Na quarta-feira (03/3), a capital paulista tem uma fila de 450 pessoas na espera por uma vaga na Unidade de Tratamento Intensiva (UTI) de hospitais públicos municipais e estaduais para o tratamento de Covid-19. Algumas são encaminhadas ao tratamento intensivo de acordo com vagas que surgem, quando pacientes tinha alta médica ou morriam.
O secretário municipal de
Saúde, Edson Aparecido havia alertado que a situação na cidade era dramática,
com uma explosão de novos casos e internações de pessoas infectadas pelo novo
coronavírus. Disse que a prefeitura abriu cem novos leitos de UTI nesta semana,
mas a demanda tem sido explosiva.
De acordo com o secretário está
prevista a abertura de mais cem leitos nos próximos dias. A lotação em
hospitais privados também está perto do limite, e a situação da capital se
repete em todo o estado, que deve passar para a fase vermelha, com restrição de
horário para o funcionamento de várias atividades e até mesmo o fechamento de
algumas delas.
Médicos do comitê de
contingência para o combate à doença alertaram que a lotação total dos
hospitais no estado é iminente, e pode ocorrer em no máximo duas semanas. A
Fiocruz também alertou para a situação dramática em todo o país. Segundo
boletim da instituição, 19 estados têm taxa de ocupação acima de 80%.
São Paulo prevê um colapso
na oferta de leitos de UTI para a doença nas próximas duas semanas, se não
houver a restrição. Hoje, 74,3% das vagas no estado estão
ocupadas, índice que sobe a 75,5% na capital. Já o isolamento social,
monitorado pela movimentação de pessoas com telefones celulares rastreáveis,
está em meros 39% - ao menos 60% ou 70% são necessários.
No Estado de São Paulo, já
morreram 60.381 pessoas até esta manhã de quarta (3), entre 2.068.616 casos
confirmados desde o começo da pandemia, há um ano. Para Doria, as próximas duas
semanas serão as mais duras da pandemia. Até aqui, 76% dos paulistas estava sob
o regime laranja, 15%, sob a vermelha e os restantes, sob a mais liberal
amarela.
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