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quinta-feira, 22 de maio de 2014

O mais incrível é que pedimos apenas a aplicação da lei que está em vigor desde junho de 2012

Representantes dos trabalhadores não pode se abater

A luta em defesa da Lei 12.619, agora será travada no Senado Federal e com apoio fundamental dos senadores Paulo Paim (PT/RS) e Renan Calheiros (PMDB/AL) presidente do Senado. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários – SP, José Alves do Couto Filho (O Toré) acompanhou em Brasília o encontro com os parlamentares e saiu esperançoso de que é possível manter regras importantes da legislação.

Em sua opinião, o momento requer mais empenho das lideranças sindicais. Que o fato de ter sofrido uma reviravolta na Câmara dos Deputados, não é motivo para abatimento e nem se esmorecer. “Nossa luta é justa. O mais incrível é que pedimos apenas a aplicação da lei que está em vigor desde junho de 2012 e visa melhorar as condições de trabalho da categoria”.

Pondera que a escravidão acabou no século XIX, mas em algumas situações estes profissionais vivem sob regime de “Escravidão Sobre Rodas”. Que inclusive, conhece situação em que as próprias entidades patronais admitem que centenas deles, por exemplo, trabalha em média mais de “80 horas por semana” e dormem dentro da “minúscula cabine”, com um “olho aberto e outro fechado”, com medo dos assaltos.

Relatou também que muitos inclusive passam às vezes, meses sem ver a família ou dormir numa cama.  E por isso, cada vez mais consomem drogas para tentar aguentar a estafante jornada de trabalho, cumprir os prazos de entrega e levar algum dinheiro pra casa. Que quando um caminhão e/ou ônibus invadem a pista contrária e mata várias pessoas num automóvel, aparecem logo pessoas culpando-os.

Avalia que muitas vezes possa haver irresponsabilidade, mas na grande maioria dos casos é simplesmente fadiga. As longas jornadas de trabalho cansam, e provocam tragédias que matam e morrem nas estradas. Garante que se algum dia promulgarem uma lei que obriga a colocar uma cruz em cada local de estrada em que morreu um motorista profissional, não terá cruzes suficientes.

Acha fundamental que a sociedade apoie este movimento que defende simplesmente a aplicação da Lei 12.619/12, que significa dar vida digna para motoristas profissionais no país. “Cabe lembrar que neste setor a insalubridade, além de adoecer e afastar parcela significativa da produção, também traz muitos prejuízos econômicos e sociais, que recaem sobre todos”, finaliza.

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