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terça-feira, 18 de setembro de 2018

Viação Gato Preto: valeta danificada causa acidente de trabalho


O ajudante de manutenção Paulo Ricardo da Silva, da Viação Gato Preto (Garagem III), machucou o nariz em um acidente de trabalho no sábado (15/09), provocado por falta de reparos na grande antiderrapante do piso de uma valeta, utilizada para fazer manutenção preventiva na frota de ônibus da empresa. Após a ocorrência, o local foi interditado pelos representantes dos Trabalhadores que solicitaram providências.

De acordo com o funcionário lecionado, ao transportar o recipiente utilizado para troca de óleo dos veículos, a grade desprendeu – se do piso e arremessou o equipamento sobre seu corpo. “Apesar do susto e do ferimento, tive sorte em não torcer meu pé. Espero que o problema seja resolvido para que outros não possam cair”, disse Paulo.

Segundo relatos de Osvair Varela, representante sindical o acidente poderia ser evitado. Caso a chefia tivesse corrigido com antecedência a falha e determinasse o consertado. Não seria preciso interditar por dois dias, a referida valeta. “Temos que mudar esta cultura de só solucionar algo, quando acontece o pior. Investir na prevenção de Acidentes de Trabalho, na minha visão, é o melhor para todos”, diz.


Levantamento realizado pelo Ministério da Previdência Social, na opinião de Valdir Feitosa da Silva, diretor recém-eleito do Sindicato dos Motoristas e Trabalhadores em Transporte Urbano de São Paulo (SINDMORISTAS – SP), alerta que cerca de sete brasileiros perdem a vida todos os dias em acidentes de trabalho no Brasil, uma média de 2.500 óbitos a cada ano no país.

“Esses números alarmantes colocam o Brasil na quarta posição mundial em relação à quantidade de mortes, perde apenas para a China, os Estados Unidos e a Rússia. Os dados divulgados pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) nos obrigam a fazer ações, campanhas e trabalhos conjuntos para salvar vidas e evitar mutilações e sofrimento das pessoas”, garante Feitosa.

Desde o começo de 2017, ao menos um trabalhador brasileiro morreu a cada quatro horas e meia, vítima de acidente de trabalho. O dado é do Observatório Digital de Saúde e Segurança do Trabalho, desenvolvido pelo Ministério Público do Trabalho (MPT) e pela Organização Internacional do Trabalho (OIT) e cujos resultados atualizados foram apresentados hoje (5).

Com base em informações disponibilizadas por vários órgãos públicos, o observatório estima que, entre o começo do ano passado e as 14h de hoje, foram registradas 675.025 comunicações por acidentes de trabalho (CATs) e notificadas 2.351 mortes.

Ainda de acordo com o observatório, entre 2012 e 2017, a Previdência Social gastou mais de R$ 26,2 bilhões com o pagamento de auxílios-doença, aposentadorias por invalidez, auxílios-acidente e pensões por morte de trabalhadores. Além disso, com base em cálculos da OIT, o procurador do trabalho e co-coordenador do laboratório de gestão (SmartLab de Trabalho Decente), Luís Fabiano de Assis, afirma que o país perde, anualmente, 4% do seu Produto Interno Bruto (PIB) com gastos decorrentes de “práticas pobres em segurança do trabalho”.

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