Em audiência de conciliação segunda-feira
(26) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), entre os Sindicatos dos
Trabalhadores Rodoviários - SP e a empresa Mobibrasil, de Diadema, no ABC, a desembargadora
Rilma Aparecida Hemetério, para por fim à greve, apresentou proposta às partes:
8% de reajuste, vale-refeição de R$ 16,50 e extinção da dupla função (motorista-cobrador),
entre outros pontos.
De acordo com o presidente
do sindicato dos trabalhadores, José Alves do Couto Filho (O Toré), como já era
esperado, o patrão, rejeitou. Diante do impasse, foi estabelecido o prazo de 48
horas para a empresa juntar defesa nos autos, bem como a entidade dos
trabalhadores (as) se manifestarem.
“Achei sensata o
posicionamento da desembargadora, a solução apresentada é
justa e adequada. Se dirigir um ônibus no trânsito de São Paulo
já é um grande desafio, imagine ter que dirigir receber dinheiro, contar o
dinheiro, pegar o troco, entregar para o passageiro e ainda liberar a passagem
dele no coletivo. Outro acerto da magistrada foi o de garantir um maior valor
no Vale Refeição”.
Toré garante que esse
acúmulo de funções tem resultado em diversos acidentes e atrasos no embarque,
consequentemente piora no trânsito, as viagens mais incômodas, longas,
estressantes e arriscadas, tanto para o motorista quanto para os passageiros. “Afinal,
se não podemos usar telefone celular enquanto dirigimos, não faz sentido que os
motoristas de ônibus possam trocar dinheiro”, argumenta.
A Justiça trabalhista havia
concedido anteriormente, neste caso, liminar que determinava efetivo mínimo de
trabalhadores em serviço - 70% em
horário de pico, das 7h às 10h e das 17h às 20h; e 50%, os demais períodos -,
sob pena de multa diária a ser fixada oportunamente.
Sua luta é digna de respeito, Tore e diretoria estão lutando para manter a classe unida, em Santos levamos ferro, os empresários conseguiram uma ADIN, mas pelo menos em nossas lutas, conseguimos incorporar um valor como dupla função aos salários dos motoristas, hoje em Santos, só há 11% em dinheiro nos coletivos, com isso praticamente acabou os assaltos a motoristas, diferente de outras cidades, pois os ladrões migraram para lá, essa discussão é muito séria, precisa de um aprofundamento muito sério e não só a ganância do lucro.
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