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quarta-feira, 2 de abril de 2014

Inflação em alta e conjuntura política adversa, dificultará negociações

Nova Central acompanha balanço dos reajustes salariais em 2013

Pelo 18º ano consecutivo, o DIEESE – Departamento Intersindical de Estatística e Estudos Socioeconômicos – através do Sistema de Acompanhamento de Salários (SAS-DIEESE), analisou os resultados das negociações coletivas de 671 unidades de negociação da Indústria, Comércio e Serviços em todo o território nacional no ano de 2013, e apresentou nesta quarta-feira (2/4), em sua sede, para as centrais sindicais.

Na análise, divulgada pelo Coordenador de Relações Sindicais, José Silvestre Prado de Oliveira, 87% das unidades de negociação pesquisadas conquistaram reajustes com aumento real dos salários, 7% conquistaram reajustes em valor igual à inflação e 6% tiveram reajustes insuficientes para recompor o valor dos salários desde a última data-base – segundo comparação com o INPC-IBGE, sendo que o aumento real ano passado foi de 1,25%.

Os dados revelam um recuo frente ao quadro analisado em 2012 – o melhor ano para a negociação dos reajustes salariais, de acordo com a pesquisa do SAS-DIEESE –, e dados mais próximos aos observados em 2011. Esse percentual é cerca de 8 pontos percentuais inferior ao observado nas mesmas 671 unidades de negociação em 2012, mas é próximo dos resultados observados em 2010 e 2011 e superior aos registrados em 2008 e 2009.

“Esse resultado já se prenunciava no balanço do primeiro semestre de 2013. Porém, também como eram esperadas, as negociações coletivas do segundo semestre apresentaram um desempenho melhor que as do primeiro e elevaram o patamar médio das conquistas no ano: 94% das unidades de negociação com data-base no segundo semestre conquistaram aumentos reais, e o aumento real médio foi de 1,52%”, afirmou Silvestre.

De acordo com Nailton Francisco de Souza (Nailton Porreta), diretor Secretário Estadual de Comunicação da Nova Central – SP e que representou a instituição no evento, o cenário econômico para 2014, com inflação em alta e conjuntura política adversa, dificultará o processo de negociações, que por outro lado os conflitos serão inevitáveis.

“Os trabalhadores (as) já se anteciparam e iniciaram o ano com greves, muitas delas, infelizmente, contra a vontade de seus sindicatos. Reconhecemos que ouve alguns avanços nos últimos anos, mas que está muito distante do patamar desejado pela classe trabalhadora. Justamente por este motivo, que a Nova Central e demais centrais realizarão no dia 9 de abril, a 8º Marcha da Classe Trabalhadora”.


http://www.dieese.org.br/balancodosreajustes/2013/estPesq71BalancoReajustes2013.pdf

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