A nova forma de organização
social e internacional do trabalho coloca a associação sindical e a consciência
de classe diante de uma grande crise de viabilização da representação e união
de trabalhadores (as) e a participação da massa operária de forma democrática
nas relações com o Estado e, reposta mais precisa, para superar à desigual
relação capital e trabalho é o fortalecimento da coletividade, união e
solidariedade de classe.
Na sociedade contemporânea,
fortemente estimulada ao consumo, que nem sempre reflete a real necessidade das
pessoas. O dinamismo do mercado não permite que elas reflitam sobre realidade e
interesses próprios, o que faz com que sigam rotinas sem observarem que não é
exatamente o que lhes satisfazem ou as prejudicam.
Têm pessoas em nosso meio
com interesses dúbios. Ou seja, não conseguem refletir e ficam reféns de um
ciclo vicioso de consumo e trabalho, no qual precisa trabalhar cada vez mais e
pensar menos. E por inúmeras razões, o
tempo livre vira o tempo do consumo, o que torna a vida extremamente limitada.
Na visão do professor e
escritor americano, David Konstan o homem vive numa época de “empobrecimento
emocional coletivo” e as sociedades individualistas de nosso tempo sofrem de
uma “síndrome crônica de empobrecimento social e emocional”. E a vida emocional
do homem contemporâneo parece ter ficado restrita ao “universo do erotismo e
das aventuras emocionais”.
Sendo que uma das formas de
reverter essa situação de empobrecimento emocional do homem moderno é fazê-lo
participar de eventos, que amplia os espaços para a vida social e pública e
conduz as pessoas para a experimentação conjunta de emoções. Pois por meio de
sua participação em eventos, o homem moderno “aprende a reaprender a ter
emoções, desenvolver seu senso crítico, aprimora suas visões, preza a liberdade”.
Diante da conjuntura política
e econômica que atravessamos desde 2016 com a retirada de Dilma Rousseff da presidência
do Brasil e, principalmente, nesse momento de pandemia provocada pelo novo coronavírus,
tem marcado um aprofundamento das políticas neoliberais representados pelo
profundo ataque e retirada de direitos dos trabalhadores (as), após o fim do
pacto de conciliação conquistado na (Constituição Federal de 1988). Desde então
para o movimento sindical brasileiro, os anos passados foram de insegurança e
incertezas econômicas e políticas.
O sindicato combativo,
enquanto instrumento de luta frente ao capital, que dá a segurança e ameniza os
impactos da exploração e impede a retirada de direitos, é encardo como uma
grande ameaça à aplicação de políticas como as previstas nas leis aprovadas nos
governos Michel Temer (MDB de 2016 a 2018) e atualmente por Jair Bolsonaro
(ex-PSL).
As crises financeiras que
aparecem com frequência, servem de munição para os empresários se juntarem para
barrar as conquistas da classe trabalhadora, pois no Estado Neoliberal,
enfraquecer os trabalhadores (as) e seus sindicatos é parte essencial para a
implementação de todos os ataques pretendidos pela classe dominante.
O exemplo mais nefasto desta
ruptura está no texto das leis da Reforma Trabalhista (13.467/2017) que alterou
a CLT – Consolidação das Leis do Trabalho -, que aprofunda a exploração da
classe trabalhadora e a torna cada vez mais fragilizada na relação de trabalho;
da Terceirização Irrestrita (13.429/2017); Emenda Constitucional (95/2016), que
limita por 20 anos os gastos públicos e a Emenda Constitucional (103/2019) da Reforma
da Previdência.
Um obstáculo para o
desenvolvimento de um país é a parcela da economia que provém de atividades
deliberadamente não declaradas ao poder público, para sonegar impostos ou por
serem ilegais, e não melhorias nas condições de trabalho, salários e
distribuição de renda, para que todos possam ter uma vida mais digna.
Por:
Nailton
Francisco de Souza (Porreta), diretor Executivo do SindMotoristas – SP e
Secretário Nacional de Comunicação da Nova Central Sindical de Trabalhadores.
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