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sábado, 18 de abril de 2020

Ministro da Saúde critica compra de respiradores: “O que você fará com eles depois?”


O número de mortes pelo novo coronavírus chegou a 2.347 no Brasil. Em 24 horas, foram registrados 206 óbitos pela doença. Os dados foram divulgados pelo Ministério da Saúde neste sábado (18). Ao todo, são 36.599 casos confirmados da Covid-19. Os dados foram atualizados na plataforma às 15h30, antes da divulgação do boletim oficial do ministério.

De acordo com o balanço, o índice de letalidade do novo vírus, em relação ao total de casos, está em 6,4%. No dia anterior eram 33.682 casos e 2.141 mortes.  O ministério, porém, afirma que a tendência é que o número real de casos seja maior, já que apenas pacientes internados em hospitais fazem testes e há casos que ainda esperam confirmação.

São Paulo continua sendo o estado mais afetado pela pandemia. Já são 991 mortes pela doença e 13.894 casos confirmados. O Rio de Janeiro é o segundo com mais casos e mortes em decorrência da Covid-19. São 387 óbitos e 4.543 com o teste positivo para Sars-CoV-2. Em relação ao número de mortes, aparecem na sequência Pernambuco, com 205, Ceará, com 176 e Amazonas, com 161.

Mesmo com esta escalada de casso, o novo ministro da Saúde, Nelson Teich, já fala em “investimento desnecessário” caso haja um tratamento para a cura do coronavírus, declaração que é motivo de preocupação para um País em que o números de casos aumenta cada vez mais e aproxima o Brasil das 10 nações com as maiores quantidades de confirmações da covid-19 no mundo.

“Se você se prepara demais, se estrutura demais e amanhã sai um tratamento, você fez um investimento enorme desnecessário”, disse em um videoconferência com investidores da área da saúde no último dia 7 de abril, no canal Oncologia Brasil, no Youtube.

“O exemplo que estou te dando agora é o seguinte: a gente estava conversando lá com o pessoal… Essa compra de aparelhos, de insumos, tudo isso. Se você comprar tudo para todo lugar ao mesmo tempo é um volume de dinheiro muito maior que se você tivesse parado para comparar a evolução dos diferentes países do Brasil e fosse remanejando. Porque, por exemplo, hoje você tem um número de ventiladores mecânicos que você precisa, aí de repente você dobra a sua quantidade de ventilador mecânico. O que você vai fazer com isso depois?”, acrescentou.,

“Então, você tem um planejamento do que vai acontecer depois. Você faz para o agora e tem que se preparar para as consequências do que fez hoje. E isso envolve investimento em equipamento, material humano, tudo isso. Então, eu se eu tivesse nessa posição, minha linha seria em que investir. Porque o gestor, ele não tem obrigação, o papel dele não é acertar o que vai acontecer. O gestor tem que mapear os possíveis cenários e estar preparado para todos eles idealmente, mesmos os mais prováveis, como são situações catastróficas como da Covid”, disse.

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