Centrais sindicais
repudiaram o que chamaram de “escalada golpista liderada pelo presidente Jair
Bolsonaro”. O documento foi assinado pela Central Única dos Trabalhadores
(CUT), Força Sindical, União Geral dos Trabalhadores (UGT), Central dos
Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB), CGTB e Pública
Central dos Servidores.
As centrais convocaram união
de esforços de líderes políticos e da
sociedade civil para barrar os planos do presidente de impor um regime
autoritário e repressivo. “Bolsonaro, mais uma vez testa os limites do seu
cargo e os limites das instituições democráticas. Ele avança, com suas
extravagâncias, onde não encontra resistência.”
Nota
das centrais sindicais:
As centrais sindicais abaixo
assinadas repudiam a escalada golpista liderada pelo presidente Jair Bolsonaro.
Sua participação em um ato
em defesa da volta do famigerado AI-5, do fechamento do Congresso Nacional e do
Supremo Tribunal Federal, e pela da ruptura da ordem democrática, prevista na
Constituição de 1988, foi mais um episódio grotesco desta escalada.
Isolado e crescentemente
descontrolado que está, provocou, novamente, o seu show de horrores em relação
ao necessário isolamento social e de bravatas que afrontam a democracia e
colocam o país numa situação ainda mais dramática diante da pandemia que nos
assola, e que já contabiliza mais de 30 mil contaminados e nos aproxima dos 3
mil mortos.
Seguindo o mau exemplo de
Bolsonaro, atos semelhantes ocorreram hoje em diversas cidades brasileiras,
mesmo em meio a quarentena para prevenção da disseminação do coronavírus.
Bolsonaro, mais uma vez
testa os limites do seu cargo e os limites das instituições democráticas. Ele
avança, com suas extravagâncias, onde não encontra resistência. Se esta
resistência não vier, até onde irá a irresponsabilidade do presidente? Onde
vamos parar? Uma contundente resposta faz-se urgente e necessária.
Importante frisar que, além
de sua postura irresponsável, ele nada oferece aos trabalhadores. A dura
realidade do Brasil de Bolsonaro é que os brasileiros, que já vem sofrendo
perdas de direitos desde 2017, agora sofrem redução salarial de 30% por conta
das medidas de suspensão do contrato de trabalho e redução de salário,
instituídas pela MP 936.
Neste grave contexto as
centrais sindicais chamam os líderes políticos e da sociedade civil, os
representantes dos Poderes Legislativo e Judiciário, das instituições, bem como
a todos os democratas, a cerrarem fileiras na defesa da Democracia para barrar
os planos do atual Presidente de impor um regime autoritário e repressivo.
Não ao golpe de Bolsonaro! Viva
a Democracia!
São Paulo, 19 de abril de
2020
Sérgio
Nobre – Presidente da CUT – Central Única dos Trabalhadores
Miguel
Torres – Presidente da Força Sindical
Ricardo
Patah- Presidente da UGT – União Geral dos Trabalhadores
Adilson
Araújo – Presidente da CTB – Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do
Brasil
José
Calixto Ramos – Presidente da NCST – Nova Central Sindical de Trabalhadores
Antonio
Neto – Presidente da CSB – Central dos Sindicatos Brasileiros
Ubiraci
Dantas – Presidente da CGTB
José
Gozze, presidente da Pública Central dos Servidores
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