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quarta-feira, 22 de abril de 2020

Crise do Convid – 19: bolsonaristas agem igual multidão criminosa


Vivemos tempos confusos e assustadores. A extrema direita brasileira que manipula essa multidão descobriu que temas estruturados em três níveis: os males sociais são resultados de um liberalismo permissivo de valores; o capitalismo de livre mercado é mais eficiente e ameaça externa do comunismo (e depois o terrorismo) funciona de forma particularmente eficaz para mobilizar suas bases em defesa de cortes em programas sociais.

Desde 2013, ela atraiu e mobilizou a difundida angústia social causada por rápidas mudanças econômicas e sociais e criou um sentimento de revolta a partir do nada. Quanto maior a decadência moral e a desintegração da família, maior o medo e o ressentimento a adotar seu projeto de poder.

Em tempos de pandemia o mais racional é defender a vida em detrimento da tão almejada estabilidade econômica. Só que o “cabo de guerra” patrocinado pelo Governo Bolsonaro, para acabar com o isolamento social - decisão correta para diminuir o número de pessoas contaminadas pelo novo coronavírus -, além de irracional é criminoso.

A atuação do Governo Federal no combate a pandemia Covid-19 tem sido recheada de erros, omissões e irresponsabilidades. Falta senso de solidariedade, falta embasamento científico, falta absorção das melhores práticas internacionais, falta eficiência na tomada de decisões e rapidez na implementação de políticas públicas.

O mais correto nesse momento seria garantir a renda dos trabalhadores (as), para que a economia não trave no período de quarentena e para que, passado esse período, a retomada das atividades produtivas possa se dar da maneira mais rápida possível. No entanto, faz o contrário ao retirar renda, reduz salários e direitos e coloca em risco toda a economia.

Não é à toa que quase 60% da população considera a atuação de Bolsonaro na crise regular, ruim ou péssima, de acordo com o DataFolha. Só não enxerga a gravidade da situação a seita de seguidores de suas nefastas ações e decisões. Como gados enfileirados rumo ao abismo, uma multidão genocida aplaudem, cada vez que o presidente comete uma irresponsabilidade administrativa ou abusa do poder de chefe da nação.

De forma irracional agem como pessoas hipnotizadas que obedecem sem reclamar os caprichos do hipnotizador e formam uma multidão de criminosos, que perderam suas personalidades conscientes e obedecem cegamente suas sugestões. Ou seja, cometem atos contrários ao seu caráter e aos seus hábitos.

Para tanto culpam as feministas, os liberais, os negros, as mães mantidas por programas sociais e os mais vulneráveis da sociedade. Só não culpam aqueles que desmontam as instituições da família, da comunidade e da democracia. São ágeis em manipular inquietações legítimas para obter vantagens políticas.

Por: Nailton Francisco de Souza (Porreta), diretor Executivo do SindMotoristas – SP e Secretário Nacional de Comunicação da Nova Central Sindical de Trabalhadores.

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