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domingo, 23 de setembro de 2018

Eleições 2018: Centrais sindicais divulgam nota de repúdio a Bolsonaro e seu ‘projeto fascista’


No sábado (22/09), representantes de seis centrais sindicais divulgaram nota de repúdio ao candidato do PSL à presidência, Jair Bolsonaro. Intitulado ‘Sindicalistas contra o projeto fascista de Bolsonaro’, o documento classifica o deputado como ‘anti-trabalhadores’ e diz que sua eleição é uma ‘ameaça de retorno à ditadura militar’.

‘O horizonte que ele nos apresenta é de um país marcado pela exploração do trabalhador, pela violência, pelo racismo, pela discriminação, pela repressão, pela dilapidação do patrimônio nacional, pelo desrespeito aos direitos humanos e pelo desrespeito aos direitos democráticos’, diz o texto.

A nota é assinada por representantes da Força Sindical, Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB), Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Intersindical e Conlutas. A Central Única dos Trabalhadores (CUT), que tem dirigentes ligados ao PT, e a União Geral dos Trabalhadores (UGT), que declarou apoio a Ciro Gomes (PDT), não subscreveram o documento.

Leia a íntegra da nota das centrais sindicais:

“Sindicalistas contra o projeto fascista de Bolsonaro. Nós, sindicalistas brasileiros, das mais variadas tendências, que apoiamos candidatos de diversos partidos na próxima eleição presidencial, repudiamos o candidato Jair Bolsonaro.

Repudiamos por sua já conhecida postura contra a organização sindical, portanto, anti-trabalhadores, por sua postura antidemocrática, intolerante com minorias, que faz apologia da violência, e pela sua conivência com práticas repugnantes, como a defesa de torturadores.

O horizonte que ele nos apresenta é de um país marcado pela exploração do trabalhador, pela violência, pelo racismo, pela discriminação, pela repressão, pela dilapidação do patrimônio nacional, pelo desrespeito aos direitos humanos e pelo desrespeito aos direitos democráticos, garantidos na constituição, e ameaça de retorno a ditadura militar.

E nossa luta, como sindicalistas, é justamente o oposto disso: queremos um país com geração de empregos, trabalhadores valorizados e com poder aquisitivo, com licença-maternidade, férias, décimo-terceiro salário, com a PEC das domésticas, com aposentadoria e respeito aos aposentados, valorização dos servidores públicos, um país marcado pela convivência pacífica e produtiva entre pessoas das mais diversas raças, origens, gêneros e culturas, queremos um Estado laico e, sobretudo, respeito aos direitos sociais e democráticos garantidos pela Constituição e à soberania nacional.

Por eleições democráticas e por dias melhores para o Brasil, conclamamos a que todos digam não a Bolsonaro!

São Paulo, 22 de setembro de 2018

Miguel Torres, Presidente interino da Força Sindical; João Carlos Gonçalves, Juruna, Secretário Geral da Força Sindical; Adilson Araújo, Presidente da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); Wagner Gomes, Secretário Geral da Central dos Trabalhadores e Trabalhadoras do Brasil (CTB); José Avelino Pereira, Chinelo, Presidente interino da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB); Álvaro Egea, Secretário Geral da Central dos Sindicatos Brasileiros (CSB); José Calixto Ramos, Presidente da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST); Moacyr Auersvald, Secretário Geral da Nova Central Sindical dos Trabalhadores (NCST); Edson Índio, Secretário Geral da Intersindical; Nilza Pereira, da Direção Nacional da Intersindical; Atnagoras Lopes, da Secretaria Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS Joaninha de Oliveira, secretaria Executiva Nacional da CSP-CONLUTAS.”

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