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terça-feira, 30 de outubro de 2018

O Voto não tem preço, mas tem consequências!


O candidato que votei e apoiei para presidente obteve 44,87% dos votos válidos, infelizmente, foi derrotado no 2º turno pelo candidato do PSL que somou 55,13% dos votos válidos. Durante a campanha me esforcei para esclarecer as diferenças entre os planos de governo de cada um dos candidatos. De um lado tínhamos Fernando Haddad que se comprometeu com a “Agenda Unitária da Classe Trabalhadora” e o outro que anunciava que acabaria com o movimento sindical.

Como sindicalista sei que as responsabilidades de um líder sindical neste momento são enormes. Ao mesmo tempo em que precisa conduzir a gestão de sua entidade, precisa consolidar sua liderança diante da sua categoria e orientá-la e conscientizá-la em momentos decisivos como no período de Eleições - Majoritárias e Proporcionais.

Em uma sociedade quando problemas econômicos, políticos e sociais são mal diagnosticados, aparecem uma gama de oportunistas e salvadores da pátria com propostas mirabolante e enganosa para resolvê-los. Reconheço que por um breve período de tempo os sintomas podem diminuir de intensidade. Os problemas podem até desaparecer. Mais tarde, porém, eles reaparecem, dessa vez, com superpoderes. O alívio temporário é um ardil, e um ardil perigoso!

A realidade mais ampla dos problemas do Brasil é impossível de percebermos, sobretudo quando nos matemos apegados à pequena imagem que temos diante de nós. Há ocasiões em que a realidade é muito mais ampla do que parece e nos sentimos num beco sem saída e os problemas – complexos e sistêmicos – pioram dias após dias.

Uma escolha precipitada deve agravar mais os sérios problemas que hoje enfrentamos. Os problemas e as soluções parecem multifacetados demais, excessivamente complexos. As pessoas sentem-se imobilizadas em praticamente todos os seus projetos. Além de culpadas. Isso é o que acontece quando pessoas são individualmente responsabilizadas por problemas sociais complexos.

O efeito que podemos exercer sobre problemas sistêmicos torna-se extremamente desmedido nesse modo de lidar com a responsabilidade, e passa a transferir essa responsabilidade das instituições falidas, dos lideres e especialistas combalidos para o homem das ruas. Para entender como a personalização da culpa se tornou onipresente no século XXI, basta assistir a programas de entrevistas com políticos.

Todos funcionam a partir da mesma premissa básica: não controlamos nossa vida e sofremos ou prosperamos em consequência das nossas decisões. Dia após dia, apresentadores famosíssimos e especialistas de inúmeras áreas oferecem dicas rápidas e milagrosa para seguirmos no caminho do progresso ruma uma nação soberana. Só que por trás dos discursos, existem os interesses implícitos da classe dominante, que se negam dividir as riquezas produzidas pelos trabalhadores (as).

Se o futuro presidente colocar em prática sua política de desrespeito às minorias, de desrespeito aos direitos humanos e civis, de insuflar o ódio e a violência, sem sombras de dúvidas, resistiremos com bravura aos retrocessos nos direitos sociais e trabalhistas.

Para enfrentar o mau tempo que possa vir, nos inspiramos na receita do escritor argentino Alejandro Robino - Instruções para tempo ruim:

Primeiro de tudo, não se desespere e se você não seguir as regras que o furacão vai querer impor.
Refugie-se na casa e proteja as persianas assim que todas as suas estiverem seguras.
Compartilhe o companheiro e a conversa com os companheiros, os beijos furtivos e as noites clandestinas, com quem você garante ternura.
Não deixe a estupidez prevalecer.
Defenda-se.
Para estética, ética.
Seja sempre atento.
Não será o suficiente para eles empobrecerem e eles vão querer subjugá-lo com sua própria tristeza.
Rir bem alto
Mófese: a direita está mal capturada.
Será imperativo jantar todos os dias até a tempestade passar.
São coisas simples e simples, mas não menos eficazes.
Diga ao lado bom dia, por favor e obrigado.
E a casca da sua mãe quando eles pedem de cima.
Jogue-o com o que ele tem, mas nunca sozinho.
Eles sabem como emboscá-lo na solidão desavisada de uma tarde.
Lembre-se que os artistas sempre serão nossos.
E o esquecimento será feroz com a trupe de impostores que os acompanha.
Tudo vai ficar bem se você me ouvir.
Nós vamos sobreviver de novo, estamos bronzeados.
Vamos cuidar das crianças que vão querer podar.
Só é necessário estar bem equipado e não nos poupar de bondade.
Devemos deixar os indispensáveis ​​poemas, vinho tinto e violão à mão.
Sorria para os mais velhos como uma vacina contra a angústia diária.
Seja piedoso com os amigos.
Não confunda os ingênuos com os traidores.
E mesmo com estes, ter um perdão fácil para quando eles retornam com as ilusões alinhadas.
Ninguém é deixado aqui.
E sim, seja perseverante e tenaz, escreva religiosamente todos os dias, todas as tardes, todas as noites.
Ainda mantém a teimosia se a fé se desfizer.
Nisso, não haverá trégua para ninguém.
A poesia machuca esses bastardos.

Por: Alejandro Robino - Dramaturgo, diretor de teatro, professor, escreveu desde 1991 mais de dez peças e dirigiu mais de vinte entre si e os outros. Suas peças foram estreadas e publicadas na Argentina e no exterior, além de obterem prêmios na especialidade. Ela leciona na Universidade de Buenos Aires, no Teatro del Pasillo e em sua oficina privada. De contínua atividade pedagógica itinerante em seu país e no exterior, ditou inúmeros cursos, oficinas e seminários nas disciplinas: atuação, direção, dramaturgia e análise textual.

Haddad defenderá o povo contra as eventuais medidas de Bolsonaro que venham contra os direitos do povo


A presidente nacional do PT, Gleisi Hoffmann, afirmou nesta terça-feira (30) que a legenda dará “todas as condições” para que o candidato derrotado da sigla à Presidência, Fernando Haddad, exerça a partir de agora o papel de articulador de uma frente democrática em defesa dos direitos dos brasileiros. Segundo ela, esse papel que será exercido por Haddad, como uma espécie de líder da oposição, é maior do que o próprio PT.

A Executiva Nacional do PT se reuniu nesta terça-feira (30), dois dias após a derrota na disputa pelo Palácio do Planalto, na sede da sigla, no centro de São Paulo. Haddad, que obteve 44,87% dos votos válidos, foi derrotado no 2º turno pelo candidato do PSL, Jair Bolsonaro (que somou 55,13% dos votos válidos).

Segundo Gleisi, a executiva do PT decidiu na reunião construir uma ampla frente pela democracia e “pelos direitos do povo” que vai se posicionar como oposição ao governo Bolsonaro. Apesar da derrota na corrida presidencial, a presidente petista ressaltou que a legenda sai fortalecida do processo eleitoral. O PT foi o partido que mais elegeu governadores (Bahia, Ceará, Rio Grande do Norte e Piauí) e a maior bancada na Câmara, com 52 deputados.

No encontro, que começou por volta das 10h e terminou perto das 15h, os dirigentes petistas e Haddad debateram os próximos passos que pretendem dar no novo contexto político do país. Além de Gleisi e Haddad, participaram da reunião, entre outros, a ex-presidente Dilma Rousseff e o líder do partido na Câmara, Paulo Pimenta (PT-RS).

“O Fernando Haddad, no nosso entender, tem um papel muito importante e relevante nesse processo, que é um papel maior do que o PT. Ele sai depositário da esperança e da luta do povo pela democracia, de diversos setores da sociedade. E o PT dará toda as condições para que Fernando Haddad possa exercer esse papel de articulador junto com outras lideranças sociais e outras lideranças de partidos políticos para consolidar essa frente”, declarou a presidente do PT à imprensa ao final da reunião.

Com a votação de 47 milhões de votos que Haddad obteve no 2º turno e o apoio de diferentes setores, Gleisi acredita que o PT sai desta eleição com uma “grande responsabilidade perante o Brasil”.


Por que abandonaram a frente ampla

O desastre histórico poderia ser evitado? Os que definiram o caminho que nos levou ao atual retrocesso civilizacional irão agarrar-se à tese da inevitabilidade. É um habeas corpus poderoso. Qualquer questionamento será tratado como rebaixamento da discussão, argumento “dor de cotovelo” de uma alternativa hipoteticamente mais correta que jamais poderá ser comprovada.


A crise do capitalismo, os ventos que empurram o mundo para a direita e a facada inesperada serão avocados para sustentar que não havia saída. “Como podem ver, a vitória esmagadora comprova que nada podia ser feito. Qualquer um perderia”. Será? Houve alguma novidade na conjuntura? Milhões se levantaram quando Lula foi preso? Não era previsível uma poderosa onda de direita? Fomos pegos de surpresa?

A falta de governabilidade sobre os fatos é sempre um confortável caminho para justificar o fracasso. Que razões motivaram as decisões que nos levaram ao isolamento? Na eleição nacional, o PT prefere perder liderando a ganhar liderado. Hegemonismo clássico de olho na sobrevivência partidária. Foi coerente com sua história e trajetória. Sai como a maior força da Câmara. Bancada federal e burocracia sobreviveram. “Salvaram-se todos”.

O PCdoB, que tinha como resolução a construção de uma Frente Ampla, aderiu à Frente de Esquerda. Existem algumas hipóteses para a guinada. A primeira é que não foi possível construir a sonhada Frente Ampla. As conversas com atores mais amplos de outros partidos com o objetivo de construir uma liderança mais ampla para a Frente foram verdadeiras ou apenas rito formal para justificar mais uma adesão ao PT?

A segunda hipótese é o pragmatismo imposto pela necessidade de ultrapassar a cláusula de barreira. Neste caso, a opção petista foi consequência da não construção ao longo do processo de alternativas ou imposição da realidade objetiva? PDT, PSB e Psol cresceram bancadas e votações. O PT perdeu deputados, mas manteve a maior bancada. O PCdoB viu sua votação encolher e foi barrado pela cláusula de barreira.

A terceira hipótese é que prevalece entre os comunistas a visão de que não existe caminho para a esquerda sem o PT. Seria necessário o amadurecimento da sigla - que viria com a derrota - para construir junto com os companheiros um novo caminho.

O resultado vai fazer aflorar virtudes ou aprofundará a visão hegemonista como instrumento de sobrevivência? Prevalecerá a postura dos governadores petistas que foram contra a candidatura própria ou a aliança entre a bancada e a burocracia partidária, apoiada por Lula?

O PSB engavetou nesta eleição o esforço de Eduardo Campos de conferir identidade nacional à legenda. Os socialistas decidiram não ter candidato e não apoiar ninguém em nome de seus projetos estaduais. É possível pensar interesses estaduais descolados da questão nacional? Bolsonaro promoverá um cerco?

Ciro caminhou isolado. O isolamento foi resultado da falta de habilidade do pedetista? Da falta de força? Se fosse um candidato mais “dócil” do PDT, do PSB, do PCdoB ou de outro partido mais amplo, o PT teria apoiado?

PT e Bolsonaro foram protagonistas de uma polarização que empurrou o país para o abismo. Lula é vítima da exceção e do arbítrio. Decidiu responder com o fígado mordendo a isca que lhe colocaram ou a derrota sempre foi uma “possibilidade aceitável”?

Numa guerra claramente assimétrica, enfrentar o inimigo de peito aberto é suicídio. Os esquerdistas gritam: “o centro não existe mais! Foi arrebanhado pela direita!” Será?

Um candidato mais amplo apoiado pela esquerda, ou por parte dela, jamais levaria à conformação de forças que se juntou em torno da extrema-direita. Poderia perder da mesma forma? Obviamente que sim. Perder é do jogo. Perder com a política errada, um grave erro.

#NaoVaiTerGolpe, #LulaLivre, #EleNao. Esquerdistas cantaram a fantasia da guinada triunfante à esquerda enquanto conduziam o exército para o abismo. Abandonar a Frente Ampla foi um erro histórico.

Todos precisam baixar a bola. Ciro cometeu grave erro no segundo turno. Depois de conduzir a esquerda para uma derrota histórica, não tem cabimento o PT querer impor sua liderança.

Só uma nova conformação política, ampla, de frente, livre de sectarismos, conseguirá oferecer resistência ao que se avizinha. Contra as sombras, sabedoria, amplitude e firmeza histórica. É o único caminho.

Por: Ricardo Cappelli - https://congressoemfoco.uol.com.br

quinta-feira, 25 de outubro de 2018

Bolsonaro não informou à Justiça Eleitoral parte dos gastos de sua campanha no primeiro turno


Jair Bolsonaro já disse não ter controle sobre as fake news que seus apoiadores postam nas redes sociais. O candidato também disse que não pode se responsabilizar por eventuais atos de violência de seus eleitores. Agora, os brasileiros e brasileiras tomam conhecimento que o candidato Jair Bolsonaro não informou à Justiça Eleitoral, até o momento, diversos gastos de sua campanha.

O pacote ainda não declarado inclui os detalhes de viagens que o candidato fez a pelo menos 16 cidades de sete estados, onde participou de carreatas, comícios com caminhões de som, entrevistas coletivas, entre outros.

Por lei, toda a movimentação financeira dos candidatos feita até 8 de setembro deve ser informada de forma discriminada à Justiça Eleitoral para divulgação na internet. Aqui é importante anotar que o grosso da campanha de Bolsonaro ocorreu antes disso, já que ele sofreu o ataque a faca no dia 6 de setembro em Juiz de Fora (MG).

A lei eleitoral (9.504/97), ratificada pela resolução 23.553/2018 do TSE, é que determina — em seu artigo 50, inciso II — que todos os candidatos devem informar à Justiça até 13 de setembro, de forma discriminada, a movimentação de receitas e gastos de sua campanha realizadas até 8 de setembro.

De acordo com a legislação que rege o tema, “a não apresentação tempestiva da prestação de contas parcial ou a sua entrega de forma que não corresponda à efetiva movimentação de recursos pode caracterizar infração grave, a ser apurada na oportunidade do julgamento da prestação de contas final”.

Reportagem da Folha de S.Paulo levantou que, de acordo com os dados da prestação de contas parcial ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) feita por sua equipe, Bolsonaro só informou, até agora, um custo de R$ 955 mil na campanha do primeiro turno, excluídas doações a outros candidatos. O jornal aponta, ainda, que a declaração de gastos do candidato do PSL é bem inferior à da maior parte das outras campanhas presidenciais.

O jornal explica que “enviou perguntas detalhadas aos principais advogados responsáveis pela campanha de Bolsonaro e à assessoria do candidato”, mas que, após dois dias de tentativas, “não houve resposta”.

A poucos dias do segundo turno, acrescenta a reportagem, “Bolsonaro declarou pagamento a apenas seis pessoas: o coordenador financeiro, dois auxiliares, dois seguranças e a intérprete de libras”.

As contas do capitão reformado somam 27 itens de gasto (R$ 843 mil) até o dia em que sofreu o atentado.

Os maiores valores declarados até o momento são:

R$ 285 mil para uma agência de viagens, locação de veículos e hospedagem (Pontestur);

R$ 135 mil para a Mosqueteiro Filmes, empresa de produção dos programas de TV e rádio;

R$ 115 mil para a AM4 Brasil Inteligência Digital, de serviços da internet.

Além da ausência do detalhamento do custo das viagens, o jornal destaca que não há informação sobre aquisição de suprimentos para os dois comitês de campanha cedidos pelo PSL.

Entre o começo oficial da campanha (16 de agosto), e o atentado sofrido, a Folhaidentificou nas viagens de Bolsonaro um padrão que passa por carreatas e comícios, pelo uso de caminhões de som e realização de entrevistas coletivas em hotéis. Essa foi a estrutura utilizada em praticamente todas as cidades que visitou.

O jornal destaca que não existe, porém, “discriminação sobre quem pagou ou quanto custou o transporte aéreo ou terrestre, gasolina, hospedagem, alimentos, água, suprimentos, aluguel de salões de hotéis, caminhões de som e demais equipamentos dos comícios e carreatas”.

terça-feira, 23 de outubro de 2018

Bolsonaro avisou: vem aí a ditadura


Depois deste final de semana, ninguém poderá alegar inocência no futuro, quando cair sobre nós a escuridão anunciada por Jair Bolsonaro e seu grupo, se confirmada sua eleição no domingo. Eles mesmos nos avisaram de que haverá desprezo e talvez violência contra as instituições democráticas, de que o regime será tirânico, perseguindo adversários, mandando-os para o exílio ou para a prisão. O nome disso é ditadura.

Começando pela fala do deputado eleito Eduardo Bolsonaro, de que o STF poderia ser fechado por um soldado e um cabo, dispensado até o uso de um jipe. Isso haveria caso o STF impugnasse a candidatura de seu pai, embora a matéria seja afeta ao TSE.

O ministro Celso de Mello, decano da corte, qualificou-a de “inconsequente e golpista” e o presidente do Supremo, ministro Dias Toffoli, afirmou em nota que atacar o Judiciário é atacar a democracia. Palavras enérgicas, mas insuficientes para o tamanho da afronta. Como disse a senadora Gleisi Hoffmann, presidente do PT, “o tempo dos tribunais deve ser o tempo de salvar a democracia”.

“Já adverti o garoto”, disse o pai. A fala foi em julho, mas não vem ao caso. O que ela expressa é a ideologia do grupo que integra que transpareceu também, neste final de semana revelador, em declarações do senador Magno Malta, fiel escudeiro do candidato: “O Brasil tem bandidos também nos tribunais superiores. O Supremo Tribunal Federal deste país, cada um tem o seu bandido de estimação”.

O repúdio enérgico de Mello e Toffoli é insuficiente porque Eduardo Bolsonaro incorreu em crime previsto pela Lei de Segurança Nacional, como lembrou o ministro Alexandre de Morais. Caberia um pedido de abertura de inquérito, talvez pela Procuradoria-Geral da República. A LSN trata de crimes “contra o regime representativo e democrático, a Federação e o Estado de direito”, além dos que atentem contra a integridade e a soberania nacionais, e contra a pessoa dos chefes de poderes.

O deputado eleito blasfemou contra o Estado de direito, segundo previsão da lei, ao “fazer, em público, propaganda de processos violentos ou ilegais para a alteração da ordem política ou social”. Fechar o Supremo é isso e, portanto, caberia uma ação. Mas o Judiciário, que ajudou a criar o monstro, agora lida com ele cheio de dedos, temendo ser devorado.

Foram também indicadoras da tirania que nos espera, se Bolsonaro for eleito, suas próprias declarações, em mensagem por vídeo aos apoiadores reunidos na Avenida Paulista: “Vamos varrer do mapa esses bandidos vermelhos do país. Essa turma, se quiser ficar aqui, vai ter que se colocar sob a lei de todos nós. Ou vão para fora ou vão para a cadeia”. Não duvidemos: os adversários serão perseguidos, forçados ao exílio ou a prisões arbitrárias.

Na mesma fala, ele falou de um Brasil “sem Folha de São Paulo”, em outro aviso macabro, este à imprensa livre que tanto contemporizou com ele. E proclamou que o ex-presidente Lula vai mofar na cadeia, explicitando a intenção de controlar o Judiciário, pois não cabe ao Executivo decidir sobre a execução da pena de nenhum preso. Avisou ainda que o líder do PT no Senado, Lindbergh Farias, será preso e fará companhia a Lula, juntamente com o atual candidato do partido, Fernando Haddad.

Bolsonaro aponta para o terror de Estado, com o governo decidindo quem prender, fora do devido processo legal, fora do Estado de direito. Quem for capaz que arranje outro nome para essa ditadura anunciada. Não podem os democratas brasileiros comungar da resignação do ministro do STF Roberto Barroso, para quem “os países, como as pessoas, passam pelo que têm que passar, para amadurecerem e evoluírem”.

Isso equivale à teoria espírita do karma, que não pode ser aplicada às Nações. O Brasil que venceu uma ditadura há de evitar o seu retorno, se os democratas saírem de seu imobilismo.

Por: Tereza Cruvinel no Jornal do Brasil.

sábado, 20 de outubro de 2018

A indústria da pesquisa também tenta fraudar a eleição, denuncia diretor do Vox Populi


Não é somente o caixa 2 de Jair Bolsonaro (PSL) que atenta contra o equilíbrio da disputa presidencial. Os institutos de pesquisa também estariam em um grande esquema, denuncia o diretor do Vox Populi, Marcos Coimbra, quando dão destaque aos ‘votos válidos’ e escondem a grande quantidade de eleitores indecisos.

De acordo com levantamento do Vox/CUT, divulgado nesta sexta-feira (19) a diferença entre Bolsonaro e Fernando Haddad (PT) é menos de 2% dentro da margem de erro.

“Acredito que, na véspera, faz todo sentido raciocinar com o voto válido, mas faltando dez dias é como se você estivesse escondendo que tem um percentual de brancos e nulos, ou seja, de eleitores ainda indecisos”, diz Coimbra, que acrescenta: “tem muito eleitor que ainda está decidindo em quem vai votar e outros dizendo que, provavelmente, só escolherão o candidato no dia da eleição ou na véspera”.

A pesquisa Vox/CUT apontou que o candidato do PSL, Jair Bolsonaro, tem 43% das intenções de voto e Fernando Haddad, do PT, tem 37%. Coimbra acredita que os 17% de brancos e nulos apontados no cenário estimulado da pesquisa CUT-Vox deve cair para, no máximo, 6% ou 7%.

Além disso, outro fator importante que pode mudar o quadro no dia da eleição é o escândalo do WhatsApp, divulgado pela Folha de S. Paulo. Segundo o jornal, empresários estão desembolsando até R$ 12 milhões de reais para mandar mensagens com conteúdo mentiroso contra Haddad. Um crime eleitoral que pode até resultar na cassação da candidatura de Bolsonaro, se o Tribunal Regional Eleitoral (TSE) e a Polícia Federal (PF) investigarem e confirmarem a denúncia.

Para Marcos Coimbra, parte do eleitorado que votou em Bolsonaro no primeiro turno ou que votou em outro candidato e está dizendo que votará nele no segundo turno pode rever sua intenção de voto em função das informações que recebe.

“Houve um movimento de eleitores de renda e escolaridade alta no início do segundo turno. São eleitores que já podem ter recebido essa informação e podem fazer um julgamento de que isso é jogo sujo e ganhar eleição fazendo jogo sujo não condiz com os valores do próprio eleitor”. Ele acredita que essa denúncia, “imensamente grave”, pode fazer com que algumas pessoas revejam o voto dado ou sua decisão de votar no Bolsonaro no segundo turno.

“É claro que a probabilidade maior é desse eleitor permanecer com Bolsonaro. Isso depende do aprofundamento das investigações, da comprovação dessas denúncias, uma coisa que compete à imprensa e ao Judiciário”.

Para o diretor do Vox Populi, o que ele chama de ‘ataque cibernético’ dos apoiadores de Bolsonaro contra Haddad tirou muito voto do candidato do PT, especialmente no eleitorado evangélico. Mesmo assim, Haddad manteve uma margem maior de votos no segmento mais popular que o Datafolha não mostra porque, provavelmente, faz uma amostragem maior no Sul e Sudeste, onde a intenção de votos em Bolsonaro é maior.

quinta-feira, 18 de outubro de 2018

Outubro Rosa é lembrado com palestras sobre: Qualidade de Vida e Prevenção do Câncer


Na tarde de quinta-feira (18/10) os trabalhadores (as) lotaram o auditório do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transportes Urbano de São Paulo (SINDMOTORISTAS – SP) e ouviram atentamente palestras sobre como a melhoria na Qualidade de Vida contribui na Prevenção do Câncer. Com o tema: “Falando Sobre Câncer – é preciso tocar nesse assunto”, profissionais do Hospital AC Camargo alertaram da importância de se fazer exames preventivos.

 “É necessário mantermos um estilo de vida adequado e fazer acompanhamento médico rotineiro. Para este ano são esperados mais de 59 mil novos casos de câncer de mama. Quando se fala em tumor de próstata, o número supera os 68 mil. Para aqueles que gostam de ficar expostos ao sol frequentemente as estatísticas são mais alarmantes: espera-se mais de 165 mil casos de câncer de pele apenas neste ano”, disse a palestrante Gisele Polottow de Melo .

Ela esclareceu que o estilo de vida faz toda a diferença na prevenção da doença. E que através de uma boa qualidade de vida pode – se bloquear o processo de mutação celular. Segundo a enfermeira o Ministério da Saúde destaca medidas essenciais como melhorar alimentação, melhorar a qualidade do elemento consumido, praticar atividade física e controlar o peso. “Essas ações evitam 1/3 dos cânceres. Deixar de fumar é outra dica importante para quem quer viver saudável”.

O evento coordenado pelas Secretárias de Saúde, Mulher e Formação do SINDMOTORISTAS, homenageou o Outubro Rosa, que no Brasil, teve sua primeira ação em São Paulo, em 2002, com a iluminação do monumento Mausoléu do Soldado (Obelisco no Ibirapuera) com a cor rosa durante todo o mês de outubro. No decorrer do tempo, mais cidades brasileiras passaram a comemorar e fomentar ações voltadas à prevenção do câncer de mama e aderiram apoiar a causa.

“Diante das informações e os números alarmantes desta enfermidade, entendemos que iniciativas como o Outubro Rosa, Novembro Azul e outros encontros voltados à saúde do trabalhador devem ser mantidos na programação anual da entidade. Nós fomos eleitos para fazer a diferença e temos que honrar o voto do trabalhador (a), que é merecedor e precisa desse amparo”, afirmou o secretário de Saúde, Mi.

A recém-eleita secretária da Mulher, Luciana Borges Barreto, alertou as companheiras em relação ao agendamento de exames. “Tem mais de 51 mil mulheres morrendo anualmente, muitas por não se cuidarem, por isso a importância desse evento para que se conscientizem. Outubro não é um mês de festa, mas sim de conscientização. Estou aqui para chamar a atenção das mulheres para que façam o autoexame e a mamografia anualmente”.

 “Tenho certeza de que saímos daqui com outro pensamento, outra visão, com vontade e compromisso de repassar tudo o que foi dito, contribuindo para a saúde dos companheiros (as). Aqui foi dito que procurar ajuda médica antecipadamente, e realizar o exame de mamografia e realizar o autoexame o índice de cura chega a 95% quando descoberto precocemente e pode salvar sua vida”, comentou Sorriso, presidente do sindicato em exercício.

O Hospital AC Camargo ofereceu exames e consultas gratuitas aos participantes que preencheram fichas para agendar os seus exames de próstata, mamografia, intestino e colo do útero, considerados cânceres rastreáveis. Ao todo, 422 trabalhadores (as) serão contemplados.

Redes sociais deram voz a legião de imbecis, diz Umberto Eco


Crítico do papel das novas tecnologias no processo de disseminação de informação, o escritor e filósofo italiano Umberto Eco afirmou que as redes sociais dão o direito à palavra a uma "legião de imbecis" que antes falavam apenas "em um bar e depois de uma taça de vinho, sem prejudicar a coletividade".

A declaração foi dada nesta quarta-feira (10/10), durante o evento em que ele recebeu o título de doutor honoris causa em comunicação e cultura na Universidade de Turim, norte da Itália. "Normalmente, eles [os imbecis] eram imediatamente calados, mas agora eles têm o mesmo direito à palavra de um Prêmio Nobel", disse o intelectual.

Segundo Eco, a TV já havia colocado o "idiota da aldeia" em um patamar no qual ele se sentia superior. "O drama da internet é que ela promoveu o idiota da aldeia a portador da verdade", acrescentou.

O escritor ainda aconselhou os jornais a filtrarem com uma "equipe de especialistas" as informações da web porque ninguém é capaz de saber se um site é "confiável ou não".
Ele se diz cada vez mais irritado com uma expressão com a qual se depara em relatos parlamentares, entrevistas, artigos de jornal e afins. As pessoas dizem que "cometeram um erro" quando, na verdade, o que deveriam dizer é que cometeram um crime.

"Eu posso ter cometido erros no passado, mas agora vou me dedicar a trabalho voluntário. Ou responderei à Justiça caso tenha cometido um erro. Ou um jornalista escreverá que certa pessoa cometeu um erro, mas deveríamos perdoá-la. Tenho o péssimo hábito de consultar um dicionário sempre que desejo entender o significado pleno de uma palavra”.

Relata que um erro, segundo o Webster's New World College Dictionary, é uma falha de entendimento, percepção, interpretação ou uma ideia, resposta, ato etc. que está errada; (uma) falha. Afirma que com nessa definição, aqueles que cometem erros o fazem de modo não intencional.

“O contador que faz um cálculo errado comete um erro, assim como o chef que coloca acidentalmente um ingrediente errado que coloca acidentalmente um ingrediente errado em um prato favorito ou o médico que erra no diagnóstico de um paciente”. E que em cada caso, a pessoa tinha a firme intenção de fazer a coisa certa mas não foi bem-sucedida, e todas inicia e todas inicialmente não estavam cientes de seus erros.

terça-feira, 16 de outubro de 2018

Não se engane, o PT não é o partido mais corrupto do Brasil!


Todos partidos políticos agem, às vezes, como se fossem empresas, interessadas simplesmente no voto dos eleitores (as). É por isso que, em alguns países, mesmo que exista dois ou três grandes partidos nenhum deles satisfazem as necessidades da maioria da população. Esta situação é mais frequente nos países subdesenvolvidos como o Brasil.

Muitos partidos são formados por determinados tipos de oligarquias: agrárias, industriais, financeiras etc. Outros representam corporações e são por elas apoiados: exércitos, Igreja etc. No capitalismo, a corrupção é um problema sistêmico e não pode ser personalizado.

O PSL é um partido com mentalidade norte-americana predominantemente liberal. Onde a visão da sociedade está moldada quase que exclusivamente sobre concepções econômicas ou financeiras. Assim, uma pessoa pode ser punida com maior rigor por sonegar impostos que por cometer um homicídio.

Os problemas e as soluções parecem multifacetados demais, excessivamente complexos. Ao enfrentá-los as pessoas sentem-se imobilizadas e praticamente culpadas e responsabilizadas por problemas sociais complexos. Nesta arena alimentada pelo caos, sempre aparecem um salvador da pátria com cara de bom samaritano.
Para os que acreditam que o Partido dos Trabalhadores (PT) é o mais corrupto do País, vai se decepcionar com os dados expostos no site do TSE – Tribunal Superior Eleitoral – confira o úmero de políticos cassados por partidos:
DEM – 69 – 20,4%; PMDB – 66 – 19,5%; PSDB – 58 – 17,1%; PP – 26 – 7,7%; PTB – 24 – 7,1%; PR – 17 – 5%; PPS – 14 – 4,1%; PT – 10 – 2,9%.

Dentre os partidos envolvidos na operação Lava Jato o PP que Bolsonaro fez parte por muitos anos tem 31 políticos envolvidos e o PT 6. Dos candidatos barrados pela Lei da Ficha Limpa seu ex-partido teve 30 impugnadas até agora pelo TSE e o PT 18. O PSDB 56, o PMDB 49, o PR 25, PSB 23, PTB 22, PSD 20 e DEM 16.


domingo, 14 de outubro de 2018

Bolsonaro discrimina palestino e se envolve em Guerra Santa!


Ao anunciar que fechará a Embaixada da Palestina no Brasil, o presidenciável colocará o País no foco de uma “Guerra Santa” travada há anos entre israelenses e palestinos. Da mesma sutileza que Hitler fez na Alemanha Nazista, ele pretende discriminar as pessoas que não fazem parte e nem apoiam suas ideias malucas.

Um dos conflitos que mais geram tensões e preocupações em todo o mundo é o que envolve judeus e muçulmanos no território de enclave entre Israel e Palestina. Ambos os lados reivindicam o seu próprio espaço de soberania, embora atualmente esse direito seja exercido plenamente apenas pelos israelenses.

Com isso, guerras são travadas, grupos considerados terroristas erguem-se, vidas são perdidas e uma paz duradoura encontra-se cada vez mais distante. Quando Bolsonaro diz que pretende mudar a lei para classificar ações dos movimentos sociais como sendo terroristas, é porque sabe que ficaremos vulneráveis internacionalmente aos ataques externos, justamente, por ter se envolvido em pendencias diplomáticas entre nações que por anos não chegam a um acordo para selar a tão sonhada Paz.

Suas primeiras medidas visavam à concentração de poderes nas mãos do Executivo, de maneira a lhe permitir completo controle da burocracia estatal. Este fortalecimento implicará naturalmente o cerceamento da liberdade de ação do Poder Legislativo e em sua virtual extinção; pouco a pouco o poder de legislar passará para suas mãos e de seus subordinados diretos.

No seu programa de governo não diz nada que vise eliminar os privilégios concedidos à burocracia e à cúpula militar. Muito pelo contrário, todos serão mantidos e ampliados com farta distribuição de cargos para seus aliados, principalmente, aos corruptos de sempre do PTB, PSL e DEM, fiéis aliados do Michel Temer (MDB/PSDB), que promoveram o golpe (político, jurídico e midiático) contra o povo brasileiro em 2016.

Uma escolha é uma decisão pela qual uma pessoa (ou às vezes um grupo de pessoas) opta por algo, dentro de um leque de possibilidades que lhe são oferecidas. Podem ser decisões triviais sem importância, ou decisões complexas que comprometem seriamente o futuro da pessoa, como a escolha de um governante e/ou parlamentar.

Escolher e eleger têm também diferenças sutis. Escolher é equivalente a preferir, selecionar ou optar. Eleger, além destes significados tem mais um que é nomear, no sentido de indicar pessoas para o exercício de certas funções. No dia 28 de outro os brasileiros (as) terão que decidir entre tranquilidade democrática ou tensões e repressão aos que não aceitarão as injustiças e os retrocessos nos direitos sociais e trabalhistas.

Por: Nailton Francisco de Souza (Porreta), Diretor Nacional de Comunicação da Nova Central.

sábado, 13 de outubro de 2018

Herói de Bolsonaro, Ustra matou 60 inocentes e torturou outros 500


Idolatrado por candidato do PSL tornou-se o primeiro militar a ser reconhecido pela Justiça como torturador durante a Ditadura. “Ele me tirou da cela puxando pelos cabelos e me batendo na cara. Aí eu fui sendo arrastada por ele ali no corredor das celas, apanhando. Antes de subir as escadas, eu perdi a consciência e acordei na sala da tortura toda urinada”.  O triste depoimento é de Crimeia Schmidt, na época grávida de sete meses e uma das centenas de vítimas de Carlos Alberto Brilhante Ustra,  ex-coronel chamado de herói pelo candidato da extrema-direita Jair Bolsonaro (PSL).

O radical, que “homenageou” o torturador durante seu voto em favor do golpe de 2016 e cometeu crime de incitação à violência na ocasião, define da seguinte forma a sua relação com o primeiro militar condenado pela Justiça pela morte de 60 inocentes e a tortura de ao menos outras 500 vítimas.

“Conheci e fui amigo do Ustra. Sou amigo da esposa dele, sou uma testemunha viva de toda essa história do que queriam fazer com nosso país (…) O coronel recebeu a mais alta comenda do Exército, é um herói brasileiro. Se não concordam, paciência”, disse Bolsonaro em discurso na sessão do Conselho de Ética da Câmara em 2016.

Não chega a causar espanto às declarações do candidato, que já afirmou em entrevista que o grande erro da ditadura “foi torturar e não matar” e que os militares deveriam ter “fuzilado uns 30 mil naquela época”. Mas é conveniente lembrar o quão cruel e criminoso foi Ustra para entender (e evitar) o projeto de país que o deputado almeja para o país.

Nascido em Santa Maria (RS) em 1932, Ustra teve ascensão rápida como militar até ganhar notoriedade a partir do golpe de 64. Chefe do centro de investigações conhecido como Operação Bandeirante (Oban), criada em São Paulo em 1969, ficou rapidamente conhecido por “inovar”nas  técnicas de tortura aplicadas contra todos aqueles que lutavam contra o regime autoritário imposto aos brasileiros. “Você vai conhecer a sucursal do inferno”, costumava dizer Ustra às suas vítimas.

Espancamentos, choques, afogamentos dividiam espaço com sadismos como colocar ratos e baratas nas vaginas das mulheres. Ustra também causava pânico quando aparecia de surpresa e levava os interrogados para os “passeios”: abraçava o detento e o levava a uma sala onde havia o corpo de um militante. “Se você não falar, vai acabar assim”, dizia. Além de não ter piedade nem com uma grávida, Ustra também se divertia levando os filhos para ver as mães serem torturadas.

Com o fim da ditadura militar na década de 1980, centenas de relatos começaram a manchar a imagem do “herói” de Bolsonaro.  Mas somente em 2008 o militar foi condenado pelos seus crimes.  Por decisão em primeira instância do juiz Gustavo Santini Teodoro, da 23ª Vara Cível de São Paulo, o coronel Ustra tornou-se o primeiro oficial condenado em ação declaratória por sequestro e tortura, mais de trinta anos depois de fatos ocorridos entre 1964 e 1985.

Ustra morreu em 2015 sem pagar pelos seus crimes. Infelizmente, o criminoso segue ameaçando as instituições democráticas por meio de seus súditos. Mesmo que historiadores revelem o quão cruel foi a Ditadura Militar no Brasil, Jair Bolsonaro adora dizer que o seu único livro de cabeceira é “A Verdade Sufocada”, obra delirante do coronel Ustra e cujo título ainda ironiza suas milhares de vítimas ao remeter a uma das técnicas de tortura utilizadas por ele. A esperança precisa vencer o ódio.

Por: Redação da Agência PT de Notícias

Todo regime político responde aos interesses de uma determinada classe social


Quem ama: Arte, Cultura, Educação, Liberdade de Expressão, Diversidade, Cidadania, Solidariedade e Democracia precisa ficar atento com o programa de governo do candidato, notoriamente identificado e comprometido com um regime autoritário, que ao chegar ao poder usará da força bruta para manter os privilégios da classe dominante que se sente ameaçada de suas mordomias.

A burguesia aristocrática existente no Brasil sabe mais do que ninguém, que o Estado é a instituição que permite a uma das classes exercerem seu poder sobre as demais classes da sociedade. Infelizmente, a história do pensamento humano carece acalentar especial carinho pela ideia de um povo submetido a um ditador que fosse superior aos outros homens.

Após as Diretas Já! E a eleição para presidente em 1989 a burguesia brasileira acenava com os ideais democráticos como forma ideal de governo de uma sociedade (que fosse por ela controlada). Motivada pelo medo e o ódio, na eleição de 2018 decidiu recorrer a ditadores para consolidar ou reforçar seus poderes ameaçados. Já observava Montesquieu que o medo é à base das ditaduras, às modernas ditaduras manipulam o medo com os mais sofisticados recursos tecnológicos e assim reforçam o seu poder.

Em nossos dias é frequente ver-se a burguesia preferir governos ditatoriais ao invés de democracias. Mesmo contemporaneamente, nós nos deparamos com ramos da ciência que insistem em provar que a desigualdade entre os homens deve ser mantida porque é natural e que a ditadura é um bom sistema de governo.

O povo precisa acordar e recordar que o Regime Autoritário: ao assumir o poder, arrasa o sistema político preexistente, elimina todas as instituições consideradas contrárias à ordem social, promove eliminação física dos dirigentes e políticos do regime anterior. Ela preocupa-se em eliminar qualquer tipo de oposição mais efetiva, deixando existir por vezes, uma oposição meramente formal e que em nada ameaça a consolidação do novo regime.

No intuito de suprimir as verdadeiras oposições, o governo autoritário lança mão, além da repressão, de um intenso processo de desmobilização da sociedade. A população deve cair em profunda apatia política, ela não deve se preocupar com os destinos políticos, econômicos e sociais do país, pois os salvadores da pátria já estão no poder.

A ditadura autoritária constrói o seu poder pelo controle dos meios de coação tradicionais: a Polícia, as Forças Armadas, o Judiciário e a burguesia nacional e internacional. Nestes pilares tomarão posição os representantes das classes que dominam a economia da nação. 

A rígida disciplina que faz parte da formação dos militares permite sua utilização satisfatória em diversos ramos do aparato do Estado: os militares passam a ser vistos, nos diferentes pontos da burocracia estatal.

Portando, quando eles ditarem as regras do tipo de atendimento que serão oferecidos à população mais vulnerável, principalmente nas áreas de: segurança pública, educação, saúde, moradia e cultura, não adianta reclamar, gritar e nem espernear, pois não serás vistos e nem ouvido. O voto não tem preço, mas tem consequências!

Por: Nailton Francisco de Souza (Porreta), Diretor Nacional de Comunicação da Nova Central.

sexta-feira, 5 de outubro de 2018

Eleições 2018: Nos governos do PT o Brasil tinha 370 bilhões de dólares de reservas internacionais


Apesar dos opositores do Partido dos Trabalhadores (PT) espalharem mentiras de que o Brasil não avançou nos governos petistas. Os números comprovam que não foi por conta do esforço pessoal dos brasileiros (as), e sim por conta das políticas públicas implantadas desde 2002 que a vida das pessoas melhorou significativamente. Em geral muitas não conhecem e nem valorizam, pois não tem destaque na imprensa golpista.

Nos Governos LULA/DILMA o País chegou a ser a 7ª economia do mundo, com um PIB que passou de US$ 550 bilhões em 2002 para mais de US$ 2 trilhões e 200 bilhões em 2013. E tinha 370 bilhões de dólares de reservas internacionais. E apenas nove países do G-20 conseguiram crescer acima de 2% em 2013.

 O Brasil estava entre eles, com uma taxa de 2,5%. Este não era um resultado desprezível, pois demonstrava capacidade de resistir a uma conjuntura adversa. Que por quase cinco anos, enquanto 62 milhões de empregos foram destruídos ao redor do mundo, segundo a OIT – Organização Internacional do Trabalho -, o Brasil criou 20 milhões de novos empregos.

Saiu de 107 bilhões de fluxo de comércio externo para 480 bilhões. A renda média do povo brasileiro cresceu 33%. E a dos mais pobres cresceu 70%. Na época, quantos países enfrentaram a crise com aumento da renda e o emprego? Quantos países geraram empregos como o Brasil com sindicatos e imprensa livre? Qual país duplicou sua safra de grãos em 11 anos? Qual foi o país que duplicou a produção de automóveis em 11 anos?

Energia e infra-estrutura: Que pais saiu de 80 mil para 120 mil megawatts de energia e construiu 30 mil quilômetros de linha de transmissão. Quantos países oferecem as oportunidades em projetos de infraestrutura que ofereceu o Brasil?

Educação: O Brasil foi o país que mais aumentou o investimento público em educação nos governos petistas, de acordo com a OCDE. O Orçamento do MEC passou de R$ 33 bilhões em 2002 para R$ 104 bilhões. Saiu dos de 3,5 milhões de estudantes universitários, e onze anos depois, tinha mais de 7 milhões de estudantes universitários. E para avançar mais, aprovou o Plano Nacional de Educação e os 75% dos royalties do pré-sal para a educação.

Por tudo isso não podemos vacilar na hora de escolher, às vezes uma escolha significa decidir o destino de uma nação.  O voto não tem preço, mas tem consequência. E as diferenças entre escolher e eleger são sutis. Enquanto escolher é preferir, selecionar ou optar, o ato de eleger, além destes significados tem mais um que é nomear, no sentido de indicar pessoas para o exercício de certas funções em instituições com atividades relevantes para nossas vidas.

Como cidadão e sindicalista, votarei e apoiarei só candidatos comprometidos e que se identificam com as causas da classe trabalhadora. Hoje temos 13,7 milhões de pessoas desempregadas. E os golpistas reduziram os investimentos públicos na saúde, educação, moradia, segurança, transportes, dentre outras áreas que geram empregos - diretos e indiretos.

Os preços dos combustíveis, do gás de cozinha, da energia elétrica e água triplicaram e se tornaram pesadelo para toda população. Nossas vidas pioraram, devido à canalhice de todos que contribuíram para dar o golpe.

No dia 7 de outubro, teremos a grande oportunidade de virar o jogo. Vote certo: Dep. Federal (Orlando Silva Nº 6565); Dep. Estadual (Maurício Brinquinho Nº 13.711); Senadores (Eduardo Suplicy Nº 131 e Jilmar Tatto Nº 132); Governador (Luiz Marinho Nº 13) e Presidente (Hadad Nº 13). Para não se arrepender e se envergonhar depois, vote em que tem compromisso com a classe trabalhadora!