Foram registrados 2.841
óbitos entre a segunda-feira (15) e a terça-feira (16), totalizando 281.626
vidas perdidas desde o início da pandemia, segundo o Conass e 282.400, segundo
o consórcio de imprensa. Mais de 84.362 novas contaminações foram registradas
em 24 horas, totalizando 11.603.971. A taxa de expansão de novos infectados
aumenta num ritmo duas vezes superior à média mundial.
A situação é crítica em
várias partes do país, onde 22 estados mais o Distrito Federal têm alta de
mortes. Foi o maior aumento registrado em um dia - até então, era da última
quarta-feira (14), quando foram registrados 2.286 óbitos.
Falta
tudo
Com o país registrando taxas
recordes de mortes e contaminações, falta de leitos de Unidades de Terapia
Intensiva (UTIs) e até de enfermarias, o isolamento social endo desrespeitado
por parte da população mesmo em cidades em que os governadores atuam firmemente
para conter a transmissão do vírus, faltam vacinas e pelo menos quatro capitais
do Nordeste anunciaram que a imunização contra a Covid-19 está suspensa por
falta de doses.
A imunização foi paralisada em Aracaju, João
Pessoa, Maceió e Natal, segundo levantamento do UOL.
Das 27 unidades federativas,
24 estados e o Distrito Federal estão com taxas de ocupação de leitos de
UTI-Covid-19 para adultos no Sistema Único de Saúde (SUS) iguais ou superiores
a 80%, sendo 15 com taxas iguais ou superiores a 90%. Em relação às capitais,
25 das 27 estão com essas taxas iguais ou superiores a 80%, sendo 19 delas superiores
a 90%.
Brasil
ultrapassa EUA na média móvel
Com os números das últimas
semanas, o Brasil já ultrapassou os EUA na média móvel por Covid-19. O país
americano registra atualmente menos de metade das mortes diárias de janeiro,
enquanto o Brasil está perto de triplicar o total de vítimas.
No pior momento da pandemia,
em janeiro deste ano, os EUA chegaram a registrar a média móvel de 3.422 óbitos
por dia. Porém, esse número começou a cair de forma constante, até os dias de
hoje, enquanto o Brasil fez o caminho inverso.
O Brasil somou mais de 20%
das mortes em decorrência do novo coronavírus entre todos os países do mundo na
última semana.
Situação
crítica em SP, Paraná, Rio Grande do Sul
O estado de São Paulo, onde
as Unidades de Terapia Intensiva (UTI) estão lotadas com pacientes de Covid-19,
bateu recorde de mortes em toda a pandemia. Foram 679 mortes em 24 horas no
estado. O pico de mortes anterior em São Paulo havia sido registrado na
sexta-feira (12), com 521 mortes. Cerca de 23% dos pacientes que chegam para
ser internados na capital, são do interior.
No estado de São Paulo, pelo
menos 77 pessoas com Covid-19 ou suspeita da doença não resistiram à espera por
um leito de UTI e morreram até esta terça-feira (16). Foram 45 mortes só nos
últimos 16 dias.
Os dados mostram que a
pandemia no estado de São Paulo está atingindo um momento crítico, que já tem
um recorde de 24.992 internados, sendo 10.756 em UTI e 14.236 em enfermaria.
Outros três estados tiveram
recorde de mortes nesta terça-feira (16), o Rio Grande do Sul, com 501, Paraná,
307, e Santa Catarina, com 167. Nove estados têm recorde da média móvel de
mortes, são eles: Acre (10), Goiás (125), Mato Grosso (55), Mato Grosso do Sul
(25), Paraíba (41), Rio Grande do Sul (253), Santa Catarina (113), São Paulo
(400) e Tocantins (16).
Rio Grande do Sul também
registrou recorde, a média móvel foi de 501 óbitos ao longo do último dia. Os
números desta terça-feira ainda podem sofrer variações em razão de eventuais
registros represados do fim de semana.
No Paraná, a quantidade de
vítimas chegou a 307. Subiu para 13.826 o número de mortes causadas pela
Covid-19 no Paraná. Ao todo, são 764.529 casos confirmados desde o início da
pandemia.
Fiocruz
alerta para risco de colapso no Sudeste
Com o recorde de internações
e mortes no Sudeste, a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz) alerta para o risco de
colapso das redes pública e privada de saúde da região Sudeste nas próximas
semanas “se as medidas restritivas não forem revistas”.
De acordo os pesquisadores
da fundação, três fatores são determinantes para esse cenário: mutabilidade do
vírus, falta de vacinas e medidas restritivas pouco rígidas.
Três dos quatro estados da
região Sudeste possuem leitos de UTI para Covid-19 com ocupação acima de 85%. O
Rio de Janeiro se encontra com 78,8% de ocupação de UTI. Já as capitais Belo
Horizonte, Rio de Janeiro e São Paulo, estão com ocupação de UTI para Covid-19
em 89,2%, 91% e 88,4% respectivamente.
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