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quinta-feira, 13 de março de 2014

A luta das Mulheres Condutoras cada dia ganha mais força no Sindicato dos Motoristas - SP

A participação e organização da mulher condutora

O Dia Internacional das Mulheres (08 de março) deve ser lembrado e comemorado com muito orgulho, pois a luta é o símbolo deste precioso dia. “Conhecer o passado significa a possibilidade de compreender melhor a sociedade na qual vivemos e que nos explora”, afirma a diretora do Sindficot – SP, Maria de Fátima (Porcina). Em sua opinião não se trata apenas de compreender a realidade para ser “culto” ou vivê-la melhor. Trata-se de, a partir do entendimento do ontem e do hoje, atuar conscientemente sobre o presente visando transformá-lo, sabendo o que preservar e o que modificar.

“A luta das Mulheres Condutoras cada dia ganha mais força no Sindicato dos Motoristas - SP e na Categoria. Conhecer essa história que quase sempre não é contada nos faz entrar em contato com os sonhos, a força e a coragem das que ousaram se rebelar e lutar por uma vida nova, em busca dos seus sonhos”.

Diz que também conhecer essa trajetória, lhes ajudam a identificar os desafios para continuar a luta, por uma sociedade igualitária onde mulheres e homens sejam livres e os sonhos realizados. E garante que tudo começou no I Congresso do Sindicato dos Motoristas – SP, realizado nos dias 31 de março, e 1 e 2 de abril de 1989, dentre os 242 delegados – 60 eram mulheres, que discutiram e aprovaram a  criação de uma Comissão Permanente de Assuntos Relacionados as Mulheres (CPPAM), que foi habilmente coordenada pela por ela e outras companheiras.

Ressaltou que devido à grande demanda dos problemas e a crescente organização das mulheres condutoras, a necessidade de se ter um Departamento Para Assuntos Relacionado às Mulheres (DPAM), e uma sala na entidade dotada de uma mínima infraestrutura ficou latente.

Que após dois anos, no II Congresso dos Condutores, realizado em Santos, nos dias 15, 16 e 17 de fevereiro de 1991, desta vez, dos 400 delegados – 150 eram mulheres, que aprovaram em especial o fortalecimento das Comissões de Garagem e CIPAs, além criar a Escola dos Trabalhadores em Transportes de São Paulo e o Departamento das Mulheres. “Nossas demandas só aumentaram e queríamos mais espaço. Fruto de nossa mobilização, organizados 6 (seis) encontros para discutir nossas peculiaridades”.

Orgulha-se que em 2003 – um ano de muita perseguição aos dirigentes do sindicato, mas também com muitas vitórias - entre os dias 12, 13 e 14 de fevereiro, na cidade de Praia Grande, foi realizado o 5º Congresso da Categoria, que contou com a participação de 700 delegados- desta vez com mais de 200 mulheres - que finalmente aprovaram a criação das Secretarias de Habitação, a Secretaria da Mulher e o Departamento de Manutenção.

“Me sinto muito honrada de fazer parte desta brilhante história, que ao longo desta trajetória de lutas e conquistas do nosso merecido espaço no Sindicato e na Categoria, nós contamos com o apoio dos companheiros que desde o 1º Congresso, votaram nas propostas elaboradas pelas companheiras que ocuparam os cargos de coordenadoras e que fizeram parte da Comissão de Mulheres”.

Lembra que as mulheres, nesse percurso, têm enfrentado barreiras, para que esse tema permaneça na ordem do dia do sindicalismo. Fortes e ousadas elas se deparam com os preconceitos e aos poucos contribuem para que o sindicalismo deixe de ser um espaço exclusivo dos homens. Essa presença permanente delas trás um elemento novo para a luta das trabalhadoras e gênero.


“O crescimento e a organização política da mulher trabalhadora têm contribuído com o avanço das lutas sociais no país, bem como com as conquistas de leis e que passam a promover a cidadania para todos. Além das conquistas das ações afirmativas e concretas, contra a opressão discriminação e exclusão, conquistamos espaço em outras esferas de poder. Parabéns mulheres pelo nosso merecido dia!”, finaliza.

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