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terça-feira, 27 de maio de 2014

Toré garante que esse acúmulo de funções tem resultado em diversos acidentes e atrasos no embarque

Justiça determina fim da dupla função em Diadema

Em audiência de conciliação segunda-feira (26) no Tribunal Regional do Trabalho (TRT-SP), entre os Sindicatos dos Trabalhadores Rodoviários - SP e a empresa Mobibrasil, de Diadema, no ABC, a desembargadora Rilma Aparecida Hemetério, para por fim à greve, apresentou proposta às partes: 8% de reajuste, vale-refeição de R$ 16,50 e extinção da dupla função (motorista-cobrador), entre outros pontos.

De acordo com o presidente do sindicato dos trabalhadores, José Alves do Couto Filho (O Toré), como já era esperado, o patrão, rejeitou. Diante do impasse, foi estabelecido o prazo de 48 horas para a empresa juntar defesa nos autos, bem como a entidade dos trabalhadores (as) se manifestarem.

“Achei sensata o posicionamento da desembargadora, a solução apresentada é justa e adequada. Se dirigir um ônibus no trânsito de São Paulo já é um grande desafio, imagine ter que dirigir receber dinheiro, contar o dinheiro, pegar o troco, entregar para o passageiro e ainda liberar a passagem dele no coletivo. Outro acerto da magistrada foi o de garantir um maior valor no Vale Refeição”.

Toré garante que esse acúmulo de funções tem resultado em diversos acidentes e atrasos no embarque, consequentemente piora no trânsito, as viagens mais incômodas, longas, estressantes e arriscadas, tanto para o motorista quanto para os passageiros. “Afinal, se não podemos usar telefone celular enquanto dirigimos, não faz sentido que os motoristas de ônibus possam trocar dinheiro”, argumenta.


A Justiça trabalhista havia concedido anteriormente, neste caso, liminar que determinava efetivo mínimo de trabalhadores em serviço -  70% em horário de pico, das 7h às 10h e das 17h às 20h; e 50%, os demais períodos -, sob pena de multa diária a ser fixada oportunamente.

segunda-feira, 26 de maio de 2014

A principal missão é prover que a entidade oriente o trabalhador sobre seus direitos trabalhistas e previdenciário...

O sindicato faz muita coisa para o trabalhador

Para o Secretário Geral do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários – SP, Francisco Demontier Leite (Tiê dos Transportes), até por falta de conhecimento do verdadeiro papel que os sindicatos exercem na sociedade, muitos trabalhadores (as) costumam dizer que o "sindicato não faz nada", só desconta seu dinheiro, que nunca precisou de seus serviços, dentre outras afirmações depreciativas que só fortalece a ideologia dominante dos patrões, que são nossos exploradores.

Percebe que outro questionamento recorrente é sobre o que faz o diretor. Nossa função além de representar e defender seus interesses administrativos e políticos, participamos de negociações e eventos em defesa da categoria, fazemos quando necessário trabalho de mobilização e conscientização, com esclarecimentos às dúvidas e questionamentos da base.

“Ou seja, organizamos e lideramos a luta específica e geral dos trabalhadores (as), via a intermediação e mediação de pleitos, interesses e reivindicações da categoria com os patrões e o governo (Poder Executivo), o Poder Legislativo e o Poder Judiciário”, disse.

Garante que a principal missão é prover que a entidade oriente o trabalhador sobre seus direitos trabalhistas e previdenciários, tanto no exercício de sua atividade, quanto na hipótese de dispensa, no momento da homologação.


“Na luta mais geral já obtivemos inúmeras conquistas de direitos sociais, econômicos e culturais. Direitos como a jornada de trabalho, descanso semanal remunerado, as férias, a segurança e higiene no trabalho, a aposentadoria, a assistência à saúde, o salário digno e o seguro – desemprego são algumas das conquistas resultantes da luta e pressão sindical”, finaliza.

sexta-feira, 23 de maio de 2014

Com Lula e Dilma os trabalhadores (as) obtiveram melhores salários

Avante Dilma, unidos venceremos os agourentos!

Mesmo com os ataques da mídia brasileira, que diariamente publicam matérias contra o Brasil, a presidente Dilma cresce na pesquisa eleitoral feita pelo IBOP. O resultado frustra os agourentos de plantão e a velha mídia que apostam no retrocesso e reproduzem uma imagem negativa dos avanços alcançados pelo povo brasileiro.

Para esta gente, viajar de avião, estudar em universidade, desfrutar lazer e espaços culturais, ganhar reajuste no salário, ver os filhos educados, seriam privilégios só para eles. Por estes motivos criticam as ações afirmativas da presidenta.

Enquanto apostam no fracasso, rumamos mais uma vez ao lado do povo que reconhece os avanços políticos e econômicos. Nos últimos 10 anos (de 2002 a 2012) o mundo perdeu 60 milhões de postos de trabalho. Aqui foram gerados 16 milhões de novos postos de emprego formal.


Os europeus sofreram na carne o corte dos direitos sociais e perda de cidadania, sob o comando de Lula e Dilma os trabalhadores (as) obtiveram melhores salários, graças à política de aumento do salário mínimo, que nos colocam na situação de pleno emprego e aumento da renda.

Pagamento do PPR será pago no 5º dia útil do mês de agosto – não em junho...

Atenção trabalhadores (as) das empresas INOVA e SOMA

Em cumprimento a Lei 10.101, de 19 de dezembro de 2000, que regula a participação dos trabalhadores no Programa de Participação dos Resultados (PPR) da empresa como incentivo à produtividade, é que o Sindicato dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários – SP (STERIIISP), e o SIEMACO – SP, celebraram um acordo com o sindicato patronal SELUR, para pagar o benefício para todos os funcionários (as) do setor indivisível das empresas: Inova e Soma.

O valor a ser pago depende de uma aferição que seriam apuradas durante um período de 6 meses (de janeiro a junho – 2014) e, o pagamento, será efetuado no 5º dia útil do mês de agosto – não em junho como foi informado erroneamente. Cabe lembrar que os meses de novembro e dezembro do ano passado, também serão computados pela média dos seis meses em questão.

No instrumento decorrente da negociação constam regras claras e objetivas quanto à fixação dos direitos substantivos da participação e das regras adjetivas, inclusive mecanismos de aferição das informações pertinentes ao cumprimento do acordado, periodicidade da distribuição, período de vigência e prazos para revisão do acordo.


A desmotivação, baixa produtividade e alta da rotatividade nas empresas de coleta de lixo e varrição de São Paulo, segundo o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários – SP, José Alves do Couto Filho (O Toré), podem estar relacionadas à falta de valorização profissional e visão política administrativa destas empresas, que via de regras, só pensa em aumentar seus lucros e patrimônios.

quinta-feira, 22 de maio de 2014

O mais incrível é que pedimos apenas a aplicação da lei que está em vigor desde junho de 2012

Representantes dos trabalhadores não pode se abater

A luta em defesa da Lei 12.619, agora será travada no Senado Federal e com apoio fundamental dos senadores Paulo Paim (PT/RS) e Renan Calheiros (PMDB/AL) presidente do Senado. O presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários – SP, José Alves do Couto Filho (O Toré) acompanhou em Brasília o encontro com os parlamentares e saiu esperançoso de que é possível manter regras importantes da legislação.

Em sua opinião, o momento requer mais empenho das lideranças sindicais. Que o fato de ter sofrido uma reviravolta na Câmara dos Deputados, não é motivo para abatimento e nem se esmorecer. “Nossa luta é justa. O mais incrível é que pedimos apenas a aplicação da lei que está em vigor desde junho de 2012 e visa melhorar as condições de trabalho da categoria”.

Pondera que a escravidão acabou no século XIX, mas em algumas situações estes profissionais vivem sob regime de “Escravidão Sobre Rodas”. Que inclusive, conhece situação em que as próprias entidades patronais admitem que centenas deles, por exemplo, trabalha em média mais de “80 horas por semana” e dormem dentro da “minúscula cabine”, com um “olho aberto e outro fechado”, com medo dos assaltos.

Relatou também que muitos inclusive passam às vezes, meses sem ver a família ou dormir numa cama.  E por isso, cada vez mais consomem drogas para tentar aguentar a estafante jornada de trabalho, cumprir os prazos de entrega e levar algum dinheiro pra casa. Que quando um caminhão e/ou ônibus invadem a pista contrária e mata várias pessoas num automóvel, aparecem logo pessoas culpando-os.

Avalia que muitas vezes possa haver irresponsabilidade, mas na grande maioria dos casos é simplesmente fadiga. As longas jornadas de trabalho cansam, e provocam tragédias que matam e morrem nas estradas. Garante que se algum dia promulgarem uma lei que obriga a colocar uma cruz em cada local de estrada em que morreu um motorista profissional, não terá cruzes suficientes.

Acha fundamental que a sociedade apoie este movimento que defende simplesmente a aplicação da Lei 12.619/12, que significa dar vida digna para motoristas profissionais no país. “Cabe lembrar que neste setor a insalubridade, além de adoecer e afastar parcela significativa da produção, também traz muitos prejuízos econômicos e sociais, que recaem sobre todos”, finaliza.

segunda-feira, 19 de maio de 2014

Sei do grande desafio que nos espera, mas com muita dedicação...


Dedicação, respeito e luta no setor diferenciado

O trabalho é uma necessidade natural e eterna da raça humana, sem a qual o homem não pode existir. Diferente dos animais irracionais, que se adaptam passivamente ao meio ambiente, o homem atua sobre ele ativamente, obtendo os bens materiais necessários para sua existência com seu trabalho. 

Segundo o Diretor Coordenador do Departamento Setor Diferenciado do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários - SP, Robson Couto,O trabalhado só conquista seus objetivos no trabalho  se estiver saudável.

Recebi a incumbência de organizar e coordenador as ações do Departamento do Setor Diferenciado no sindicato. Sei do grande desafio que nos espera, mas com muita dedicação, respeito aos trabalhadores (as) encaminharemos a luta em busca de melhorias nas condições de trabalho saúde e segurança, para evitar acidentes de trabalho e adoecimentos.

"Compreender o que é saúde e segurança no trabalho não é um papel extremamente complexo, mas exige-se um pensar coletivo, voltado para a grande maioria dos trabalhadores (as) que após o adoecimento são abandonados pelo sistema e que precisam da compreensão do que é adoecer trabalhando", disse.


Garante que os diretores do sindicato atuarão na prevenção no sentido de descobrir quais são os agentes causadores destes males; qual é a inter-relação entre trabalhar e adoecer e, principalmente, desenvolver mecanismos de defesa capazes de subverter esta associação nefasta. Nosso êxito dependerá diretamente do seu envolvimento, participação e apoio.

terça-feira, 13 de maio de 2014

Condições de saúde higiene e segurança no trabalho é uma questão que o Sindicato está vigilante

Trabalhadores da empresa Master Beer reclamam das condições de trabalho

Os diretores do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários – SP, Daniel Felix, Antônio Valentim e Márcio P. Marques estiveram na manhã desta terça-feira (13/5), na empresa Master Beer Comércio de Bebidas e fizeram uma pequena assembleia e se surpreenderam com volume de reclamações que os trabalhadores apresentaram.

Eles reivindicam melhorias nas condições de trabalho, o fim de descontos indevidos e abusivos na folha de pagamento. De acordo com o diretor Márcio, até o fim de semana a entidade enviará para os patrões uma pauta de reivindicação e exigira o prazo legal para reunir-se e acabar de uma vez por todas com estas mazelas.

Cabe lembrar que na cláusula 5ª, referente a descontos salariais só serão admitidos, em caso de multa de trânsito, furto, roubo, quebra de veículo e avaria da carga, se resultar configurada a culpa ou dolo do empregado, sendo que as despesas para a obtenção dos Boletins de Ocorrência (B.O) serão suportadas pela empresa.

Outra questão que será tema da reunião com a patronal, segundo os diretores, se refere ao pagamento de horas extras que no Acordo Coletivo de Trabalho consta que, a empresa remunerará com um acréscimo de 50% (cinquenta por cento) sobre a hora normal, conforme a Lei vigente e quando habituais integrarão a remuneração do empregado, para fins do DSR, férias, 13º salário, Aviso Prévio, FGTS e verbas rescisórias.

Condições de saúde higiene e segurança no trabalho é uma questão que o Sindicato está vigilante. “Por esta razão, não admitiremos de forma alguma que a empresa fuja de sua responsabilidade no que diz respeito e se caso for exigido o uso de uniformes, que a mesma o forneça gratuitamente ao empregado, além de ter que entregar os Equipamentos de Proteção Individual (EPI) prescritos por lei, ou em face da natureza do trabalho prestado”, disse Márcio.
 


Proposta dos patrões não atendem pleito dos trabalhadores em transportes

Última reunião de negociação frustra sindicalistas

Representantes do SPUrbanos, sindicato patronal das empresas de ônibus urbano de São Paulo, apresentaram terça-feira (13/5) na última reunião de negociação salarial com o Sindicato dos Motoristas – SP, uma proposta de reajuste nos salários com base no índice de inflação IPC/Fipe R$ 5,20%; PLR de r$ 600,00; Vale Refeição de R$ 15,50 além de renovação de outras cláusulas pré-existentes na Convenção Coletiva do ano passado.

De acordo com Wilson Santos, diretor Secretário Social do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários – SP, que acompanhou o encontro, além de muita frustração, a contraproposta não atende os anseios dos trabalhadores (as), está bem aquém do reivindicado na pauta enviada para os patrões. Por isso foi recusada.

Disse que o advogado, Antônio Pavani Júnior, relatou as dificuldades do setor como o não aumento do IPTU, que consequentemente, influenciou nos valores do repasse de subsídio das empresas; que os ônibus incendiados refletiram negativamente nos resultados da empresa.

“Apoiamos o sindicato dos condutores nesta luta, pela similitude entre nós. As empresas investem aproximadamente 1 milhão de reais num ônibus e se recusam valorizar o profissional, que cuidará desta ferramenta. Se os condutores de São Paulo resolver ir à greve, e nossa diretoria entender que a proposta do nosso setor não atenda nossos anseios, muito provável que não terá ônibus para as pessoas viajarem também, estaremos juntos até o fim”, afirmou Wilson.


Ele também observou a intervenção firme, do Secretário de Finanças do Sindicato dos Motoristas – SP, Edivaldo Santiago da Silva, que fez uma análise da economia mundial e estabilidade do crescimento no Brasil, afirmou que existe um monopólio do transporte na capital, que as mães trabalhadoras do sistema não possuem convênio creche e nem têm direito aos 180 dias de afastamento em caso de gravides.

Falta de vagas em creches no município é significativa...

Tiê fez homenagem ao dia das mães

No sábado (10/5) membros da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários – SP organizaram uma plenária com representantes do movimento social por mais creches, no Clube de Campo em Mairiporã que serviu para debater sugestões, propostas e possíveis soluções para os problemas de infraestrutura e falta de creches em São Paulo.

Na oportunidade foi feito uma homenagem ao dia das mães. O Secretário Geral do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários – SP, Francisco Demontier Leite (O Tiê dos Transportes), morador de uma comunidade que sofre com este problema, se colocou inteiramente a disposição para encaminhar e cobrar soluções do poder público.

Disse que a ausência deste importantíssimo serviço nos bairros da periferia compromete o futuro e o ensino das crianças. “Não tenho dúvidas de que a deficiência do ensino, na vida da criança, começa com a falta de creche. Esse é um desafio que o Poder Público precisa enfrentar rapidamente e disponibilizar o benefício para todas as crianças de zero a cinco anos”, defendeu.

Baseado em estudos da rede Nossa São Paulo, Tiê afirmou que a falta de vagas no município é significativa. Que são mais de cem mil crianças cadastradas no município, que estão fora das creches. “Os números se referem às cadastradas. Acredita-se que existam mais de 50 mil crianças não cadastradas, seja por desinformação da família, ou porque, diante da falta de vagas, os pais procurem outras soluções ou desistam de cadastrar os filhos”. http://www.nossasaopaulo.org.br/portal/node/14279.


“Amanhã será comemorado o dia das mães, aproveito o ensejo e ofereço um forte abraço a todas vocês presente neste evento. Acredito que não basta ter só a creche, também é necessário melhorar o modelo atual delas, ampliar o horário de atendimento para 12 horas contemplando a jornada de trabalho das mães e o tempo gasto no transporte”, finalizou.

segunda-feira, 12 de maio de 2014

Vamos nos esforçar ao máximo e transformar os percalços em oportunidades...

Plano de trabalho é aprovado no setor diferenciado

Membros da diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários – SP (setor diferenciado) se reuniram segunda-feira  (12/5) no Auditório Omar José Gomes na sede central, e aprovaram um “Plano de Trabalho”, que tem como principal tarefa prestar assistência sindical aos trabalhadores (as) das mais de 5 mil empresas deste segmento da base de representação.

O coordenador das ações nesta área será o diretor, Robson Couto, que de antemão, adiantou que sabe do tamanho dos desafios que é organizar e fazer a diferença no dia a dia de um setor caracterizado pela “dispersão” e “complexidade”, que por algum tempo foi deixado de lado.

“Bom dia meus companheiros (as) de diretoria. O que nos espera é muito trabalho, dificuldades e uma demanda reprimida há anos. Confio no compromisso e na capacidade de cada um de vocês. O futuro da entidade à qual somos dirigentes depende do esforço e dedicação conjunta. Vamos nos esforçar ao máximo e transformar os percalços em oportunidades, problemas em benefícios e distância em aproximação com a base”, disse.

Robson também esclareceu, que dentro da estrutura pré-existente, 10 diretores foram eleitos e terão que trabalhar em equipes regionais, fazer plantões diários na sede central. Comentou sobre a importância política e financeira que atualmente é mais de 50% da renda bruta da entidade.

Disse que o setor é distribuído em setores menores como: gás, ambulância, escolas e faculdades, estatais, telefusão entre outras. Que inclusive existe uma perda significativa de arrecadação que precisa ser recuperada. “Para tanto, nossa estratégia será resgatar todos os acordos e dissídios pendentes na justiça e intensificar um trabalho de base”, garantiu.

quinta-feira, 8 de maio de 2014

Não ouve avanços e nem os patrões apresentaram uma proposta de reajuste dos salários

Trabalhadores intermunicipais lotam auditório do CMTC – Clube

A 2ª Assembleia Geral da Campanha Salarial – 2014, convocada pelo Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários – SP contou com participação de cerca de 600 trabalhadores (as) das empresas de ônibus intermunicipais de São Paulo, Embu Guaçu, Itapecerica da Serra, Taboão da Serra, São Lourenço da Serra, Ferraz de Vasconcelos, Poá e Itaquaquecetuba, todos ansiosos para conhecer os resultados das negociações.

Conforme informou o presidente do sindicato, José Alves do Couto Filho (O Toré), não ouve avanços e nem apresentaram uma proposta de reajuste dos salários, pois tudo indica que por orientação do sindicato dos patrões, o segmento esperará o fechamento do acordo dos Condutores de São Paulo, que tem reunião definida para o dia 13/5.

“Como já disse, nossa Campanha Salarial é unificada com o Sindicato dos Motoristas – SP. Temos até o dia 30 deste mês para encerrar as negociações, mas se caso até lá, não for apresentada uma solução para o impasse, com certeza deflagaremos a tão esperada greve. Como diz o velho ditado, é do couro que se faz a correia, se querem confronto, então terão”, disse confiante o presidente.

Ao informar que esteve na Audiência Pública na Câmara Municipal de São Paulo, na quarta-feira (7/5), para discutir os incêndios de ônibus na cidade de São Paulo, requerida pelo vereador Valdemar Silva (Vavá do Transporte – PT), foi muito aplaudido,  ao dizer que lamentou o aumento das ocorrências que este ano soma-se 66, e que de acordo Boletins de Ocorrências (BOs), 45 foram motivados por retaliações às ações policiais que provocaram confrontos com marginais.

“A maior preocupação dos trabalhadores (as) em transportes e a população é que esta violência coloca em risco a integridade física de quem estiver na hora da ação criminosa. Não é só na capital que tem acontecido esta onda de incêndios. Empresas de ônibus do sistema intermunicipal, também são alvos. Sugeri para que as empresas, poder público e a Secretaria Estadual de Segurança Pública, devam integrar suas ações e intensificar policiamento preventivo”, sugeriu.

Principais reivindicações da pauta entregue para os patrões:

  • Reajuste salarial pelo maior índice de inflação do período e 6% de aumento real;
  • Vale Refeição no valor de R$ 20,00 (unitário);
  • Participação no Lucro e/ou Resultados, com valor linear para todos os trabalhadores (as);
  • Convenio Médico gratuito e de qualidade;
  • Assistência odontológica para o trabalhador (as) e seus dependentes;
  • Cesta-básica de qualidade;
  • Valorização dos funcionários (as) do setor da manutenção.

Representantes dos Rodoviários apresentam proposta para inibir queima de ônibus em SP

Policiamento preventivo pode evitar onda de incêndios na cidade

Na Audiência Pública realizada quarta-feira (7/5) 11h00, no Plenário 1º de Maio da Câmara Municipal no 1º andar, para discutir os incêndios de ônibus na cidade de São Paulo, requerida pelo vereador Valdemar Silva (Vavá do Transporte – PT), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários – SP, José Alves do Couto Filho (O Toré), apresentou sugestões para inibir os ataques.

Lamentou o aumento das ocorrências que este ano soma-se 66, e que de acordo Boletins de Ocorrências (BOs), 45 foram motivados por retaliações às ações policiais que provocaram confrontos com marginais. O número representa 68% dos casos. Sendo que a maior preocupação dos trabalhadores (as) em transportes e a população é que esta violência coloca em risco a integridade física de quem estiver na hora da ação criminosa.

“Não é só na capital que tem acontecido esta onda de incêndios. Empresas de ônibus do sistema intermunicipal, também são alvos. Como sugestão, penso que as empresas, poder público e a Secretaria Estadual de Segurança Pública, deveriam integrar suas ações e intensificar policiamento preventivo”.

Toré citou o drama dos funcionários (as) da Auto Viação Urubupungá de Osasco, que foram obrigados ajudar os delinquentes a incendiar 35 veículos. Relatou que existe um grupo organizado de criminosos em todo país com orientação semelhante, portanto, o debate teria que ser mais abrangente e em outros Estados.


Aproveitou para reclamar de que a preocupação patronal não deveria ser só com o patrimônio destruído e, sim, também com o ser humano que sofre violência psicológica e agressões verbais. Estranhou que quando se faz algum tipo de manifestações nas empresas de ônibus por melhores condições de trabalho e salários, a polícia é a primeira a chegar ao local para reprimir e que deveria fazer o mesmo para evitar os incêndios.

quarta-feira, 7 de maio de 2014

Presidente Toré afirma ter plano de valorização para os trabalhadores da manutenção

Sindicato dos Rodoviários – SP na luta por melhorias no setor de manutenção

Na madrugada desta terça-feira (6/5), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários – SP, José Alves do Couto Filho (O Toré) e acompanhado dos diretores: Baixinho, Jairzinho, Tonho e Bezerrão estiveram na empresa CS - Brasil e fizeram uma assembleia relâmpago de esclarecimentos sobre os rumos da Campanha Salarial/2014.

Para os trabalhadores (as) da operação, foi dito que já ocorreram duas reuniões e que pela morosidade os patrões, querem empurrar com a barriga. “Não vejo muita disposição deles para discutir nossa pauta. Em todas fui bem incisivo e disse que não aceitamos choradeira. Estamos em estado de greve e com assembleia geral para quinta-feira (8/5) no CMTC – Clube espero contar com a presença de vocês”, disse Toré.

Depois os diretores também fizeram assembléias no setor de manutenção e, atentamente, escutaram sugestões e reclamações, suas necessidades como: a falta de promoção; salários defasados; fornecimento de ferramentas e uniformes; condições de higiene dos vestiários, refeitórios e principalmente as condições de trabalho, saúde e segurança nos locais de trabalho.

De acordo com Toré, estes profissionais precisam e deve ser valorizado por desempenham um papel fundamental no funcionamento das empresas. Para que isso ocorra, disse ter um plano de trabalho específico e que nesta Campanha Salarial não aceitará reajustes diferentes.


“Nós, estamos preparados para o diálogo respeitoso entre as partes, mas caso for preciso e acontecer entraves, a solução será uma grande mobilização na base. Não aceitaremos as mesmas chiadeiras e nem choradeiras muito menos argumentos descabidos de que as empresas estão em dificuldades, não tem capital suficiente para contemplar o pleito dos trabalhadores (as)”, alertou Toré.

Queremos que os donos do Supermercado Veran invistam no bem estar de seus profissionais...

Sindicato intensifica sindicalização no setor diferenciado

A diretoria do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários – SP quer aumentar o número de associados, com este objetivo, lançou uma Campanha Permanente de Sindicalização para atingir o maior número possível de sócios. A orientação é para que seja visitados os terminais de ônibus, garagens e empresas do setor diferenciado.

Com esta finalidade na manhã de hoje (7/5) os diretores, Márcio Pereira Marque, Antônio Valentim do Carmo e Daniel Felix da Cruz estiveram com os funcionários (as) do Supermercado Veran. Na oportunidade solicitaram uma reunião, que acontecerá em breve, segundo garantiram representantes do Departamento Jurídico da empresa, para tratar do cumprimento de cláusulas da Convenção Coletiva de Trabalho.

Segundo os diretores pelo seu tamanho e número de trabalhadores (as) deste estabelecimento, que na década de 70 instalou seu primeiro mercado em Guaianases e, anos depois, inauguraram a matriz, em Ferraz de Vasconcelos. Sendo que a partir de 1986, a rede começou sua expansão através da 2ª loja no centro de Suzano e, entre 96 e 97, com mais 2 unidades em Mogi das Cruzes.

O negócio não para de crescer, em 99, a cidade de Suzano ganhou mais uma loja e, em 2000, foi a vez de Guaianazes. Três anos depois, foi inaugurada a 7ª loja em Poá; em 2004, a 8ª unidade em Braz Cubas; e, o ano passado, a loja 9 em Jundiapeba. Desde 2005, a rede conta também com a instalação de seu Centro de Distribuição de alimentos, em Poá.

Em 2006, diversificando suas atividades, atualmente têm o Auto Posto Veran na loja 2 (Suzano) e ainda 3 unidades de Farma Veran junto às lojas de Poá, Brás Cubas e Jundiapeba, sendo as duas primeiras em funcionamento desde o ano passado e a última a partir deste ano.


“Seus proprietários afirmam ter como objetivo, para se construir e manter uma grande empresa, de que é preciso muito mais do que recursos, máquinas, equipamentos e instalações. Afirma também, como princípio ético que é necessário contar com pessoas. Que não seja só isso, queremos que eles invistam no bem estar de seus profissionais”, disse Márcio.

terça-feira, 6 de maio de 2014

É preciso dar um basta nos incêndios criminosos

Audiência pública sobre incêndio de ônibus em São Paulo

O vereador Valdemar Silva (Vavá do Transporte - PT) convocou audiência pública na Câmara Municipal para quarta-feira (7/5) 11h00, no Plenário 1º de Maio da Câmara Municipal no 1º andar, para discutir os incêndios de ônibus na cidade de São Paulo. O requerimento do parlamentar para o encontro foi aprovado pela Comissão de Trânsito, Transportes, Atividade Econômica, Turismo, Lazer e Gastronomia, da qual ele faz parte.

“Convido todos a participarem da audiência pública porque precisamos coibir os ataques a ônibus em São Paulo. Eles estão se tornando cada vez mais comuns. Subiu para 65 o número de ônibus queimados na cidade. O último veículo destruído ocorreu no dia 22 de abril, na Brasilândia. Esse número já se iguala ao de todo o ano passado”, comenta.

Diz que o poder público e a sociedade precisam agir e impedir essa nova forma de violência, que atinge trabalhadores, passageiros e a propriedade privada. O evento reunirá representantes de sindicato, de trabalhadores, de empresas e da sociedade civil, tanto municipal quanto intermunicipal, uma vez essa forma de violência atinge também ônibus do transporte para outras cidades.

“A Câmara de São Paulo não pode ficar impassível frente a esse cenário de violência que atinge a todos. Vamos discutir a situação, precisamos identificar o que está provocando essa represália no transporte público para aturar na prevenção, protegendo trabalhadores, passageiros e os veículos que transportam milhares de pessoas por dia na cidade”, afirma.

O endereço da Câmara Municipal de São Paulo é Viaduto Jacareí, número 100, Bela Vista. 

A palavra de ordem é uma só: “Greve neles!”.

Presidente Toré fez assembleia na Miracatiba

Na madrugada desta terça-feira (6/5), o presidente do Sindicato dos Trabalhadores Rodoviários – SP, José Alves do Couto Filho (O Toré) e o Secretário de Finanças, Reinaldo Carias (Scooby) estiveram na Viação Miracatiba e fizeram uma assembleia relâmpago de esclarecimentos sobre os rumos da Campanha Salarial/2014.

Cada reservado que chegava à garagem, era abordado e os trabalhadores (as) paravam e ouviam atentamente as orientações ditas pelos diretores. Ao saberem que o setor patronal até agora não apresentaram uma proposta de reajustes nos salários, a palavra de ordem era “Greve neles!”.

“Já tivemos duas reuniões e percebemos que pela morosidade os patrões querem empurrar com a barriga. Não vejo muita disposição deles para discutir nossa pauta. Em todas fui bem incisivo e disse que não aceitamos choradeira. Estamos em estado de greve e com assemblei geral para quinta-feira no CMTC – Clube espero contar com a presença de vocês”, disse Toré.

Principais reivindicações da pauta entregue para os patrões:

  • Reajuste salarial pelo maior índice de inflação do período e 6% de aumento real;
  • Vale Refeição no valor de R$ 20,00 (unitário);
  • Participação no Lucro e/ou Resultados, com valor linear para todos os trabalhadores (as);
  • Convenio Médico gratuito e de qualidade;
  • Assistência odontológica para o trabalhador (as) e seus dependentes;
  • Cesta-básica de qualidade;

  • Valorização dos funcionários (as) do setor da manutenção.

domingo, 4 de maio de 2014

Precisamos de reforma política profunda, que modifique as práticas políticas noBrasil

Oposição tenta descaracterizar o governo trabalhista de Dilma Rousseff

Sem educação, não há desenvolvimento com inclusão social, frase, que o Secretário Geral do Sindicato dos Rodoviários – SP, Francisco Demontier Leite (O Tiê), diz concordar, e que apesar dos avanços na área nos últimos dez anos, é preciso e possível fazer mais, basta dar continuidade aos projetos em curso no país.

Relatou que os governos Lula e Dilma, aumentaram os investimentos de 3,5% para 5,6% do Produto Interno Bruto (PIB) e neste período, o número de matriculas no ensino superior passou de 3,5 milhões para 7 milhões. “Este é um bom indicador positivo para continuarmos neste caminho e fazermos muito mais. O movimento sindical reivindica que pelo menos 10 do PIB venham para esta finalidade”.

Entusiasmado com os rumos do Brasil, que diferente de outros países os governos enfrentam o grande problema do elevado nível de desemprego, aqui estamos quase em pleno emprego e com aumenta da renda das famílias. Porém ressalta que o maior desafio é ampliar a mão de obra qualificada para o trabalho.

Alerta que grande competitividade encontrada no mercado de trabalho, cada vez mais globalizado, requer maior investimento na preparação de nossos profissionais. Reconheço que muita coisa não depende exclusivamente da coragem e vontade política para fazer.

“Como disse a presidente Dilma Rousseff em seu pronunciamento, sem uma reforma política profunda, que modifique as práticas políticas no nosso país, não teremos condições de construir a sociedade do futuro que todos almejamos. Ela também garantiu que tem feito de todo que está ao seu alcance para mudar esta realidade”, comentou Tiê.


Que lamenta o posicionamento da oposição, setores da elite e meios de comunicação, que tentam todos os dias, descaracterizar um governo que está do lado do povo, que assumiu compromisso de continuar a política de valorização do salário mínimo, de continuar na luta pelas reforma estruturais que garanta o crescimento econômico com estabilidade para os trabalhadores (as).

sábado, 3 de maio de 2014

No Brasil a média de acidentes do trabalho é de 700 mil por ano...

E essa história ainda não acabou vamos em frente!

Conheça o teor da carta desabafo de Jacqueline Carrijo, Auditora Fiscal do Trabalho, enviada para auditores, procuradores, juízes do país.

Olá colegas! Boa tarde!

Eu não tenho o que comemorar de conquista para os trabalhadores que defendemos, e também eu não tenho palavras de estímulo para ninguém. Até pensei em desistir da redação, mas não dá para perder o tempo das coisas mesmo que ainda eu esteja comovida.

Hoje é um dia triste para todas as autoridades do trabalho, para todos que importamos com a dor e sofrimento dos trabalhadores no Brasil. O Dia do Trabalho vem logo depois do dia em memória das vítimas de acidentes do trabalho e da aprovação na câmara dos deputados do projeto que revoga da Lei dos Motoristas. Ironia do acaso.

No Dia do Trabalho ainda estamos recuperando o ânimo depois da derrota do povo brasileiro na câmara dos deputados com aprovação do projeto de Lei que manterá o estado de calamidade pública nas estradas brasileiras, com mais e mais mortes de motoristas, passageiros (incluindo trabalhadores transportados) provocadas por jornadas de trabalho perigosas e más condições de trabalho.

No Brasil a média de acidentes do trabalho é de 700.000 por ano. O Setor de Transportes é o setor com o maior número de mortes de trabalhadores no País. De acordo com a OMS o Brasil aparece em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito.

O que temos para comemorar? Nada. As lágrimas e a dor das famílias das vítimas dos acidentes do trabalho – das vítimas fatais aos mutilados e loucos criados pelo sistema da super exploração do trabalho humano - ditam o tom amargo da minha resposta. E compartilhamos a dor e sentimento de revolta com as vítimas dos acidentes de trânsito e seus familiares.

Esse número de 700 mil acidentes do trabalho por ano e o fato de estar em quinto lugar entre os países recordistas em mortes no trânsito mostram dados de grandes catástrofes no mundo. Impressiona quem se incomoda. Mas esse número não incomoda as autoridades que detêm o poder político e de mando para ordenar, ou reordenar, uma política nacional de segurança do trabalho e de trânsito para a redução de acidentes.

Vida e Justiça são palavras insignificantes para muitas “autoridades” no Brasil, desde que o lucro e desenvolvimento econômico para alguns sejam garantidos. Ficamos desolados com tudo que aconteceu no congresso nacional. Como o Procurador do Trabalho, Dr. Paulo Douglas, disse e foi assim que também senti na carne: “nós levamos uma surra”. Apanhamos, é verdade. Mas estamos firmes e continuamos na defesa de quem precisam de nós, os trabalhadores (as).

Essa é nossa posição definida. Estamos fazendo bem a nossa parte na luta, marcando a nossa posição na história do direito do trabalho e de defesa da classe trabalhadora. SINAIT, ANMPT, MPT estão marcando posição firme de autoridades do trabalho com dignidade. Assim como a história dos calados, omissos ou simplesmente dos aliados dessa vergonha nacional aprovada também está sendo escrita e contada.

Nessa semana perguntamos onde está a resistência da classe trabalhadora. Necessitamos que os trabalhadores estejam de prontidão, em multidão, defendendo bravamente os interesses coletivos, que manifestem com atitude coletiva vivaz a sua vontade geral. Precisamos da expressão de vontade verdadeira, da atitude coletiva da classe trabalhadora para fazer o que é preciso.

E fazer o que importa no âmbito do direito coletivo exige unidade. Mas os trabalhadores não estavam lá em massa, em multidão. E pior, para a nossa indignação, ainda tivemos que suportar falsos defensores dos direitos dos trabalhadores erguendo bandeiras em defesa das alterações prejudiciais da classe trabalhadora.

A representatividade, a importância dos sindicatos está banalizada, desmoralizada entre os trabalhadores, e pelo próprio governo. O resultado dessa constatação foi refletido na Câmara dos Deputados.

E qual é a nossa responsabilidade nisso tudo como autoridades do trabalho? Quem estuda a nossa história compreende a minha fala. Qual tem sido o nosso papel no enfraquecimento do sindicalismo no Brasil, nessa onda de desmoralização da autoridade moral das entidades de classe? O quanto nós estamos distantes das questões estruturais relevantes promovidas pela desregulamentação das relações econômicas, da flexibilização do trabalho? Qual tem sido a contribuição de cada autoridade do trabalho no auxílio desse movimento de individualização das demandas, fomentado atuações dentro de relações privadas e, obviamente, enfraquecendo a atuação coletiva, a dos sindicatos?

Sinceramente eu penso que não podemos colocar a culpa da falta de mobilização da classe trabalhadora somente na falta de representatividade dos sindicatos ou na agenda mundializada do capital. Eu me recuso ficar nos contornos superficiais desse problema. É injusto. Auditores do Trabalho, Procuradores do Trabalho, Juízes do Trabalho também se distanciaram dos conceitos fundamentais, históricos, existenciais do Direito do Trabalho. E aqui eu chamo à responsabilidade cada um de nós.

O que estamos fazendo com a liberdade sindical enquanto direito humano de expressão de poder e de autodeterminação da classe trabalhadora? Eu aprendi que liberdade sindical é um direito humano universalmente reconhecido. 

Mas o que de fato estamos fazendo com Ela quando não favorecemos com todo o nosso conhecimento e poder reservado em Lei para promover o equilíbrio de forças nas relações de trabalho que os sindicatos sérios sejam ouvidos e desempenhem com honra, posição de igualdade o seu papel ativo na promoção do desenvolvimento econômico, social e político da classe trabalhadora e da nação? Afinal de contas, somos construtores ou destruidores do sindicalismo no Brasil?

A confiança que o trabalhador deseja depositar nas suas entidades sindicais, que legitima a representação, depende também, e muito, da nossa atuação no mundo do trabalho. O que aconteceu no Congresso Nacional nessa semana foi novamente revelador do quanto deixamos de fortalecer as entidades de classe que são defensoras verdadeiras, honestas dos interesses dos trabalhadores.

Ora, os falsos defensores dos trabalhadores (as), os corruptos, os covardes na luta pela conquista e preservação dos direitos sociais têm que ser banidos, expulsos do MTE, MPT, JT, Sindicatos, Federações, Centrais, Governos. E essa tarefa compete a todas as autoridades do País. Ou será que fiz leitura equivocada da Constituição Federal de 1988?

Não podemos ficar concentrados nas ações negativas, perversas de pessoas, e no final condenar todos os trabalhadores ao abandono. Enfraquecer o movimento sindical é enfraquecer a classe trabalhadora. Vejam o que aconteceu nessa semana.É preciso repensar nossas condutas e estar conscientes dos impactos de cada decisão administrativa e judicial tomada, e avaliar o quanto isso repercute na segurança nacional.

Precisamos vigiar e orientar nossas condutas todos os dias para que possamos contribuir de verdade na construção de um cenário justo e equilibrado de forças políticas. O prejuízo da falta de reflexão desse problema dentro das nossas instituições fomenta os ambientes de trabalho que flagramos onde as pessoas vivem em estado ameaçador e ameaçado.

Os trabalhadores vivem com medo de perder o emprego, de redução de salários, de serem punidos ou perder a vida por defender os seus direitos. Que País nós estamos ajudando construir? De medo, opressão no trabalho? A perda da expressão da vontade geral dos trabalhadores está diretamente relacionada à nossa forma de atuar, também. Mas tudo isso pode mudar, só depende da nossa vontade e coragem.

O descaso, desprezo, arrogância dos detentores do poder político, econômico com os direitos fundamentais dos trabalhadores brasileiros é evidente, e hoje não há nada, nem ninguém que abale essa certeza e confiança. Com a certeza da falta de resistência da classe trabalhadora e confiantes na sua inércia, nessa semana eu vi com tristeza e desolação o cenário que foi montado na Câmara dos Deputados para aprovar o projeto de lei que revoga a Lei 12619/12.

E assim acontecerá novamente, teremos outras leis aprovadas que causarão prejuízos sociais, humanos irreparáveis para o País se não houver uma mudança de mentalidade e comportamento das autoridades brasileiras, das representações sindicais, do povo brasileiro. A responsabilidade é de todos nós!

Esse é o meu desabafo. E essa história ainda não acabou. Vamos em frente!

Jacqueline Carrijo

Auditora Fiscal do Trabalho

quinta-feira, 1 de maio de 2014

Dilma terá condições de explicitar que, frente à crise internacional optou ficar do lado do povo

Se fosse bom para o povo, oposição não defendia CIP da Petrobras

A tão comemorada abertura de uma CPI - Comissão Parlamentar de Inquérito – para apurar eventuais irregularidades nos contratos da Petrobras, por membros da oposição do governo da presidente Dilma Rousseff, segundo o secretário geral do Sindicato dos Rodoviários – SP, Francisco Demontier Leite (O Tiê), se fosse para beneficiar os trabalhadores (as) e o povo, eles não a defenderia.

Acredita que tudo não passa de jogo de cena e busca pelos “holofotes da mídia” em período pré-eleitoral. “É sempre assim, se aproximam as eleições gerais, a oposição propõe investigações sobre atos ou órgãos governamentais, com o nítido interesse de prejudicar a imagem dos governos e de seus partidos. Neste caso específico, o legado promissor do ex-presidente Lula e sua sucessora”.

Diz concordar com o jornalista, analista político e diretor de Documentação do Diap, Antônio Augusto de Queiroz, de que boa parte da imprensa e do empresariado, “descontentes com a gestão da presidenta”, estimulam tais iniciativas claramente com o objetivo de “modificar a política econômica e social do governo”, cujas diretrizes principais consistem no enfrentamento da “crise com políticas anticíclicas” e na manutenção dos “empregos e da renda”.

Augusto espera que no debate eleitoral, Dilma terá condições de explicitar que, frente à crise internacional, tinha duas opções: fazer um ajuste fiscal drástico e pôr a economia em recessão, com desemprego e redução dos programas sociais, como foi feito no México; ou adotar políticas anticíclicas, com incentivos monetários, creditícios e fiscais para as empresas, e o país continuar crescendo e gerando emprego e renda.

“Sabiamente, a presidenta Dilma optou pela segunda, que favorece o povo. A redução da tarifa de energia elétrica e o comedimento no reajuste dos combustíveis, além de ajudar no controle da inflação, significam ganhos indiretos para os assalariados, ao passo que os aumentos nos preços desses itens significarão maior lucro para os acionistas. Ou seja, entre o povo e o lucro, neste momento de crise, o governo optou pelo primeiro”, disse.

Tiê reconhece que no campo social, a presidenta pode dizer que contribuiu para a melhoria das condições de vida do povo mais humilde. Com isso basta citar: a política de recuperação do salário mínimo; a ampliação do Programa Bolsa Família; o Minha Casa, Minha Vida; o Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec); o Mais Médicos; o programa de creches e pré-escola, entre muitos outros”.


Alerta também que  guerra das CPIs, como se pode notar, tem interesses outros que não a defesa da Petrobras, na medida em que os órgãos de fiscalização e controle do Estado já estão averiguando. O que verdadeiramente está em disputa é um projeto de poder. “E na eleição o cidadão terá de decidir se faz a opção por um programa com preocupação social ou se coloca no governo alguém a serviço do mercado e do lucro”, finaliza.