Na segunda-feira (22), após audiência
de conciliação no Tribunal Regional do Trabalho – 2ª Região (TRT-SP), os
trabalhadores (as) em transporte rodoviário urbano da capital paulista, aceitaram
a proposta que garante reajustes nos salários de 4%, Vale Refeição de R$ 22,00,
aumento do subsídio nos Plano de Saúde e Odontológico e manutenção de todas as cláusulas
pré-existente da Convenção Coletiva de Trabalho.
A audiência sofreu várias
interrupções. O patronal se reuniu por mais de três vezes reservadamente para
melhorar a proposta salarial e a SPUrbanuss elevou o reajuste salarial para
R$3,65% e ticket refeição para R$21,25, porém os representantes dos trabalhadores
(as) não aceitaram. Alertados pelo juiz, Carlos Roberto Husek de que se o
impasse nas negociações continuasse e fosse para julgamento o resultado seriam incertos
os representantes patronais melhoraram a proposta.
O presidente do
SINDMOTORISTAS, José Valdevan de Jesus (Noventa) reconheceu a dificuldade da
atual conjuntura, avaliou juntamente com os membros da Comissão de Negociação, diretores
do sindicato de que era possível aceitar os termos apresentados pelo juiz e, ao
consultar, centenas de trabalhadores (as) que aguardavam fora do TRT à foi proposta
apresentada e aprovada por unanimidade.
De acordo com Valdevan
Noventa, outra importante vitória obtida durante negociações com a Secretaria
Municipal dos Transportes foi um Termo de Compromisso que constarão na
licitação do transporte público da cidade de São Paulo, assinado pelo
secretário Sérgio Avelleda, que assegurará a permanência dos 19 mil cobradores
(as) no sistema e que nenhuma linha de ônibus será licitada sem estes
profissionais.
“A direção do Sindicato com o apoio da
categoria conseguiu na luta e na raça, talvez, a maior conquista da história
dessa categoria. Trata-se de uma vitória de enorme impacto social, uma vez que
os postos de trabalho serão mantidos. Com isso, evitaremos que milhares de
trabalhadores (as) percam seus empregos e, consequentemente, o sustento de suas
famílias”, destacou Noventa.
Disse que há muito tempo o “fantasma
do desemprego” rondam os lares da categoria vive sobre forte pressão. “Mudam-se
os governantes, e a Prefeitura insiste na tese de acabar com os cobradores
sempre com o aval das empresas de ônibus. Nos últimos anos essa ideia se
intensificou, o prefeito anterior, inclusive, conseguiu aprovar uma lei na
Câmara Municipal que desobrigava a permanência dos cobradores dentro ônibus.
Felizmente o pior foi evitado, o Sindicato reverteu à situação. Esperamos que
esta gestão respeite o que acertou conosco”, finalizou.
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