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quinta-feira, 1 de setembro de 2022

Bolsonaro mente em propaganda eleitoral ao dizer que criou o Pix

O presidente Jair Bolsonaro (PL) mente ao dizer que criou o Pix em uma propaganda eleitoral, veiculada durante a propaganda eleitoral obrigatória e disponível no canal dele no YouTube.

"Nós criamos em 2020. Você se lembra, né? A dificuldade para você fazer uma transferência de recursos", diz ele na gravação de 30 segundos. "É o nosso governo inovando".

Na verdade ele não esteve envolvido na criação do sistema de pagamentos instantâneos. O Banco Central iniciou o processo de criação da plataforma em 2018, durante o governo Michel Temer. O presidente do BC na época era o economista Ilan Goldfajn. 

Em maio de 2018, cinco meses antes de Bolsonaro ser eleito, o BC criou um Grupo de Trabalho denominado "Pagamentos Instantâneos" para produzir as especificações do sistema que viria a ser o Pix.

Integrantes da equipe responsável pelo Pix no BC dizem que, "em conceito, a ferramenta já existia desde 2016", três anos antes de o economista Roberto Campos Neto, indicado por Bolsonaro em 2019, assumir a presidência do órgão.

Quando Bolsonaro foi abordado por apoiador sobre o modelo de pagamento pela primeira vez em 2020, ele demonstrou não saber do que se tratava. Na ocasião, ele achou que Pix fosse algo relacionado à aviação civil.

Bolsonaro então afirmou que não sabia do que se tratava. "Não tomei conhecimento, vou conversar esta semana com o Campos Neto", disse.

Seis meses após a sua implantação, o presidente ainda não tinha usado o pagamento instantâneo. Em live, ele disse que não usava o sistema. "Não tenho, tô a fim de fazer um aí. Cai dinheiro na conta da gente de graça? Se pedir, o pessoal bota? Vou fazer meu Pix aí", disse.


segunda-feira, 18 de julho de 2022

Eleições 2022: Voto não tem preço e sim consequências!

Mais uma vez o povo brasileiro se deparará com dois projetos de governo para o Brasil nas eleições para presidente, governadores, deputados estaduais, fenderias e senadores da República. Em outubro, teremos que escolher entre os que defendem a pauta da classe trabalhadora e dos cidadãos mais vulneráveis da pirâmide da sociedade, contra  os defensores do golpe da presidenta Dilma Rousseff em 2016, corresponsáveis pela eleição do defensor do programa ultraliberal e entreguista das riquezas do País.

Durante a campanha eleitoral devemos nos precaver com a grande mídia tradicional que sempre ficam do lado das campanhas dos candidatos conservadores, que desde o impeachment midiático político, deixou incerto os destinos da nação e a maioria da população que sofre com o desemprego, com a volta da fome, com perdas de direitos sociais, trabalhista e previdenciário.

Do outro lado da fronteira estarão os que defendem a melhor alternativa para levantar e recolocar nos trilhos do progresso, que são o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lula), que lidera o campo progressista das forças democráticas, populares e dos verdadeiros patriotas. Sua experiência, competência e carisma o credencia para voltar a dar esperança e fazer novamente o povo sorrir e ser feliz.

Aqui no Estado de São Paulo também integram o conjunto de candidaturas o ex-prefeito Fernando Haddad (PT), o ex-governador Márcio França (PSB), o ex-deputado federal Jilmar Tatto (PT), dentre outros candidatos do PCdoB, PV, Solidariedade, Rede Sustentabilidade e PSOL. Esta aliança - Vamos Unidos Pelo Brasil e Por São Paulo -, representa o contrário dos que são prediletos dos banqueiros, empresários e conservadores da direita e extrema-direita.

Ou seja, a turma que têm compromisso em continuar com ações ultraliberal e neocolonial iniciada pelo governo de Michel Temer (MDB). Todos foram apoiadores e financiadores do golpe de Estado, que resultou no Estado de exceção do atual governo de matiz fascista, acobertado pela grande mídia, aplaudido pelas camadas médias reacionárias e por uma parcela do povo que ainda não entendeu o ele significa e representa com suas ações entreguistas, enganadora com roupagem de patriota e homem de Deus.

O fator determinante até a presente data é a tomada de posição dos representantes da classe trabalhadora e significativa parcela do povo em prol dos candidatos dos partidos de esquerda. Em grande parte, a tomada desta decisão se dá pelo reconhecimento do ciclo dos governos do PT em comparação ao desastre administrativo da dupla Temer/Bolsonaro.

Com eles os retrocessos são visíveis através dos mais de 11 milhões de desempregados, do arrocho salarial, dos empregos precários, do enfraquecimento da representação sindical e da Justiça do Trabalho, com o fim da aposentadoria integral e imposição de mais sacrifícios devido à crise econômica, política e epidemiológica do COVI – 19.

A situação é dramática no mercado de trabalho com 50 milhões de brasileiros de que estão ou desempregados, subempregados, no trabalho informal, desalentados que não procuram mais empregos, um número cada mais elevado de moradores de rua nas capitais e em grandes e médias cidades, mais de milhão de famílias que passou utilizar lenha para cozinhar devido à alta do preço do gás e outras mazelas.

De acordo com Jilmar Tatto, Secretário Nacional de Comunicação do PT e pré-candidato a deputado federal pela legenda, em 2016, a população brasileira foi vítima de um golpe que jogou o país num cenário de desemprego, diminuição da renda, volta da fome e intolerância. E tudo só foi possível porque o Partido dos Trabalhadores foi perseguido e criminalizado por Sérgio Moro e diversos veículos de comunicação, tudo para desqualificar os feitos dos governos Lula e Dilma Rousseff, com fins eleitoreiros.

Em sua opinião com Lula houve desenvolvimento, geração de empregos, distribuição de renda, melhorias e acesso a direitos fundamentais, como saúde, educação e moradias. A democracia foi ampliada e a soberania nacional fortalecida e reconhecida internacionalmente e as políticas de proteção social; de incentivo à Agricultura Familiar; e educação de qualidade dentre outros, foram responsáveis por uma transformação jamais vista no Brasil.

Costuma comentar que todos lembram que no período governado pelo PT as pessoas mais pobres compravam carros, viajavam de avião, financiavam imóveis, estudavam em faculdades, e como bem diz o Lula, todo fim de semana havia churrasco em família. Por isso na hora de votar não esqueça que o voto não tem preço e sim consequências!

Por: Nailton Francisco de Souza (Porreta), diretor Executivo do SindMotoristas – SP e diretor Nacional de Relações Sindicais da Nova central Sindical de Trabalhadores (NCST).

 

Jilmar Tatto visita moradores do Jardim do Carmo – Itapecerica da Serra

No final da tarde de sábado (16), Jilmar Tatto, Secretário Nacional de Comunicação do PT e pré-candidato a deputado federal esteve na Rua Sorai, no Jardim do Carmo I em Itapecerica da Serra e, por duas horas, conversou com moradores sobre a importância de se votar em candidatos das próximas eleições para presidente, governadores, deputados (estadual, federal) e senador da República, que tenha compromisso com os projetos voltados aos interesses dos mais vulneráveis da sociedade.

Comentou sobre o desmonte do estado e desestruturação do mercado de trabalho que durante a pandemia encontrou uma economia enfraquecida devido à baixa taxa de investimento, elevada ociosidade, precarização do mercado de trabalho e crescimento das desigualdades sociais, em razão das políticas neoliberais implementadas desde 2016 e aprofundadas nos atuais governos federal e do estado de São Paulo.

Disse que sua candidatura surgiu após um pedido especial do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, devido seu trabalho experiência como parlamentar na Assembleia Legislativa de São Paulo (ALESP), no Congresso Nacional e administrador público na cidade de São Paulo, onde foi responsável em conjunto com a ex-prefeita Marta Suplicy e Fernando Haddad por obras viárias e pela implantação de programas que melhorou a vida da população em geral.

“Em 2016, a população brasileira foi vítima de um golpe que jogou o país num cenário de desemprego, diminuição da renda, volta da fome e intolerância. O Partido dos Trabalhadores foi perseguido e criminalizado por Sérgio Moro e diversos veículos de comunicação, tudo para desqualificar os feitos dos governos Lula e Dilma Rousseff, com fins eleitoreiros”, afirmou.

De acordo com Jilmar as políticas de proteção social; geração de empregos e renda; de incentivo à Agricultura Familiar; e educação de qualidade dentre outros, foram responsáveis por uma transformação jamais vista no Brasil. “Todos lembram que neste período governado por nós as pessoas mais pobres compravam carros, viajavam de avião, financiavam imóveis, estudavam em faculdades, e como bem diz o Lula, todo fim de semana havia churrasco em família”.

O político diz que se for eleito combaterá como nunca os retrocessos e retirada de direitos sociais, trabalhistas e previdenciário que afeta a camada da sociedade mais pobres e que precisam dos serviços públicos de qualidade e proteção do Estado. E que tudo que o PT faz incomoda às elites reacionárias corresponsáveis pela eleição dos que defendem seus interesses de classe em detrimento dos interesses da maioria dos brasileiros.

segunda-feira, 13 de junho de 2022

Rendimentos de brasileiros caíram 8,7% no primeiro trimestre de 2022

Estudo divulgado nesta sexta-feira, 10, pelo Instituto de Pesquisa Econômica Aplicada (Ipea) mostra que os rendimentos habituais reais médios dos brasileiros caíram 8,7% no primeiro trimestre de 2022, ou seja, entre janeiro e março, em comparação com o primeiro trimestre de 2021, chegando a um valor de R$ 2.548.  

Segundo o Ipea, essa queda impactou mais os domicílios de renda mais alta, o que fez com que, nos três primeiros meses de 2022, houvesse uma redução de desigualdade, em relação ao mesmo período de 2021. Os dados do estudo mostram que os domicílios de renda mais alta foram os que tiveram uma queda da renda habitual de 3,98%, enquanto a faixa de renda baixa teve uma queda de 1,17%.

De acordo com o Ipea, a maior redução dos rendimentos entre aqueles com renda mais alta deve-se a queda da renda dos trabalhadores do setor público. Os empregados com carteira no setor privado, sem carteira no setor privado e, sobretudo, do setor público encontraram dificuldade em negociar reposições salariais ao longo de 2021, apesar da recuperação do crescimento da atividade econômica observada no ano.

No primeiro trimestre de 2022 a renda domiciliar do trabalho da faixa de renda alta era 28 vezes maior que a da faixa de renda muito baixa, valor menor que no primeiro trimestre de 2021: que era 28,8.

Em 2022 houve ainda um aumento da proporção de domicílios com renda do trabalho. Isso, segundo o Ipea, é uma das consequências da pandemia. No primeiro trimestre de 2020, 22,35%, o equivalente a pouco mais de um a cada cinco domicílios no país, não possuía renda proveniente do trabalho. Essa porcentagem aumentou para 28,55% no mesmo período de 2021 e, em 2022, chegou a 23,35%.

O recorte regional indica que a renda efetiva mostrou maiores quedas nas regiões Sudeste e Sul, com quedas de 8,2% e 6,1% respectivamente. Em relação ao gênero, as mulheres tiveram queda maior que os homens nos rendimentos efetivos e habituais. Segundo o Ipea, essas quedas foram de 6,7% para as mulheres contra 5,5% para os homens na renda efetiva no primeiro trimestre de 2022 e de 8,7% para as mulheres contra 8,3% para os homens na renda habitual.

O estudo mostra ainda que, apesar da queda na renda no primeiro trimestre de 2022 em relação ao mesmo trimestre de 2021 se deve, em parte, ao retorno de trabalhadores menos qualificados ao mercado de trabalho, tanto a renda efetiva quanto a habitual ainda estão abaixo dos níveis anteriores à pandemia, havendo queda da renda em comparação com os primeiros trimestres de 2019 e 2020.

O Ipea considera a renda efetiva como o que os trabalhadores receberam de fato pelo trabalho e a habitual como o que costumam receber.

Menor valor desde 2012

Hoje (10) também o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios (Pnad) Contínua Rendimento de todas as fontes 2021. A pesquisa do IBGE mostra que, no segundo ano de pandemia, em 2021, o rendimento médio dos brasileiros caiu para o menor patamar registrado desde 2012. O rendimento médio mensal real domiciliar per capita em 2021 foi de R$ 1.353. Em 2012, primeiro ano da série histórica da pesquisa, esse rendimento era o equivalente a R$ 1.417. Em 2020, no primeiro ano de pandemia, era de R$ 1.454.

A pesquisa do IBGE considera não apenas a renda por trabalho, mas todos os rendimentos, incluindo, por exemplo, aqueles provenientes de programas sociais como o auxílio emergencial. Os dados são referentes ao ano passado e não chegam, como o Ipea, a tratar de 2022.

quinta-feira, 9 de junho de 2022

Pessoas que passam fome no Brasil chega ao patamar de 1990

A Rede Penssan (Rede Brasileira de Pesquisa em Soberania e Segurança Alimentar) aponta que a insegurança alimentar retrocedeu a um patamar equivalente a década de 1990. O acesso pleno à alimentação se tornou luxo para poucos. Em números, apenas quatros de cada 10 famílias têm garantia de que podem comer bem.

Fruto da política econômica desastrosa do governo Bolsonaro (PL), fez o número de pessoas em insegurança alimentar crescer e hoje 125,2 milhões – 58,7% dos cidadãos – não têm garantia de que vão conseguir fazer as três refeições básicas do dia. A alta é de 60% desde 2018.

Na opinião do diretor Nacional de Relações Sindicais da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), Nailton Francisco de Souza (Porreta), é uma vergonha para a sociedade brasileira ter que conviver com estes números em um cenário onde a fome também disparou. “Triste saber que este governo não está nem aí com o sofrimento da parcela mais vulnerável da população. O presidente Bolsonaro prefere satirizar a situação ao invés de encarar os fatos”, comentou.

Nailton lamenta que em pouco mais de um ano, o número de pessoas que não têm comida da mesa saltou de 19 milhões para 33,1 milhões. Ou seja, 15,5% dos brasileiros não têm nada para comer neste exato momento, sendo que dados mostram ainda que as desigualdades se acentuaram desde 2016, após o afastamento da presidenta Dilma Rousseff.

“As regiões:  Norte e o Nordeste são as mais afetadas pela fome, cerca de 25,7% e 21% das famílias, respectivamente, não têm nada para comer. Já nas áreas rurais, são 60% das casas. Este balanço é quase o dobro do registrado em 2020. A pesquisa conclui que o país regrediu ao patamar da década de 1990. E pensar que os governos de Lula e Dilma implantaram políticas públicas que tiraram o Brasil do Mapa da Fome, só nos dar a certeza de que precisamos mudar em outubro esta situação”, afirmou Nailton Porreta.

quarta-feira, 8 de junho de 2022

Fake News nas Eleições 2022 poderá punir e cassar mandato de candidato infrator

Em entrevista na terça-feira (7), à Associação dos Correspondentes de Imprensa Estrangeira no Brasil, o presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Edson Fachin, afirmou que a corte eleitoral poderá punir e até cassar o mandato de um candidato que divulgar informações que ele saiba serem inverídicas e que o tribunal tem "imensa preocupação" com a desinformação durante as eleições e advertiu que, se tiver que "sancionar" alguns comportamentos, a Justiça Eleitoral não vai se furtar de fazê-lo.

"É claro que em todos esses períodos nós temos uma preocupação imensa com a disseminação de desinformações, com campanhas de desinformação que são orquestradas por comportamentos inautênticos, o tribunal está obviamente atento a isso, tomando atitudes preventivas, e obviamente nós estamos, antes de tudo, adotando a perspectiva segundo a qual a informação deformada se combate, se enfrenta com informação correta", declarou.

"Claro que, se houver necessidade de chegarmos ao ponto tal em que o tribunal eleitoral tenha que sancionar alguns comportamentos, a Justiça Eleitoral obviamente não se furtará de exercer de sua atividade também sancionadora e punitiva", reforçou ele.

Fachin não citou nominalmente o presidente Jair Bolsonaro ao fazer esses alertas, embora tenha defendido o atual modelo de votação. Bolsonaro tem feito duros ataques — sem apresentar evidências — contra a confiabilidade das urnas eletrônicas.

A declaração de Fachin vem também no mesmo momento em que se discutiu a decisão de Nunes Marques, outro ministro do STF, de devolver o mandato ao deputado estadual Fernando Francischini. O político do Paraná, filiado ao União Brasil, teve seu mandato cassado pelo TSE em 2021 por divulgar notícias falsas sobre o processo eleitoral. No dia da votação do primeiro turno das eleições de 2018, o parlamentar fez uma live em que afirmou haver fraude nas urnas eletrônicas, mas sem apresentar nenhum tipo de prova. Ele alegou que os equipamentos estavam impedindo o registro de votos para o então candidato à Presidência Jair Bolsonaro.

A decisão de Nunes Marques sofre críticas das mais diversas áreas da sociedade e causou um grande desconforto dentro do STF. A 2ª Turma da Corte julgará o caso de Francischini nesta terça. O plenário da Corte também analisará a pauta numa sessão virtual.

Forças Armadas

O presidente do TSE defendeu a participação das Forças Armadas no apoio aos trabalhos do tribunal na preparação das eleições, seja ajudando na logística de envio das urnas para as zonas eleitorais mais remotas, seja pela presença na Comissão de Transparência das Eleições, a qual disse que tem sido "técnica".

"Não há indício de qualquer fissura na institucionalidade das Forças Armadas", disse ele, ao destacar que não vê nenhum tipo de iniciativa dos militares que poderia embaraçar o resultado do pleito.

Comandante em chefe das Forças Armadas, Bolsonaro reiteradamente tem usado o discurso de proximidade dos militares e ascendência sobre eles para defender a legalidade do processo eleitoral.

Fachin disse que os "ruídos" estão no campo da política e que, no campo jurídico e de administração das eleições, não há "nenhuma circunstância que esteja impedindo o desenrolar normal do cronograma" do pleito, assegurando que haverá, sim, a eleição em outubro e a diplomação dos escolhidos até o dia 19 de dezembro.

Ao rebater indiretamente um comentário recorrente de Bolsonaro, o presidente do TSE disse que não há "sala escura" na Justiça Eleitoral e que o processo é "profundamente transparente" e aberto às entidades fiscalizadoras.

Fachin repetiu que o tribunal tem atuado para garantir a presença de observadores internacionais e convidados para acompanhar etapas do processo eleitoral.

Ex-presidente Lula debate com aliados acabar com o teto de gastos e rever reforma trabalhista

A coordenação da campanha do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) encaminhou na segunda-feira (6) aos partidos aliados as diretrizes para elaboração do plano de governo da chapa Lula-Alckmin, com ações de combate à corrupção, reforça o papel do estado na economia, enaltece o Bolsa Família e propõe a revogação do teto de gastos e da reforma trabalhista implementada pelo ex-presidente Michel Temer, além da revisão do regime fiscal.

Com 90 parágrafos, o texto defende ainda o fortalecimento dos sindicatos sem a volta do imposto sindical, a construção de um novo sistema de negociação coletiva e especial atenção aos trabalhadores e trabalhadoras informais e de aplicativos.

Elaborado sob a coordenação do ex-ministro Aloizio Mercadante, o documento defende o papel do estado como indutor do desenvolvimento econômico, prega o uso dos bancos públicos como instrumento de desenvolvimento e manifesta oposição à privatização da Eletrobrás e dos Correios.

“A Petrobras será colocada de novo a serviço do povo brasileiro e não dos grandes acionistas estrangeiros, ampliando nossa capacidade de produzir os derivados de petróleo necessários para o povo brasileiro, expandindo a oferta de gás natural e a integração com a petroquímica, fertilizantes e biocombustíveis”, diz o texto. Segundo o texto, “o pré-sal será novamente um passaporte para o futuro”.

Ainda segundo ele, o texto foi concebido para que “se apresente com algumas ideias-força e propostas de impacto”. “É este o desafio. Mas o programa que vale é o que vai para o discurso do candidato, para as ruas e para os programas de TV”.

Esse esqueleto do programa de governo de Lula será aberto, a partir desta semana, a contribuições em uma plataforma digital. A orientação é para que esse plano de governo seja enxuto, com cerca de 60 páginas.

O documento, que será debatido com partidos aliados, propõe também a urgente ampliação e renovação do Bolsa Família, como garantia de “renda compatível com as atuais necessidades da população”.

Defende também “uma reforma tributária solidária, justa e sustentável, que simplifique tributos e distribua renda”. Ao falar sobre o papel das Forças Armadas, o documento afirma ser preciso “superar o autoritarismo e as ameaças antidemocráticas”.

“Cumprindo estritamente o que está definido pela Constituição, as Forças Armadas atuarão na defesa do território nacional, do espaço aéreo e do mar territorial. A partir de diretrizes dos Poderes da República, colaborarão na cooperação com organismos multilaterais e na modernização do complexo industrial e tecnológico e defesa”, diz o documento, propondo diálogo.

O documento diz que “os governos do PT e partidos aliados instituíram, de forma inédita no Brasil, uma política de Estado de prevenção e combate à corrupção e de promoção da transparência e da integridade pública”.

Cita como exemplo a criação da Controladoria-Geral da União, da Estratégia Nacional de Combate à Corrupção e à Lavagem de Dinheiro (ENCCLA) e fortalecemos a Polícia Federal, o Coaf e a Receita Federal.

“O nosso governo vai assegurar que os instrumentos de combate à corrupção sejam restabelecidos, respeitando o devido processo legal, de modo a impedir a violação dos direitos e garantias fundamentais e a manipulação política. Faremos com que o combate à corrupção se destine àquilo que deve ser: instrumento de controle das políticas públicas para que os serviços e recursos públicos cheguem aonde precisam chegar”.

As reformas política e do Estado estão entre as propostas. “Vamos recolocar os pobres e os trabalhadores no orçamento. Para isso, é preciso revogar o teto de gastos e rever o atual regime fiscal brasileiro, que é disfuncional e perdeu totalmente sua credibilidade”, diz.

O documento defende ainda “a continuidade das políticas de cotas sociais e raciais na educação superior e nos concursos públicos federais, bem como sua ampliação para outras políticas públicas”.

Na área de segurança, o documento afirma que o “país precisa de uma nova política sobre drogas que combata o poderoso núcleo financeiro das organizações criminosas, os poderes locais armados, o tráfico e as milícias e que dê a devida atenção de saúde pública ao tema, com medidas educativas, de prevenção e apoio às famílias”.

“Teremos uma segurança pública cidadã para a proteção da vida. A legítima e crescente demanda dos brasileiros e das brasileiras por maior segurança pública será respondida com um conjunto consistente de políticas integradas para a redução da violência e da criminalidade, enfrentamento eficaz ao tráfico de drogas e armas, ao crime organizado e às milícias”.

terça-feira, 31 de maio de 2022

Correção da tabela do IR é mais uma promessa não cumprida de Bolsonaro

Mais de três milhões de contribuintes ainda não haviam entregue a declaração do Imposto de Renda nesta segunda-feira (30), véspera do prazo final. Em 2022, apesar das promessas de Jair Bolsonaro, a tabela não foi reajustada novamente. A última correção ocorreu em 2015, no começo do segundo mandato da presidenta Dilma Rousseff, quando o reajuste foi escalonado para distintas faixas de renda.

Nestes sete anos sem atualização, cada vez mais pessoas foram perdendo a isenção ou progredindo para faixas em que precisam pagar mais imposto. Enquanto a inflação acelera, os recortes de renda permanecem nos valores de 2015. A defasagem até o ano passado, calcula a Associação Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil (Unafisco), é de 134,53% desde 1996.

Levantamento da entidade mostra que a tabela do IR atingiu, em três anos e meio de desgoverno Bolsonaro, a maior defasagem desde a criação do Plano Real: 24%. O menor índice foi com Luiz Inácio Lula da Silva, no segundo mandato: 2,48%. Segundo a Unafisco, 15 milhões de pessoas foram prejudicadas neste ano por conta da falta de reajuste.

Caso houvesse a atualização integral da tabela do IR/2022, a isenção da declaração se estenderia para quem possui renda de até R$ 4.465. No ano-calendário 2022, o número de contribuintes isentos é previsto em 8,28 milhões — do total de 33,5 milhões de declarantes. Conforme os cálculos da Unafisco, com a correção integral da tabela, o número total aumentaria para 23,75 milhões.

Pelos cálculos da Unafisco, ao não corrigir a tabela do IR mais uma vez, o desgoverno Bolsonaro “confiscará” cerca de R$ 48 bilhões dos trabalhadores e aposentados neste ano por meio da tributação de seus rendimentos. Mauro Silva, presidente da Unafisco, diz que quem mais arca com o ônus é a classe média assalariada.

“Hoje, com esse nível de renda, nós temos cerca de 8 milhões de isentos. Com a correção integral teríamos 23,750 milhões de pessoas que não pagariam o IR”, explica o dirigente. “Isso significa que temos mais de 15 milhões de contribuintes que estão pagando Imposto de Renda indevidamente, porque não foi feita a correção integral pelo IPCA.”

Promessa não cumprida faz desigualdade aumentar

Levantamento do Conselho Regional de Contabilidade do Rio (CRCRJ) estima que os contribuintes com ganhos de até cinco salários mínimos têm um prejuízo com a defasagem na tabela de até R$ 5 mil por ano. Conforme o estudo, esses contribuintes não só continuaram pagando o imposto como o desconto mensal do IR foi de R$ 222, em 2018, para R$ 464 neste ano.

Caso a tabela tivesse sido atualizada anualmente pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) desde 2015, o contribuinte com renda mensal de três salários mínimos teria recebido em torno de R$ 2,6 mil a mais na conta nos últimos seis anos, entre 2016 e 2021. Com quatro mínimos, a perda ultrapassa R$ 5 mil, e chegaria ao total de R$ 7.661 se o contribuinte recebeu mais de cinco salários-mínimos por mês.

“O que causa preocupação com a ausência de reajuste na tabela é que a faixa de isentos diminui cada vez mais, penalizando aqueles com rendas mais baixas”, comenta Samir Nehme, presidente do CRCCRJ. “Os contribuintes que não tiveram ganhos reais, devido à inflação, pagam ainda mais impostos. Esse contexto é mais uma causa de aumento da desigualdade”, critica Nehme.

Uma nova correção da tabela do IR foi promessa de campanha do então candidato Jair Bolsonaro em 2018. Em abril, ele tocou no assunto em entrevista à CNN Brasil durante passagem por Guarujá (SP). “Conversei há pouco com o Paulo Guedes. Ele quer sim. Estamos perseguindo desde o começo a questão do Imposto de Renda, a tabela que não é reajustada. Ele pretende anunciar para o ano que vem”, prometeu.

A fala de Bolsonaro ocorreu poucos dias após Luiz Inácio Lula da Silva mencionar sua proposta de reforma tributária em evento com Geraldo Alckimin e sindicalistas. “Vamos ter que fazer uma reforma tributária que leve em conta que quem ganha mais tem que pagar mais. Uma reforma que não permite que a pessoa que viva com seu salário de 3, 4 mil reais, ao comprar um produto, pague o mesmo que paga o presidente de um banco”, defendeu o presidente mais popular da história.

Dados do Sindicato Nacional dos Auditores-Fiscais da Receita Federal do Brasil (Sindifisco) apontam que nos primeiros quatro anos de Governo Lula, a defasagem do IR ficou em 7,5%. Lula, então, estabeleceu um reajuste fixo anual da tabela de 4,5%, e no segundo mandato a defasagem foi a menor da era pós-Plano Real: só 2,48%.

A sucessora, Dilma Rousseff, manteve as correções e fechou o primeiro mandato com defasagem de 6,53% e o segundo, até o impeachment, de 4,8%. Nem o ilegítimo Michel Temer nem o descumpridor de promessas Bolsonaro reajustaram 1% sequer. Nos 13 anos de governos petistas, a tabela do IR teve reajuste de 69%, contra 17,5% nos anos de FHC e zero com Temer e Bolsonaro.

Fonte: https://pt.org.br/correcao-da-tabela-do-ir-e-mais-uma-promessa-nao-cumprida-de-bolsonaro/

Datafolha: 48% reprovam governo Bolsonaro; aprovação é de 25%

Levantamento do Instituto Datafolha divulgado no final da noite desta quinta-feira (26/5) pelo site do jornal "Folha de S.Paulo" mostrou que 48% dos entrevistados consideram o governo de Jair Bolsonaro ruim ou péssimo. Na pesquisa anterior, em março, o índice de reprovação era de 46%. A oscilação está dentro da margem de erro da pesquisa, que é de 2% para mais ou para menos. 25% aprovam a gestão.

Veja os resultados da pesquisa:

Ótimo/bom: 25% (25% no levantamento de março; 22% em dezembro)

Regular: 27% (28% no levantamento de março; 24% em dezembro)

Ruim/péssimo: 48% (46% no levantamento de março; 53% em dezembro)

Não sabe: 1% (1% no levantamento de março; 1% em dezembro)

A pesquisa ouviu 2.556 pessoas com 16 anos ou mais nos dias 25 e 26 de maio em 181 cidades brasileiras. A margem de erro máxima é de dois pontos percentuais para mais ou para menos.

Bolsonaro segue como presidente com a pior avaliação em igual tempo de mandato entre todos os presidentes eleitos após a redemocratização do país. Veja a comparação:

José Sarney (Março de 1989) *

Ótimo/bom: 7%

Regular: 28%

Ruim/péssimo: 62%

Não sabe: 3%

* Pesquisa realizada em apenas dez capitais

Fernando Henrique Cardoso (maio de 1998)

Ótimo/bom: 31%

Regular: 43%

Ruim/péssimo: 24%

Não sabe: 2%

Lula (Maio de 2006)

Ótimo/bom: 39%

Regular: 37%

Ruim/péssimo: 22%

Não sabe: 1%

Dilma (Maio de 2014)

Ótimo/bom: 35%

Regular: 38%

Ruim/péssimo: 26%

Não sabe: 1%

Veja mais pesquisas do Datafolha:

37% dos eleitores de Ciro têm Lula de 2ª opção; 10% indicam Bolsonaro

69% estão totalmente decididos em quem votar para presidente

Pesquisa estimulada de intenções de voto no 1º turno

Outras pesquisa do Datafolha divulgada na tarde desta quinta-feira (26) mostrou os índices de intenção de voto para a eleição presidencial de 2022. Lula lidera a corrida presidencial, segundo o levantamento (veja mais detalhes aqui). Veja o resultado:

Pesquisa estimulada de intenções de voto no 1º turno

Lula (PT): 48%

Jair Bolsonaro (PL): 27%

Ciro Gomes (PDT): 7%

André Janones (Avante): 2%

Simone Tebet (MDB): 2%

Pablo Marçal (Pros): 1%

Vera Lúcia (PSTU): 1%

Em branco/nulo/nenhum: 7%

Não sabe: 4%

Felipe d’Avila (Novo), Sofia Manzano (PCB), Leonardo Péricles (UP), Eymael (DC), Luciano Bivar (UB) e General Santos Cruz (Podemos) não pontuaram.

O instituto também pesquisou os votos válidos no primeiro turno - excluídos os brancos e nulos. Pelo percentual, Lula venceria no primeiro turno se a disputa fosse hoje.

Votos válidos

Lula (PT): 54%

Bolsonaro (PL): 30%As mulheres (51%) reprovam o governo de Bolsonaro mais do que os homens (45%). Outros índices elevados de reprovação: funcionários públicos (61%), moradores do nordeste (55%) e brasileiros com ensino superior (54).

Evangélicos (35%), empresários (48%), entre os que ganham de 5 a 10 salários (35%) e entre os que ganham mais de 10 salário (45%) são as faixas que mais aprovam o atual presidente.

Entre pessoas que recebem o auxílio ou moram com beneficiários do programa, a aprovação do governo fica em 19%. Neste recorte, a reprovação é de 45%.

A comparação entre as pesquisas de maio e março demonstra variação na taxa de reprovação entre pessoas de 45 a 59 anos, com um salto de 43% para 50%, e na faixa dos que têm renda familiar entre dois e cinco salários mínimos, de 40% para 49%.

Fonte: https://g1.globo.com/politica/eleicoes/2022/pesquisa-eleitoral/noticia/2022/05/27/datafolha-aprovacao-reprovacao-governo-bolsonaro.ghtml?fbclid=IwAR2t7OPuKmSdvv2J0KhsO5Qmq8CdGM4CFErYCVvO1SboDtn4Drvpmt_OUN4

quinta-feira, 26 de maio de 2022

Lula abre 21 pontos sobre Bolsonaro no 1º turno e o Brasil voltará a ser admirado e respeitado por outros países

Datafolha, divulgado quinta-feira (26), mostra o ex-presidente Lula, com 21 pontos de diferença sobre Jair Bolsonaro (PL) já no primeiro turno. Dados da pesquisa mostram que o ex-presidente lidera as intenções de votos com 48%, e seu adversário com 27%. A poucos meses da eleição, com uma rejeição recorde e economia em frangalhos a tendência de Bolsonaro reverter o quadro é difícil. Isso a poucos meses da eleição presidencial, que promete esquentar cada dia mais e aumentam as chances de Lula vencer a eleição no primeiro turno.

Os eleitores começaram a identificar que antes do golpe de 2016 do capital contra o trabalho, em que os poderosos usurparam o poder da presidenta Dilma Rousseff (PT), o Brasil era uma Nação admirada e respeitada internacionalmente por implantar políticas públicas de combate à pobreza e superação das desigualdades sociais.

Passaram a entender que os bons tempos ficaram no passado, o obscurantismo e retrocessos nos direitos sociais, trabalhistas e previdenciários, passaram a ser uma triste realidade para milhões de brasileiros e brasileiras nos governos Michel Temer (MDB) e Bolsonaro (PL), que governam só para os ricos e poderosos.

E compreenderam que a ofensiva insana deles, sobre os direitos da classe trabalhadora atingiu também os aposentados; a educação e saúde da população mais vulnerável, que passaram a conviver com o aumento da miséria, desemprego em grande escala, arroxo salarial, disseminação do ódio e violência, dentre outras mazelas.

O povo brasileiro não é bobo, e entenderam que o que aconteceu nos últimos anos não foi apenas uma troca de governo e, sim, um plano arquitetado para interromper um ciclo de desenvolvimento com inclusão social e respeito a maioria da sociedade, responsável direta pela produção de riquezas através do trabalho.

Pesquisa como esta aponta que em outubro teremos a grande oportunidade de dar a grande resposta que nossos inimigos merecem. Através de nossa escolha seremos capazes de reescrever nossa história e trilharmos no caminho rumo a prosperidade, com justiça social, com melhores e mais empregos e educação de qualidade para todos.

Sem medo de ser feliz, vamos votar em Lula presidente e Fernando Haddad governador em São Paulo.

Por: Nailton Francisco de Souza, diretor Executivo do SindMotoristas – SP e diretor Nacional de Relações Sindicais da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST).

Fome recorde: mais de um terço não tem dinheiro para comer no Brasil

O número de brasileiros sem dinheiro para alimentar a si ou a família cresceu no último ano, segundo pesquisa feita pela FGV Social. A insegurança alimentar passou a atingir 36% da população em 2021, resultado recorde desde 2006, quando a série histórica começou.

Esse índice cresceu ao longo dos anos. Em 2014, 17% da população se encontrava em situação de insegurança alimentar. Em 2019, ano anterior à pandemia de Covid-19, a fome já atingia 30% da população.

Também é a primeira vez em mais de 15 anos que a fome ultrapassa a média mundial. Antes e durante o período de pandemia, a insegurança alimentar no Brasil ficou 4,48 pontos percentuais acima da média de todos os 120 países pesquisados.

No ranking dos países com maior percentual da população sem dinheiro para comprar comida, o Brasil ocupa a 63ª posição.

Segundo Marcelo Neri, economista e diretor do Centro de Políticas Sociais da FGV, os dados mostram uma ineficácia das políticas públicas nos últimos anos. “É uma conclusão empírica, a parcela de brasileiros que não teve dinheiro para alimentar a família bateu recorde. A desigualdade aumentou, sugerindo a ineficácia relativa de ações nacionais”, afirma.

Os mais pobres são os mais prejudicados

A fome aumentou 22 pontos percentuais entre os 20% mais pobres do Brasil durante a crise de Covid-19, passando de 53%, em 2019, para 75%, em 2021. O país se aproximou do Zimbábue, que tem o maior nível de insegurança alimentar (80%).

Por outro lado, a insegurança alimentar no grupo dos 20% mais ricos teve queda de três pontos percentuais, caindo de 10% para 7%. Índice parecido com o da Suécia, país com o menor nível de fome (5%).

Na comparação com a média global de 122 países em 2021, os brasileiros mais pobres têm 27 pontos percentuais a mais de insegurança alimentar. Já os mais ricos apresentam 14 pontos percentuais a menos.

As expectativas de Marcelo Neri para o cenário atual são preocupantes. “A estagflação, que combina altas taxas de inflação e de desemprego, tem sido pior para os pobres e deve piorar. É uma situação parecida com a da recessão de 2015 e 2016. Os números são similares, só que hoje partimos de um cobertor já curto, sendo que o cobertor dos pobres, que já era menor, encolheu mais ainda”, afirma.

As mulheres são mais afetadas que os homens

O nível da fome entre mulheres subiu 14 pontos percentuais entre 2019 e 2021, atingindo 47% do grupo. Já a insegurança alimentar afeta 26% dos homens, depois de ter sofrido no período queda de um ponto percentual. No Brasil, a diferença entre gêneros da insegurança em 2021 é seis vezes maior do que a média global.

“A recessão trabalhista foi mais forte para as mulheres que cuidaram das crianças em casa sem escola ou merenda. Fora a questão de gênero que já era grave, ou seja, agravamos um problema que já tínhamos”, analisa Neri.

A insegurança alimentar entre as mulheres afeta também as crianças. “Aquelas entre 30 e 49 anos, [grupo] onde o aumento foi maior, tendem a estar mais próximas das crianças e gerando consequências. A subnutrição infantil deixa marcas permanentes físicas e mentais”, explica o economista da FGV.

Fonte: https://noticias.r7.com/economia/fome-recorde-mais-de-um-terco-nao-tem-dinheiro-para-comer-no-brasil-26052022?fbclid=IwAR0cbnozyQCq8_fvxYtogvwxbCkcvZRqzpMC_2qTQoMVhK5DmlLKhewUrJ8


segunda-feira, 23 de maio de 2022

Orçamento secreto para compra de caminhões cresceu mais de 800%

Ministro Ciro Nogueira destinou R$ 240 mil para a compra de um caminhão de lixo fornecido pela empresa de uma amiga, Carla Morgana Denardin, dona do Grupo Mônaco Diesel Caminhões, Ônibus e Tratores. Ltda.

Entre 2019 e 2022, o orçamento secreto para compras de caminhões de lixo com recursos do governo federal aumentou 833%, passando de R$ 24 milhões para R$ 200,2 milhões. O número de veículos comprados saltou de 85 para 453 - alta de 532%, segundo reportagem do Estadão, publicada neste domingo (22). Ao analisar 1,2 mil documentos referentes à aquisição desses veículos, o jornal encontrou suspeitas de sobrepreço de R$ 109,3 milhões. A diferença dos preços de compra de modelos idênticos, em alguns casos, chegou a 30%.

Em outra reportagem publicada nesta segunda (23), o jornal mostra que, por meio de emendas do relator, sem transparência e sem que o nome do parlamentar conste no documento, o ministro da Casa Civil, Ciro Nogueira (PP-PI), destinou R$ 240 mil para a compra de um caminhão de lixo fornecido pela empresa de uma amiga, Carla Morgana Denardin, dona do Grupo Mônaco Diesel Caminhões, Ônibus e Tratores Ltda, para uma cidade pequena que não comporta esse tipo de equipamento.

A emenda de Nogueira, senador licenciado, garantiu a compra de um caminhão compactador de lixo para atender a cidade de Brasileira (PI), que tem 8.364 habitantes. O equipamento é desaconselhado para municípios com menos de 17 mil habitantes por causa do alto custo, segundo especialistas. O ideal, nesses casos, seria caminhão basculante.

Com Bolsonaro, clientelismo político está em alta 

Desde que Ciro virou ministro, a empresa de Carla ampliou a venda de veículos compactadores de lixo para o governo federal e já conseguiu um contrato no valor de R$ 11,9 milhões com a Companhia de Desenvolvimento dos Vales do São Francisco e do Parnaíba (Codevasf).

O presidente da Codevasp é Marcelo Moreira Pinto. Foi indicado pelo presidente da Câmara, Arthur Lira (PP) e por Ciro Nogueira. A Codevasf está envolvida em vária denúncias de corrupção.

Comandada pelo Centrão, Codevasf gasta R$ 3 bilhões sem comprovação de obras

O que é o orçamento secreto?

O esquema do orçamento secreto, criado em 2019 por políticos do Centrão e pelo governo de Jair Bolsonaro (PL), favorece aliados com verba em troca de apoio em votações, evitando, inclusive, que eventuais pedidos de impeachment sejam analisados.

Só Arthur Lira, um dos líderes do Centrão, que mandou milhões dessas emendas para aliados do seu estado comprarem, e ainda com superfaturamento, coisas como kits de robótica para escolas sem internet e sem água, segurou mais de 100 pedidos de impeachment.

Orçamento secreto de Bolsonaro e do centrão é via para corrupção. Entenda por quê

Bolsolão do Lixo

De acordo com as reportagens do Estadão, assinada pelos jornalistas André Shalders, Julia Affonso e Vinícius Valfré, o esquema, que já está sendo chamado nas redes sociais de Bolsolão do Lixo, abastece pequenas cidades de redutos eleitorais de aliados do governo, funciona por meio de órgãos controlados pelo Centrão como a Superintendência de Desenvolvimento do Centro-Oeste (Sudeco), a Fundação Nacional de Saúde (Funasa) e principalmente a Codevasf.

Por meio de emendas do relator, o dinheiro é remetido a apadrinhados políticos, que fazem licitações em muitos casos com preços superaturaados, como foi o caso dos kits robótica de Alagoas e dos caminhões de lixo.

No caso dos caminhões, a entrega do veículo geralmente é feita em atos políticos com a presença dos parlamentares, como fez Fernando Collor de Mello (PTB) em Minador do Negrão, no interior de Alagoas, em agosto de 2021.

"Em Minador do Negrão, na festa de 59 anos da cidade, anunciei a pavimentação asfáltica do centro da cidade até o Povoado Jequiri, um sonho antigo que finalmente sai do papel. Entreguei também um caminhão compactador de lixo, um tratador e anunciei mais de R$ 850 mil para a Saúde", escreveu o senador junto com fotos em frente ao caminhão de lixo.

Segundo a reportagem, caminhões são destinados a pequenas cidades sem qualquer plano para construção de aterros sanitários, como determinado em lei. Em cidades, como Minador do Negrão, o caminhão é muito maior que a capacidade de produção de lixo. Com 15 metros cúbicos, o município leva dois dias para encher a caçamba do veículo, que custou R$ 361,9 mil.

Desde 2019, o governo já destinou R$ 381 milhões para essa finalidade.


quinta-feira, 12 de maio de 2022

Desmentindo Bolsonaro: picanha é 13 vezes mais cara no Brasil do que no Canadá

Nesta quarta-feira (11), o presidente mais inapto da história do Brasil, Jair Bolsonaro, proferiu mais uma de suas mentiras costumeiras ao comparar o preço da picanha no Canadá e no Brasil, em uma tentativa esdrúxula de fazer o brasileiro engolir a inflação e o preço absurdo da carne no país.

Em vez de se preocupar em combater a estagflação e a fome, Bolsonaro e seu gabinete ocupam-se em tentar convencer a população de que os valores abusivos de alimentos e combustíveis no Brasil são menores do que os praticados no resto do mundo. É mentira, e a declaração causou indignação dos usuários nas redes sociais tamanho o seu absurdo.

Como sabemos, criar cortinas de fumaça é uma das maiores habilidades de Jair (que tem poucas). Dessa vez, ele deve estar tentando desviar o foco de sua inabilidade em lidar com a alta do preço dos combustíveis, que castiga o brasileiro desde que ele assumiu, e vem piorando ao longo do tempo. Mas, como a gente não trabalha com fake news, vamos falar um pouco sobre essa comparação.

O salário mínimo

Não existe comparação justa sobre esse assunto sem analisarmos o salário mínimo nos dois países e também o poder de compra. Lembrando que quem trabalha lá, recebe e compra em dólares canadenses. Nós recebemos e compramos em real, então a conversão de preços só estabelece uma comparação fiel das duas realidades se levar em consideração também os salários.

O salário mínimo no Canadá é calculado por hora e varia entre as províncias. Hoje, está numa média de $ 15 CAD a hora, contra R$5,51/ hora, no Brasil. Sendo assim, quem recebe um salário mínimo no Canadá, ganha $ 2400 CAD no mês. No Brasil, o mínimo está estabelecido em R$1.212.

A picanha é um corte que se popularizou no Canadá recentemente, enquanto no Brasil a tradição da picanha nos churrascos de fim de semana deixa saudade. No Twitter, diversos usuários postaram fotos, no mesmo dia em que o presidente fez a declaração mostrando que o quilo da picanha brasileira no Canadá está custando cerca de $CAD 12, em média. Convertendo (o que não é o certo a se fazer), a picanha custaria R$ 40,68 no Canadá. O preço médio do quilo da picanha comum no Brasil (não aquela de R$1800 o quilo, consumida pelo presidente) é de R$80. Ou seja, mesmo convertendo, os preços aqui são muito superiores.

Vale lembrar que o consumo de carne bovina no Brasil, em 2021, foi o menor em 25 anos, por causa dos altos preços do item. Dados da Conab (Companhia Nacional de Abastecimento) mostram que o consumo chegou a 26,5 quilos por habitante em 2021, um recuo de 40% na comparação com 2006, quando eram consumidos 42,8 quilos por habitante, o maior valor da série.

Se convertermos o salário mínimo canadense em reais, teremos $ 2400 CAD X 3,94 (cotação do dólar canadense em relação ao real), o que daria R$ 9464,45, um valor quase oito vezes superior ao salário mínimo brasileiro. O salário mínimo canadense consegue comprar 200 quilos de picanha, enquanto o salário mínimo brasileiro consegue comprar apenas 15,15 quilos de picanha. Ou seja: o salário mínimo canadense compra 13,2 vezes mais quilos de picanha do que o brasileiro.

E já que ele quer esconder: vamos falar de gasolina. O valor do litro da gasolina em Toronto está em $ 2,11 CAD, dados de maio deste ano. No Brasil, o litro custa em média R$7,29. Se convertermos para o real, o valor do litro lá fica um pouco acima do daqui. Mas veja o poder de compra. Encher um tanque de 40 litros de gasolina lá custa, em média, $ 84,40 CAD. Aqui, um tanque com a mesma capacidade sai por R$ 291,60, em média. Para encher esse tanque, uma pessoa que ganha um salário mínimo no Canadá precisaria trabalhar 5,6 horas. Por aqui, são necessárias 52,9 horas de trabalho para encher o mesmo tanque ganhando um salário mínimo. É por isso que temos a 3ª gasolina mais cara do mundo.

Poder de compra

Agora, vamos entender o poder de compra, que é a capacidade que temos em adquirir bens e serviços com a moeda do país. Hoje, um litro de leite custa em média R$ 5,61. No Canadá, esse valor é de $ 2,37 CAD. Fazendo as contas, uma pessoa que recebe salário mínimo no Canadá tem que trabalhar 10 minutos para comprar um litro de leite. No Brasil, quem recebe um salário mínimo, tem que trabalhar UMA HORA para comprar um litro de leite. Percebem a diferença? A inflação está corroendo nosso poder de compra e é totalmente desonesto comparar a realidade do Brasil com a do Canadá.

Outro argumento muito usado por Bolsonaro é que “a crise é global”. Vejam só, Portugal é um país da Europa, que também passa por efeitos devastadores por causa da pandemia e sofre consequências da guerra entre Rússia e Ucrânia.

Vejam esses vídeos comparativos. Com 10 reais, hoje, você consegue comprar no máximo um pacote de feijão. Em Portugal, com 10 euros ( R$ 53,40), é possível comprar arroz, sardinha, vinho, pão de forma, um pacote de bolacha Maria, um pacote de feijão, uma garrafinha de polpa de tomate, um pacote de macarrão, óleo, açúcar, farinha de trigo e asinhas de frango. O salário mínimo em Portugal é de 740,83 euros (ou R$ 3952).

A inflação tem castigado muito os brasileiros, independentemente das mentiras de Bolsonaro, é possível ver isso claramente ao entrar no supermercado. A inflação acumulada da cenoura nos últimos 12 meses foi de 178,02%; a do tomate foi de 103,26% e a da batata foi de 63,40%. Isso em meio a um índice altíssimo de desemprego e sem aumento real do salário mínimo. Realmente está impossível fechar as contas do mês para a maioria da população e, por isso, temos visto a volta de uma situação que havia sido superada no Brasil, nos governos Lula e Dilma, a volta da fome.

Hoje, mais da metade da população brasileira está em situação de insegurança alimentar, seja leve, moderada ou grave. São 19 milhões de pessoas passando fome (ou seja, ficando mais de 24 horas sem ingerir alimento algum), de acordo com dados da Rede PENSSAN.

Esses brasileiros têm como companhia o ronco do estômago vazio e o desespero de uma existência sem dignidade. Para eles, não existe altos gastos em cartão corporativo, nem picanha a R$ 1800 o quilo. Comer carne é um luxo que a maioria não tem. Nem as melhores mentiras do presidente podem esconder a responsabilidade de Jair por toda essa tragédia. E ele segue lavando as mãos.

segunda-feira, 9 de maio de 2022

Diretor Nacional de Relações Sindicais da NCST participa de lançamento do Movimento Vamos Juntos Pelo Brasil



O ato solene de lançamento do “Vamos Movimento Juntos Pelo Brasil” aconteceu no sábado (7), no Expor Center em São Paulo e teve a participação de 4 mil pessoas e inúmeras lideranças partidárias, religiosas, sociais, artistas, intelectuais, sindicais e outros, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) e o ex-governador SP, Geraldo Alckmin, pediram união para restaurar o Brasil da atual crise.

Nailton Francisco de Souza (Porreta), diretor Nacional de Relações Sindicais da Nova Central Sindical de Trabalhadores (NCST), representou oficialmente à instituição e teve presença garantida no palco do evento, que começou com um vídeo da estudante Anice Lawson, do Benin, que se encontrou com Lula em novembro do ano passado, em Paris, e agradeceu pelo convênio que permitiu que ela estudasse no Brasil e se formasse em Ciências Políticas.

Outros registros foram exibidos no telão: donas de casa comentando a dificuldade do Brasil nos dias de hoje, uma música do Maderada Brasil para Lula, o depoimento da catadora Aline Souza, um registro sobre a história do PT, vídeos com declarações de lideranças indígenas e jovens da periferia.

No início da cerimônia, os apresentadores do evento, Paulo Miklos e Lika Rosa, chamaram ao palco os representantes dos sete partidos que compõem o Movimento Vamos Juntos Pelo Brasil: Gleisi Hoffmann (PT), Carlos Siqueira (PSB), Juliano Medeiros (Psol), Luciana Santos (PC do B), Wesley Diógenes (Rede), Luizão (Solidariedade) e José Luiz Penna (PV), além de diversos outros políticos, artistas, intelectuais e representantes de movimentos sociais.

Em seu discurso, feito à distância após um diagnóstico de Covid-19, o ex-governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSB), falou sobre a necessidade de uma união nacional para recuperar o Brasil do momento de crise econômica e social em que o país está afundado.

“Quando o presidente Lula me estendeu a mão, eu vi nesse gesto muito mais do que um sinal de reconciliação entre dois adversários históricos. Vi um verdadeiro chamado à razão. E é à razão de todos vocês que me dirijo neste momento. Pensemos nas disputas do passado e pensemos na união de hoje. O que é que mais importa?”, perguntou ele.

O momento mais emocionante aconteceu quando Rosângela Janja da Silva, a noiva do ex-presidente, tomou a palavra para apresentar a ele seu presente de casamento. Ela contou da viagem que ele fizeram ao Rio Grande do Norte, no ano passado. “Você se emocionou com o jingle de 1989 e falou que nunca mais ia ter a mesma emoção daquela campanha. Então eu e o (Ricardo) Stuckert fizemos esse presente para você”, disse.

No telão, começou um vídeo com diversos cantores e cantoras, como Pabllo Vittar, Chico César, Martinho da Vila, Gilsons, Duda Beat, Lenine, Zélia Duncan e Paulo Miklos, entre outros, cantando uma versão atualizada do jingle “Sem Medo de Ser Feliz”, que correu o país na primeira eleição livre do país após a ditadura, em 89.

Por fim, Lula começou seu discurso, destacando seu passado e legado ao longo dos oito anos que governou o país e nos anos da presidenta Dilma. Também falou sobre as dificuldades de reconstruir o Brasil após os anos desastrosos do atual governo.

“No nosso governo, promovemos uma revolução pacífica neste país. O Brasil cresceu, e cresceu para todos. Combinamos crescimento econômico com inclusão social. O Brasil se tornou a sexta maior economia do planeta, e, ao mesmo tempo, referência mundial no combate à extrema pobreza e à fome. Deixamos de ser o eterno país do futuro, para construirmos nosso futuro no dia a dia, em tempo real”, disse ele.

Ele pediu a união de todo o Brasil. “É preciso mais do que governar, é preciso cuidar. E nós vamos outra vez cuidar com muito carinho do Brasil e do povo brasileiro. Mais do que um ato político, essa é uma conclamação. Aos homens e mulheres de todas as gerações, todas as classes, todas as religiões, todas as raças, todas as regiões do país. Para reconquistar a democracia e recuperar a soberania”, declarou.

sexta-feira, 6 de maio de 2022

Pesquisa Ipesp: Lula tem 44% das intenções de voto no 1º turno e venceria 2º com 54%

O ex-presidente Lula (PT) lidera a corrida pela Presidência da República e teria 44% dos votos se as eleições fossem hoje, de acordo com a nova rodada da pesquisa Ipespe contratada pela XP Investimentos,  divulgada nesta sexta-feira (6).

O segundo colocado é o presidente Jair Bolsonaro (PL), com 31%, nesta simulação em que os entrevistadores mostram um cartão com os nomes dos candidatos. Em seguida vêm o ex-governador do Ceará Ciro Gomes (PDT), com 8%, o ex-governador de SP João Doria (PSDB), com 3%, e o deputado federal André Janones (Avante-MG), com 2%).

A senadora Simone Tebet (MDB-MS) e o cientista político Luiz Felipe d'Avila (Novo) têm 1% cada. A sindicalista Vera Lucia (PSTU), o ex-deputado José Maria Eymael (DC) e o deputado Luciano Bivar (União Brasil) não pontuaram. Brancos e nulos somam 8% e não sabem ou não responderam 2%.

Segundo turno

Em todas as simulações de segundo turno feitas pelo Ipespe, Lula vence as eleições que serão realizadas em outubro deste ano. Confira os cenários simulados:

Cenário 1

. Lula – 54%

. Bolsonaro - 34% 

. Nenhum, branco e nulo: 12%.

Cenário 2

Lula - 52%

- Ciro - 25%

- Nenhum, branco e nulo - 23%.

Cenário 3

- Lula - 55%

- Doria - 19%

- Nenhum, branco e nulo - 26%.

Metodologia da pesquisa

A pesquisa Ipespe foi realizada no período de 2 a 4 de maio de 2022.

Foram feitas 1.000 entrevistas via telefone.

A margem de erro máximo estimada é de 3.2 pontos percentuais para mais ou para menos, com um intervalo de confiança de 95,5%.

A pesquisa está registrada no Tribunal Superior Eleitoral sob o protocolo BR-03473/2022.

Sobre o Ipespe

O Instituto de Pesquisas Sociais, Políticas e Econômicas (Ipespe) é uma empresa de pesquisas fundada em 1986 e com sede no Recife. O instituto geralmente faz pesquisas eleitorais por telefone. Operadores ligam para eleitores selecionados conforme a distribuição de todo eleitorado brasileiro e os questionam sobre suas preferências eleitorais.