O Ministério da Saúde
anunciou nesta segunda-feira (4) a morte de 263 brasileiros nas últimas 24
horas pela pandemia de covid-19. A doença, provocada pelo novo coronavírus
(Sars-CoV-2), já deixa 7.228 vítimas. A taxa de letalidade segue em 6,9%. Já o
número de casos confirmados é de 105.222, sendo 4.075 de ontem para hoje.
O epicentro da doença
continua sendo o estado de São Paulo. Hoje (4), o governador João Doria (PSDB)
anunciou que o uso de máscaras será obrigatório nas ruas a partir de
quinta-feira (7). No transporte público, a obrigatoriedade já está valendo.
São Paulo tem 31.772
infectados pelo novo coronavírus, de acordo com números oficiais. Já os mortos
são 2.627. Os números sofrem com a subnotificação, já que o número de testes
não é suficiente para a demanda. Instituições de saúde e de pesquisa, como a
Fundação Oswaldo Cruz e universidades federais, indicam que, em todo o país, o
número de infectados pode ser de cerca de 15 vezes superior ao relato oficial.
Na Grande São Paulo, 87% dos leitos de UTIs estão ocupados.
A região Sudeste concentra
49.417 casos do novo coronavírus, o que representa 47% de todos os casos do
país. Na sequência, vêm Nordeste (31.033 doentes, ou 29,5%), Norte, (15.733,
15%), Sul (5.792, 5,5%) e Centro-Oeste, com 3.247 infectados, 3,1%.
Já entre os estados, fora o
epicentro paulista, o Rio de Janeiro concentra o maior número de doentes, com
11.139 confirmados e 1.019 mortes. Pernambuco agora é o maior foco do surto de
covid-19 no Nordeste: são 8.643 doentes e 652 mortos. O Ceará vem na sequência,
com 8.370 infectados e 633 óbitos. Na região Norte, o Amazonas aparece com
7.313 doentes e 585 mortos.
No Norte, Amazonas e Pará
apresentam o sistema de saúde em colapso por falta de leitos e de estrutura
funerária. No outro estado nortista, são 3.863 infectados confirmados e 309
mortos.
Em
15 dias, mortes pela covid-19 crescem até 180% na periferia
Na segunda-feira (04/05), segundo
dados da Secretaria Municipal da Saúde divulgados o número de mortes pela
covid-19 na periferia da capital paulista, em casos suspeitos ou confirmados,
cresceu, em média, 94% em 15 dias. Em sete dos 20 distritos mais pobres, o
crescimento foi superior a 100%, chegou a 180% no Jardim Helena, no extremo
leste da capital paulista. A região havia registrado 15 mortes até o dia 17 de
abril, quando foi divulgado o primeiro boletim regionalizado. No dia 30 de
abril, já eram 42 mortes. Já entre os bairros ricos, o crescimento médio dos
óbitos foi de 69%.
A situação é semelhante nos
distritos vizinhos do Jardim Helena. A Vila Curuçá subiu de 19 para 44 mortes
no período (131,6%), o Itaim Paulista foi de 21 para 46 óbitos (119%) e a Vila
Jacuí foi de 19 para 40 (110,5%). No extremo norte da cidade, a pior situação
foi em Perus, que subiu de 13 para 30 mortes (130,8%). Já na zona sul, as
piores situações foram do Jardim Ângela, que saiu de 23 para 556 mortes
(143,5%) e de Parelheiros, que foi de 12 para 24 óbitos (100%).
Líderes em mortes por
covid-19 na periferia, os distritos da Brasilândia e Sapopemba superaram os 100
óbitos, com aumentos de 90,7% e 98%, respectivamente. Outros seis distritos
tiveram aumento de mortes superior a 70%: Iguatemi, Cidade Tiradentes,
Guaianases e Lajeado, na zona leste; Grajaú, Capão Redondo e Pedreira, na zona
sul. No total, os 20 distritos mais pobres chegaram a 920 mortes em 30 de
abril. Em toda a cidade, eram 3.472 mortes até o dia 30 – hoje (4) são 3.840.
Nenhum comentário:
Postar um comentário