares de uma democracia.
“Infelizmente, no ano passado milhões de eleitores optaram eleger um
presidente, que durante sua campanha não escondeu de ninguém de que lado
ficaria caso fosse vitorioso. O resultado desta escolha é conhecido por todos. Penso
que somente através de uma prática política comum que as lutas sociais poderão
encontrar caminhos para desenvolver estas ações”, comentou.
Em sua opinião, mesmo com todas as derrotas já sofridas, não se devem
apenas lamentar e, sim, aumentar os laços de solidariedade de classe. E mesmo
que se reconheça que os adversários e inimigos a serem abatidos, são poderosos,
nem por isso se deve acomodar e deixar que eles façam o que bem entendem. “Temos
que erguer a cabeça, estufar o peito e buscar nos locais de trabalho o apoio
necessário para fazermos uma greve geral e coloca-los nos seus devidos lugares”,
defendeu.
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