O presidente do Banco
Central (BC), Ilan Goldfatn se comporta como “chantagista econômico”, ao
condicionar o corte de juros à aprovação das reformas impopulares do presidente
Michel Temer (PMDB). Em entrevista ao Jornal Estadão de segunda-feira (19),
reconheceu que a incerteza aumentou, porém para ele o que importa é aprovar as
reformas.
"A incerteza nas
últimas semanas aumentou. Mas, podemos ter as reformas e os ajustes avançando.
E é só isso que me interessa, sob o ponto de vista do BC... Para nós, quanto mais ampla
a reforma, melhor. Mas não é só a reforma da Previdência. Há reformas e
ajustes. Há um conjunto dessas medidas, que são relevantes...", disse ao
Jornal.
Na avaliação de Nailton
Francisco de Souza (Porreta), diretor Nacional de Comunicação da Nova Central,
o economista não está nem aí com a crise política de total responsabilidade do
presidente Temer, que assola o país, e se agravou mais com as denúncias de
Joesley Batista do Grupo JBS.
“A simbólica vitória que
obtivemos no Senado terça-feira (20), na Comissão de Assuntos Sociais (CAS)
pelo placar de 10 votos a 9, contra o texto da reforma trabalhista, inclusive,
com apoio de parlamentares da base aliada do governo, atesta a incapacidade e legitimidade
do presidente continuar no cargo”, afirma.
Nailton comenta também, que todas as mazelas
feitas contra os direitos sociais e trabalhistas parecem ser pouco para os “tecnocratas”
que se “apossaram” do poder. “Como se ainda não estivessem satisfeitos, em nome
do - Mercado Global – Temer e seus aliados no Congresso Nacional, preparam
surpresa desagradável para o futuro do Brasil, caso consigam aprovar seus
projetos”.
Em sua opinião, o movimento
sindical tem que continuar na ofensiva e focado para derrotar as reformas. “O
grupo de sustentação deste projeto de governo é fisiológico, vinculado a tudo
que é atrasado na vida nacional. Só com os trabalhadores (as) mobilizados e nas
ruas com o povo, colocará um cabresto na ofensiva destes traidores da Nação”,
finaliza Porreta.
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