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domingo, 2 de setembro de 2018

Eleições 2018: Sem Lula, Haddad é o favorito para ganhar as eleições, diz especialista em voto


O cientista político e um dos maiores especialistas em voto, Alberto Carlos Almeida, foi o entrevistado da noite desta terça-feira (21/07) no programa Fórum Eleições, apresentado pelo jornalista Renato Rovai. Ele é autor dos livros A cabeça do brasileiroA cabeça do eleitor e do recém-lançado O voto do brasileiro (editora Record), onde faz uma análise das últimas três eleições.

Segundo Almeida, o ex-presidente Lula seria o “franco-favorito” para vencer a eleição para presidente da República neste ano. Com a impossibilidade de Lula disputar, ele acredita que o ex-prefeito de São Paulo, Fernando Haddad, estará no segundo turno. “Hoje o que está sendo discutido é quem vai para o segundo turno com Haddad”, disse.

Para ele, o PT tem uma vantagem nesta eleição. “Ao comparar a série de pesquisas do Datafolha, desde 2015, observei que o eleitor quer dar o governo para a oposição. Antes do impeachment a oposição era o PSDB, agora mudou o nome para Lula/PT. O eleitor não mudou o desejo de trocar o governo. Como o impeachment levou o PT para a oposição, isso torna o partido favorito”, afirmou.

Já o PSDB, de acordo com o cientista político, terá dificuldades tanto na corrida presidencial como no estado de São Paulo, onde os tucanos ganharam as últimas seis eleições, sendo as três últimas, no primeiro turno. Nacionalmente, conforme ele explicou, Alckmin precisa tirar 6% de Bolsonaro, para empatar com o ex-militar. Já em São Paulo, tudo indica que haverá um segundo turno, e os tucanos correm risco de perder o governo.

São Paulo, segundo Almeida, é um dos pilares das disputas presidenciais brasileiras, junto com o Nordeste. “O Nordeste é o pilar responsável por colocar o candidato do PT no segundo turno e São Paulo é responsável por colocar o candidato do PSDB no segundo turno”, comentou. “Digo que PT e PSDB têm ativos que permitem que o sistema gravite em torno deles.”

Almeida ainda falou sobre suas expectativas: “O segundo turno entre o PT e o Bolsonaro pode acontecer, mas tem menor probabilidade. O tempo de TV e Rádio da aliança do PSDB pode vir a tirar Bolsonaro do segundo turno”, ressaltou.

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