Denúncias de
irregularidades no setor de compensações ambientais da Prefeitura Municipal de
São Paulo (PMSP), feitas pelo ex-secretário do Verde e Meio Ambiente Dr.
Gilberto Natalini, custou sua demissão do cargo na sexta-feira (18/08) .
Natalini
voltou a ser vereador e cita as irregularidades em meio a processo judicial
movido pela construtora Brookfield, que de um caso específico. A empresa pediu
liminar para obtenção do certificado para compensação ambiental para um
empreendimento e a prefeitura questionou a empresa e acabou relatando também as
irregularidades na pasta.
"Diante
das graves irregularidades encontradas em relação a procedimentos envolvendo a
emissão tanto de termo de compromisso ambiental e certificado ambiental de
recebimento provisório, está ocorrendo maior cuidado e detalhamento na análise
dos respectivos requerimentos", afirmou Natalini.
No processo,
quem dá detalhes sobre o assunto é a chefe da Câmara Técnica de Compensação
Ambiental, a arquiteta Regina Barros, subordinada à pasta então chefiada por
Natalini.
Ela relatou,
em documento assinado no dia 17 de agosto e anexado ao processo,
irregularidades que vão de ameaça a funcionários e servidores ligados a oito
agências que fazem a mediação para a obtenção de licenças ambientais. A Câmara
é o órgão que analisa a emissão dos certificados de compensação ambiental.
Ela relata que
a pressão para agilizar os processos e beneficiar tais agências parte dos
próprios servidores da pasta, a ponto de uma funcionária pedir para mudar de
setor devido ao assédio dos colegas. Uma outra servidora teria sido avisada
para que tomasse cuidado com suas filhas e quando saísse sozinha de casa.
Em outro
documento, esse enviado à Controladoria, Natalini cita a demissão de sete
funcionários comissionados e a transferência de outros 19 efetivos da pasta. As
mudanças foram resultados das investigações que vinham sendo feitas pela CGM
desde janeiro, a pedido do secretário.
Nenhum comentário:
Postar um comentário