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sexta-feira, 15 de maio de 2020

Exames de Covid-19 de Bolsonaro entregues ao STF podem ser falsos


Hackers invadiram o sistema eletrônico do Hospital das Forças Armadas e divulgaram quatro exames que alegam ser do presidente Jair Bolsonaro (ex-PSL). Os resultados clínicos datam de junho de 2019 a janeiro de 2020, antes dele ter feito testes para saber se tinha coronavírus. Os resultados dos exames de covid-19 entregues pelo governo ao Supremo Tribunal Federal (STF), podem ser falsos e deram negativo para a doença.

O grupo se autointitula Digital Space e divulgou os exames no Twitter na quinta-feira (14/05). Posteriormente, a conta do grupo foi suspensa pela rede social. O Exército confirmou ao jornal Estado de São Paulo que teve o sistema invadido, mas não respondeu sobre as veracidades dos exames vazados.

De acordo com o grupo, não foram encontrados os resultados de covid-19 feitos por Bolsonaro . Os hackers afirmaram que buscaram pelo nome do presidente e pelos codinomes que a Advocacia Geral da União (AGU) entregou a pedido do STF, mas não encontraram nenhum registro.

Bolsonaro realizou exames nos dias 12 e 18 de março, após retornar de viagem aos Estados Unidos, mas não divulgou os resultados. Ao menos 23 pessoas que o acompanharam foram diagnosticados com a covid-19, incluindo auxiliares próximos, como o secretário de Comunicação Social, Fabio Wajngarten e o ministro do Gabinete de Segurança Institucional (GSI), Augusto Heleno.

Ao se recusar a divulgar os resultados, a exemplo do que fizeram outros líderes do mundo, Bolsonaro levantou dúvidas. O interesse em torno do resultado dos exames aumentou ainda mais depois que o presidente começou a participar de aglomerações. Em entrevista à Rádio Guaíba em 30 de abril, ele disse que “talvez” tenha contraído o coronavírus.

Inicialmente, a requisição pelo jornal Estado de São Paulo foi feita à Justiça de São Paulo, que deferiu o pedido. Posteriormente, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região confirmou a decisão da primeira instância. Bolsonaro então recorreu ao Supremo Tribunal de Justiça (STJ) e o presidente da Corte, João Otávio de Noronha, deu decisão contrária e desobrigou o presidente da entrega dos exames. O jornal decidiu, então, acionar a mais alta Corte do país em busca de um desfecho definitivo para o imbróglio judicial.

Fonte: https://congressoemfoco.uol.com.br/governo/hackers

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