O inquérito eleitoral
investiga se ele omitiu os valores dos seus imóveis em declarações à Justiça
Eleitoral e se houve lavagem de dinheiro nessas transações. Em maio, o promotor
eleitoral Alexandre Themístocles, do Ministério Público do Rio, pediu à Justiça
Eleitoral o arquivamento do caso, confirmando posicionamento da Polícia Federal
pela inexistência de indícios de crimes. A informação é do jornal O Globo.
Entretanto, em decisão
proferida em 3 de junho, o juiz Flávio Itabaiana, titular da 204ª Zona
Eleitoral e que também conduziu as investigações do caso da rachadinha,
discordou do arquivamento e enviou o caso para a 2ª Câmara de Coordenação e
Revisão da Procuradoria-Geral da República (PGR).
O conselho, por unanimidade,
decidiu que o inquérito deve ser reaberto. "O conselho institucional do
MPF, no processo do item 8 da pauta, à unanimidade, decidiu pelo desprovimento
do recurso para manter a decisão da 2ª CCR que não homologou o arquivamento
para determinar, no entanto, que os autos sejam restituídos ao procurador
regional eleitoral com atribuição para designação do procurador que atuará no
feito de ali por diante", afirmou a subprocuradora-geral da República
Célia Delgado, ao final do julgamento.
A investigação foi iniciada em
2018, a partir de uma notícia-crime feita pelo advogado Eliezer Gomes da Silva
que apontou o fato de Flávio ter declarado em 2014 e 2016 ser proprietário de
um apartamento no bairro de Laranjeiras, mas ter atribuído valores diferentes
para o mesmo apartamento em cada ano.
Em 2014, Flávio declarou o
imóvel com valor de R$ 565 mil, mas quando disputou a prefeitura carioca em
2016 ele declarou R$ 423 mil — metade do patrimônio, que no total teria R$ 846
mil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário