Pelos registros do TSE
(Tribunal Superior Eleitoral), no dia 30 de setembro do ano passado, o engenheiro
paulistano Raul Fernando Ghediani, 75 anos, fez uma doação de R$ 1.500 ao
candidato Fernando Holiday, eleito vereador em São Paulo pelo DEM e foi taxado
de imbecil por Renato Battista, coordenador do MBL (Movimento Brasil Livre).
Em trechos de um áudio
divulgado pelo jornal Folha de São Paulo o assessor do vereador diz o seguinte:
"Acabei de tirar extrato do banco e estou indo para o escritório para
terminar a prestação de contas. Aparentemente um imbecil doou mais R$ 1.500 no
dia 30. A gente está com quase R$ 12 mil sobrando", afirma Battista, numa
mensagem de WhatsApp.
A mensagem foi gravada em 3
de outubro, dia seguinte à eleição, e enviada para o grupo "Estratégia
Holiday", formado por seis líderes do comitê de campanha, entre os quais o
próprio candidato. Battista é um dos principais integrantes do MBL, sendo um
dos apresentadores de um programa exibido no youtube chamado "MBL
News". Costuma se referir ao vereador Holiday como um representante da
"nova política".
Pela gravação é possível
inferir que Battista, hoje assessor parlamentar de Holiday, estava contrariado
com o fato de que a doação feita no dia 30 de setembro atrapalhava o discurso
de que Holiday se elegeu gastando apenas um real por voto obtido.
"Acho que... bom... a
gente vai discutir isso, mas acho que não deve gastar tudo. (...) porque, se
não, vai passar de um real por voto. Eu prefiro ficar com a narrativa",
afirmou Battista ao grupo.
Aos 20 anos, Holiday foi o
13º vereador mais votado em São Paulo, com 48.055 votos. Sua campanha obteve R$
59,1 mil, em 37 doações. As despesas somaram R$ 52,5 mil.
Pelos registros do TSE
(Tribunal Superior Eleitoral), no dia 30 de setembro do ano passado, há apenas
uma doação de R$ 1.500 ao candidato. Ela foi feita pelo engenheiro paulistano
Raul Fernando Ghediani, 75, que não foi localizado pela reportagem para
comentar o assunto.
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