O ato solene de lançamento do “Vamos Movimento Juntos Pelo Brasil” aconteceu no sábado (7), no Expor Center em São Paulo e teve a participação de 4 mil pessoas e inúmeras lideranças partidárias, religiosas, sociais, artistas, intelectuais, sindicais e outros, onde o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva (Lula) e o ex-governador SP, Geraldo Alckmin, pediram união para restaurar o Brasil da atual crise.
Nailton Francisco de Souza
(Porreta), diretor Nacional de Relações Sindicais da Nova Central Sindical de
Trabalhadores (NCST), representou oficialmente à instituição e teve presença
garantida no palco do evento, que começou com um vídeo da estudante Anice
Lawson, do Benin, que se encontrou com Lula em novembro do ano passado, em
Paris, e agradeceu pelo convênio que permitiu que ela estudasse no Brasil e se formasse
em Ciências Políticas.
Outros registros foram
exibidos no telão: donas de casa comentando a dificuldade do Brasil nos dias de
hoje, uma música do Maderada Brasil para Lula, o depoimento da catadora Aline Souza,
um registro sobre a história do PT, vídeos com declarações de lideranças
indígenas e jovens da periferia.
No início da cerimônia, os
apresentadores do evento, Paulo Miklos e Lika Rosa, chamaram ao palco os
representantes dos sete partidos que compõem o Movimento Vamos Juntos Pelo
Brasil: Gleisi Hoffmann (PT), Carlos Siqueira (PSB), Juliano Medeiros (Psol),
Luciana Santos (PC do B), Wesley Diógenes (Rede), Luizão (Solidariedade) e José
Luiz Penna (PV), além de diversos outros políticos, artistas, intelectuais e
representantes de movimentos sociais.
Em seu discurso, feito à
distância após um diagnóstico de Covid-19, o ex-governador de São Paulo,
Geraldo Alckmin (PSB), falou sobre a necessidade de uma união nacional para
recuperar o Brasil do momento de crise econômica e social em que o país está
afundado.
“Quando o presidente Lula me
estendeu a mão, eu vi nesse gesto muito mais do que um sinal de reconciliação
entre dois adversários históricos. Vi um verdadeiro chamado à razão. E é à
razão de todos vocês que me dirijo neste momento. Pensemos nas disputas do
passado e pensemos na união de hoje. O que é que mais importa?”, perguntou ele.
O momento mais emocionante
aconteceu quando Rosângela Janja da Silva, a noiva do ex-presidente, tomou a
palavra para apresentar a ele seu presente de casamento. Ela contou da viagem
que ele fizeram ao Rio Grande do Norte, no ano passado. “Você se emocionou com
o jingle de 1989 e falou que nunca mais ia ter a mesma emoção daquela campanha.
Então eu e o (Ricardo) Stuckert fizemos esse presente para você”, disse.
No telão, começou um vídeo
com diversos cantores e cantoras, como Pabllo Vittar, Chico César, Martinho da
Vila, Gilsons, Duda Beat, Lenine, Zélia Duncan e Paulo Miklos, entre outros,
cantando uma versão atualizada do jingle “Sem Medo de Ser Feliz”, que correu o
país na primeira eleição livre do país após a ditadura, em 89.
Por fim, Lula começou seu
discurso, destacando seu passado e legado ao longo dos oito anos que governou o
país e nos anos da presidenta Dilma. Também falou sobre as dificuldades de
reconstruir o Brasil após os anos desastrosos do atual governo.
“No nosso governo,
promovemos uma revolução pacífica neste país. O Brasil cresceu, e cresceu para
todos. Combinamos crescimento econômico com inclusão social. O Brasil se tornou
a sexta maior economia do planeta, e, ao mesmo tempo, referência mundial no
combate à extrema pobreza e à fome. Deixamos de ser o eterno país do futuro,
para construirmos nosso futuro no dia a dia, em tempo real”, disse ele.
Ele pediu a união de todo o
Brasil. “É preciso mais do que governar, é preciso cuidar. E nós vamos outra
vez cuidar com muito carinho do Brasil e do povo brasileiro. Mais do que um ato
político, essa é uma conclamação. Aos homens e mulheres de todas as gerações,
todas as classes, todas as religiões, todas as raças, todas as regiões do país.
Para reconquistar a democracia e recuperar a soberania”, declarou.
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