As
Campanhas Salarias dos Trabalhadores em Transportes Rodoviários e de Cargas não
serão nada fáceis. Os patrões deste seguimento dizem que a Reforma Trabalhista,
a aprovação da PEC do teto dos gastos públicos, a Terceirização da mão de obra,
a reforma do ensino médio e o controle da inflação, foram avanços alcançados
por eles em 2017.
Os
representantes dos trabalhadores (as) denunciaram que a aprovação da lei
13.467/2017 (da Reforma Trabalhista), foi patrocinada e apoiada pela CNT
(Confederação Nacional dos Transportes), instituição que representa os empresários
do setor, por entender que ela ampliaria o lucro dos empresários, enfraqueceria
os Sindicatos e institucionalizaria a precarização das condições de trabalho.
Mudanças
como: flexibilização de direitos trabalhistas; ampliação das possibilidades de
terceirização e pejotização; criação de novas formas de contratação; restrições
de acesso à Justiça do Trabalho; retirada de poderes, atribuições e
prerrogativas das entidades sindicais; universalização da negociação coletiva e
autorização de negociação direta entre empregadores e empregados, comprovam o caráter
nefasto das novas regras trabalhistas.
Todos
estes pontos, argumentados como modernização das relações de trabalho, segundo
o DIAP (Departamento Intersindical de Assessoria Parlamentar), constava em
documentos da Confederação Nacional da Indústria (CNI) – nas agendas legislativas
da indústria e nas 101 medidas propostas pela entidade em 2012 – que seriam
debatidas no Congresso Nacional.
De
acordo com o DIAP, para enfrentar esse retrocesso social, o movimento sindical
precisa atuar em três frentes de resistência: na institucional, no Congresso e
no Governo Federal; na jurídica, perante a Justiça, particularmente do
Trabalho; e na sindical, perante o patronato e a imprensa, para resistir a
negociações que precarizem direitos e para denunciar a agressão aos direitos
humanos dos trabalhadores (as), inclusive perante os organismos internacionais.
Ou
seja, os desafios são gigantes e exigirá atuação firmes de sindicatos
autênticos e representativos, lideranças conscientes de suas responsabilidades
e trabalhadores (as) atentos a seus direitos, sob pena de profundo retrocesso
nas conquistas obtidas com muito, suor, lágrimas, sangue e lutas travadas ao
longo dos anos pela classe trabalhadora.
Quem
subestimar o cenário desfavorável que se dará às negociações coletivas deste
ano. Priorizar disputas internas pelo comando do Sindicato via oposição
irracional com ato de rejeitar, criticar, suprimir, ignorar, desvirtuar,
marginalizar e contestar soluções racionais, de forma implícita contribuirá
para que os interesses e os projetos patronais obtenham êxitos.
O momento
é de muita reflexão e unidade. Oposição unilateral a todas as soluções tem consequências
terríveis para a continuidade do progresso. Ao longo da história atos
oposicionistas têm ajudado a produzir mudanças; mas também serviu como
obstáculos poderosos na luta por melhores salários e condições dignas de vida
do povo.
Juntos
somos fortes. Unidos somos imbatíveis. Viva a unidade da classe trabalhadora!
Nailton
Francisco de Souza
Diretor
Nacional de Comunicação da Nova Central
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