A tão comemorada abertura de
uma CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito – para apurar eventuais
irregularidades nos contratos da Petrobras, por membros da oposição do governo
da presidente Dilma Rousseff, segundo o secretário geral do Sindicato dos
Rodoviários – SP, Francisco Demontier Leite (O Tiê), se fosse para beneficiar
os trabalhadores (as) e o povo, eles não a defenderia.
Acredita que tudo não passa
de jogo de cena e busca pelos “holofotes da mídia” em período pré-eleitoral. “É
sempre assim, se aproximam as eleições gerais, a oposição propõe investigações
sobre atos ou órgãos governamentais, com o nítido interesse de prejudicar a
imagem dos governos e de seus partidos. Neste caso específico, o legado
promissor do ex-presidente Lula e sua sucessora”.
Diz concordar com o
jornalista, analista político e diretor de Documentação do Diap, Antônio
Augusto de Queiroz, de que boa parte da imprensa e do empresariado, “descontentes
com a gestão da presidenta”, estimulam tais iniciativas claramente com o
objetivo de “modificar a política econômica e social do governo”, cujas
diretrizes principais consistem no enfrentamento da “crise com políticas
anticíclicas” e na manutenção dos “empregos e da renda”.
Augusto espera que no debate
eleitoral, Dilma terá condições de explicitar que, frente à crise
internacional, tinha duas opções: fazer um ajuste fiscal drástico e pôr a
economia em recessão, com desemprego e redução dos programas sociais, como foi
feito no México; ou adotar políticas anticíclicas, com incentivos monetários,
creditícios e fiscais para as empresas, e o país continuar crescendo e gerando
emprego e renda.
“Sabiamente, a presidenta
Dilma optou pela segunda, que favorece o povo. A redução da tarifa de energia
elétrica e o comedimento no reajuste dos combustíveis, além de ajudar no
controle da inflação, significam ganhos indiretos para os assalariados, ao
passo que os aumentos nos preços desses itens significarão maior lucro para os
acionistas. Ou seja, entre o povo e o lucro, neste momento de crise, o governo
optou pelo primeiro”, disse.
Tiê reconhece que no campo
social, a presidenta pode dizer que contribuiu para a melhoria das condições de
vida do povo mais humilde. Com isso basta citar: a política de recuperação do
salário mínimo; a ampliação do Programa Bolsa Família; o Minha Casa, Minha
Vida; o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec); o
Mais Médicos; o programa de creches e pré-escola, entre muitos outros”.
Alerta também que guerra das CPIs, como se pode notar, tem
interesses outros que não a defesa da Petrobras, na medida em que os órgãos de
fiscalização e controle do Estado já estão averiguando. O que verdadeiramente
está em disputa é um projeto de poder. “E na eleição o cidadão terá de decidir
se faz a opção por um programa com preocupação social ou se coloca no governo
alguém a serviço do mercado e do lucro”, finaliza.
Nenhum comentário:
Postar um comentário