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segunda-feira, 5 de fevereiro de 2018

Desemprego aumenta Litígio na Justiça do Trabalho

Ao contrário do que afirmavam os políticos corruptos de que era preciso modernizar a Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) para diminuir as demandas na Justiça do Trabalho, Juiz de Santa Catarina, comprova que o aumento da “Letigiosidade” é ligado ao índice elevado do desemprego e o desrespeito patronal aos direitos trabalhistas.

“A Reforma Trabalhista levada a cabo pela Lei 13.467/2017 está fundada em várias falácias que, repedidas à exaustão durante décadas, passaram a construir verdadeiros mitos. Dentre eles, a Letigiosidade, utilizado por Deputados durante as discussões na Câmara dos Deputados”, diz Alessandro da Silva, Juiz do Trabalho substituto no Tribunal Regional do Trabalho (TRT/SC).

No livro: “Resistência – Aportes Teóricos Contra o Retrocesso Trabalhista”, ele apresenta um estudo que comprova crescimento de ações trabalhistas em períodos de desempregos, conjuntural e estrutural. “Esse movimento é tão coerente que é possível afirmar com certo grau de certeza que o fator que determina a tendência da taxa de acionamento é a taxa de desemprego”, relata o magistrado.

Seus argumentos apontam que a correlação dos dados relativos à evolução do mercado de trabalho brasileiro com aqueles concorrentes ao ajuizamento de ações perante a Justiça do Trabalho, revela que de 2002 a 2015, período de pleno emprego no Brasil, houve redução dos casos. Ou seja, as motivações de quem ingressam com ações judiciais está diretamente ligada à sua condição social no momento.

“Trabalhadores (as) desprovidos de meios de produção, que buscam estratégias de sobrevivência em períodos de desemprego, não conseguem vender seu único bem, a própria força de trabalho. Negar a essas pessoas o acesso à Justiça é condená-las a buscar soluções alternativas para garantir a própria subsistência, que podem passar pela autotutela ou por atividades ilícitas”, alerta Alessandro.


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